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terça-feira, 30 de abril de 2013

1ª Meia Maratona de Almada

Se Almada e a Margem Sul não me dissessem nada, eu diria apenas que a 1ª Meia Maratona de Almada, realizada no dia 28 de Abril de 2013, foi organizada pela PlayurDream e promovida pelo Colégio St. Peter’s School. Teve perto de 800 atletas a cortar a meta da Meia Maratona, outros tantos na prova de 9,5 Km, e ainda umas boas centenas de participantes na Caminhada, totalizando o número redondo de 4000 participantes, que fez esgotar as inscrições uns dias antes. Diria que o vencedor masculino foi Nélson Cruz, do Praia Salema, com 1.09.35 e a vencedora feminina, Amélia Costa do Alto do Moinho, com 1.28.17. Diria que a inscrição teve um custo elevado (EUR 11,00 numa 1ª fase), que os prémios de presença foram uma t-shirt técnica de muito boa qualidade e uma medalha. Que houve abastecimentos de água, bebida isotónica e banana, que a entrega dos dorsais só se fez nos dias precedentes à prova, que o espaço, a animação e a organização na Partida e chegada estavam muitíssimo bem. Que o percurso é diversificado e bonito. Que os kms não estão marcados. Que o trânsito e a segurança do atleta estiveram garantidos, que houve apoio médico e vigilância/acompanhamento dos atletas ao longo do percurso. Que existiu animação a dada altura do percurso, que não faltou água na chegada, que existiram marcadores de ritmo para vários objectivos de tempo: 1h30m, 1h45m e 2hrs. Diria que a prova foi um sucesso e que a Organização está de parabéns assim como todos os que contribruíram para o seu sucesso e a tornaram possível.





Mas como Almada e a Margem Sul têm para esta rapariga um significado muito especial, não tivesse ela lá passado quase metade da sua vida, praticamente toda a sua vida adulta, sobre esta prova ela continua a dizer tudo o que disse acima sim senhor, mas também esta corrida se revestiu para ela de uma magia e um significado muito especial, que tentará colocar nas palavras que se seguem:


Ponte sobre o Tejo, o Tejo, o Cristo Rei, a capela do Pragal e o semblante muda-se-lhe. Esboça um sorriso e entra no mundo dela. Inala e absorve com prazer as fragrâncias a trazerem-lhe recordações de outros tempos.

Rapidamente está na Cova da Piedade. Estaciona o carro e logo se cerca de amigos. Toma café continuando a reviver o passado e depressa chega a hora de aquecer. Pouco que os treinos são parcos e não deve perder mais energia. Amigos e mais amigos. De ontem e de hoje.

Avista marcadores de ritmo. Precisamente de 2 horas. Tendo em conta os treinos que tem (ou antes a falta deles!), contava fazer 2h05m... ou pouco mais. Mas ao ver os marcadores, decidiu na hora "E se eu tentasse?!". Um pouco ambicioso, pouco razoável, mas ainda assim possível.

Avista a Fernanda Parro e quando lhe sugere a aventura, para sua felicidade fica a saber que é o Luís Parro que marcará o ritmo das 2 horas. "O teu Luís? Boa! Não o vou largar". A Fernanda diz que vai tentar mas que lhe será difícil. A esta rapariga difícil será também mas os níveis de entusiasmo e optimismo estão em alta. Vai tentar sim!

Os reencontos sucedem-se e ela já está feliz, não sabendo o desfecho do desafio mas já pelo desafio em si. E assim, é dada a Partida e ela vai tentanto desde logo não descolar do Parro. Atrás, vem um outro marcador também para as 2 horas, mas ela está decidida a não largar os Parros.

A prova sai na Avenida em frente à velha Lisnave. Avista o pai que fotografa os atletas e segue contente. Todo o ambiente da corrida envolvido pela magia das recordações daquelas mesmas ruas, povoadas com ela noutros tempos, marcadas com outras e tantas rotinas: trabalho, compras, treinos, provas, passeios, buscar a filha, levar a filha, amores e desamores... tudo isso a fazem sentir imensamente bem, num estado de graça a roçar o sublime.

Os atletas são levados a entrar no Arsenal, e mais recordações lhe chegam à mente. Bons treinos ali fez. Agora, agarra-se ao presente e corre. O Parro puxou um bocado ao início e ela deixa-se ficar um pouco para trás aproximando-se do 2º marcador das 2 horas. Acha que vai melhor ali e nem imagina o quanto isso se veio a revelar verdade.

Há algum desnível e as pernas queixam-se um pouco. Mas não larga agora o 2º marcador. Está empenhadíssima. O tipo parece certinho e ela não o vai largar. Pelo menos, é essa a sua convicção agora. Passam mesmo pelo centro da Cova da Piedade. Muito público. Animação. Novas e boas recordações. A cabeça dela não pára mas as pernas também não. Agarra-se ao presente e corre.

Entretanto o seu grupo passa o Parro que parece ter abrandado, e segue o grupo dela num ritmo constante. O marcador, vai sempre anunciando as médias, motivando e incentivando o grupo.

Dirige-se agora aquele desfilar colorido de atletas para o Parque da Paz. Ai...novas e boas recordações. Treinos, tantos e tão bons treinos ali fez. Agarra-se ao presente e corre. Cola-se ao marcador e o ritmo oscila entre 5:36 e 5: 50. Forte para ela. Mas ela sente-se forte também. Bem. Agarra-se ao presente e corre.

Fórum Almada... ai, não vamos dizer que lhe vêm à cabeça mais recordações, todos aqueles passos estão repletos delas! A prova toda! Mas ela agarra-se ao presente e corre!

