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quarta-feira, 17 de maio de 2006


Já é 18 de Maio de 2006.

Passam 18 minutos da meia noite. Exactamente há nove anos atrás nascias tu, minha filha!

Querida! Parece que estás comigo desde sempre! E estás comigo sempre, como eu estou contigo, mesmo quando a ausência física está presente.

Há precisamente nove anos, nesta hora, aguardava por ti numa sala de hospital, entre uivos de dor, e a calmaria que me levava para lá da consciência. Um misto, de terror e medo, e de ânsia e prazer. Parir um filho! O culminar de oito meses em que te carreguei dentro de mim, para depois te carregar cá fora por bastante mais tempo. A partir da hora em que caíste no meu peito, ainda de pernas abertas a sangrar como um porco assassinado eu, e sebosa e inchada tu, com os pequeninos olhos semi-abertos como uma toupeira arrancada à toca, a minha vida mudou para sempre. Nunca mais estive só desde então. Companheira, cúmplice, que me obriga a acordar quando queria dormir, que me obriga a rir quando queria chorar, que me obriga a viver quando queria morrer!

Nada se equipara ao momento em que um filho depois de oito meses a gera-se em nós, do nosso sangue e da nossa carne, nem sempre em perfeita harmonia como que a antever a vida cá fora, se liberta para o mundo, cai em cima do nosso peito, nos aperta o dedo com força (evidentemente por reflexo) e nos olha de forma interrogativa enquanto de boca fechada movimenta os lábios treinando o movimento de sucção e respira de forma perfeita pelas narinas abertas! A natureza é quase sempre perfeita! Eu tive a grande sorte, de para mim, ela ter sido perfeita e sublime! Tenho uma menina linda (como lindas são todas as meninas).

Minha filha, meu amor! Nove anos que nos acompanhamos mutuamente. Que continuemos sempre como até hoje, e hoje, que tenhas um dia muito feliz! Como tu mereces! Tudo farei para que assim seja! Hoje, e sempre! Amo-te!

2 comentários:

Anónimo disse...

18 de Maio 2006

Um grande beijinho a essa criança maravilhosa. Parabéns Mafaldinha
Que sejas muito muito feliz pela vida fora.

Eduardo Santos

Anónimo disse...

Para a MAF

MAF
É verdade que já falei contigo e te mandei muuiiiittooos beijinhos e votos de felicidade sem fim...
Mas depois de ler o que a tua Mamy escreveu tive que dizer que desejo
tudo do melhor para as duas e afirmar mais uma vez que são mto especiais para mim...
Adoro-vos.