Atravessam os atletas o parque de estacionamento e seguem. Segue-se a subida para o Monte da Caparica. Aí ela não teve hipótese. Descolou da Lebre e do grupo. Quebra. Pesa-lhe o rabo. Falta-lhe a força. E com tristeza vê afastar-se a sua Lebre e o grupo. Acaba ali o sonho? Não sabe. Bebe água e engole um pouco de banana dos abastecimentos. Não tira os olhos da camisola amarela e da bandeirola vermelha a ostentar no ar as 2:00hrs ao ritmo certo do marcador de ritmo, como que a chamá-la, a desafiá-la. Terminada a subida, ganha forças de novo. Está decidida a apanhar de novo o grupo das 2 horas. Agarra-se ao presente e corre! Com força. Apanha-os. De novo ao lado do Armando e da sua lebre. Boa! Está tudo controlado de novo. Não o vai largar e está de novo bem e com uma motivação excelente.

Entra a corrida na Universidade do Monte. Uma banda anima o local e anima-a a ela. Não de desconcentra no entanto. Vai em esforço, mas bem. Controlada. Firme e segura que não vai mais descolar. Nova subida mas ela aguenta-se. Segue as pegadas da Lebre e com a ajuda das palavras motivadoras deste para com o grupo, ela consegue vencer esta subida sem descolar! Sente-se muitíssimo bem. Mesmo no cimo da subida. Começa-se a entrar em Almada. Está segura e forte. Motivadíssima. O vento faz-se sentir mais forte. Utiliza a Lebre para se proteger do vento posicionando-se imediatamente atrás. Completamente colada.

Km 18. "Quem estiver bem, pode ir para a frente agora", diz o rapaz, mas ela não estava bem para ir mais rápido. Estava bem para ir como estava a ir e acabar com 2 horas. Mas a lebre entusiasmou-se com a descida, certamente para ajudar os "que estavam bem para ir para a frente" e ajuda-os a chegar à meta numa boa ponta final. Entretanto o grupo perde a consistência e uns vão e outros ficam. Ela, embora fosse a descer, mas fazer abaixo de 5:00/km ao fim de 19 kms nas pernas, já era pedir demais à rapariga! Viu o grupo pirar-se e as pernas não lhe corresponderam. Correu, aumentou o ritmo mas não conseguiu acompanhar a maioria.

Mas mais uma vez, agarra-se ao presente e corre! Corre o máximo que pode mas sempre bem controlada. Avista de novo o pai de máquina em punho. Aí, já sozinha, levanta os braços triunfante e sorri, sorri como há muito não sorria, certa de ir cortar a meta, certa de ir cortar a meta abaixo das 2 horas, certa de se sentir viva como há muito não se sentia e certa de estar feliz! Agarra-se ao presente e corre! Mais uns metros.

Surpreende-se ao ver na linha da meta, a "sua" Lebre, ainda a incentivar os do "seu" grupo que tinham ficado um pouco para trás naquela ponta final.

Termina com 1h57m55s. Está radiante. Há imenso tempo que não se sentia assim, tão bem a correr. Correu, sonhou, acordou, despertou e está aí de novo. Cheia de tudo o que se quer para se ser feliz! Até começa a acreditar de novo em velhos sonhos. Mas isso é outra história que fica para outro dia.

Hoje, agarra-se ao presente e corre! Corre feliz!




Algumas fotos, gentilmente trazidas por empréstimo dos amigos. Amigos dela e da Corrida:

Antes da prova, ela:
O pai - sem ele isto não tinha graça nenhuma:
O pai e o Pinto, "equipa" AMMA nesta Meia Maratona de Almada
Ela no breve aquecimento:
A despir-se (uau!):

Já na zona de Partida, aqui em conversa com o Xavier:
Em conversa com Luís e Fernanda Parro (mas esta rapariga vai para as provas para a conversa?!):
Os dois marcadores de ritmo:

Luís Parro e Luís Pires, este último que se veio a revelar a minha lebre de luxo:

A Partida:
 
Partida dada e lá vai ela:
Já dentro do Arsenal:
O Parro já ia à frente (por isso tirou esta foto -obrigada Parro!!!) e ela a aproximar-se da 2ª lebre, lá atrás:



Já a entrar no Parque da Paz:
Decidida a não largar a "sua" lebre:
A sorrir para o pai e para a vida:   (já a minha lebre tinha fugido...)

A meta à vista:
A "minha" lebre, Luís Pires, na linha de chegada, a aguardar por todos do seu grupo que ele acompanhou durante praticamente a corrida toda e que não aguentaram a sua ponta final, eu incluída. Mas ali estava ele para nos dar o último incentivo antes de cortaremos a meta! Um excelente trabalho Luís Pires! Claramente de 5 estrelas! Quantos de nós não te ficamos a dever esta marca, e esta vivência espectacular que durou quase 2 horas. Da minha parte, muito obrigada! Foste fundamental!




E já só me faltam 2 ou 3 passos (por isso esta cara de parva):


Já de volta à calma, com a minha Amiga Henriqueta, Xavier e...amigos dos amigos...
Com os Amigos António Almeida, Xavier e o meu pai:
 

Agora, é continuar a treinar e daqui a 6 meses estar na 10ª Maratona do Porto a lutar por chegar à Meta, e porque não gosto de coisas fáceis, a lutar para cortá-la abaixo das 4 horas, e ainda com o mesmo sorriso genuíno e a mesma felicidade. Ou maior, se possível! Demasiado ambicioso? Não acho!

domingo, 28 de abril de 2013

1ª Meia Maratona de Almada


28 de Abril de 2013

1ª Meia Maratona de Almada corrida! Feliz! Como sempre quando corro!

A chegada à Meta:

Estas 2 fotos são da Amiga Henriqueta Solipa - muito obrigada Henriqueta, que me apanhaste mesmo na Meta! Um momento feliz! Obrigada!


Aqui, já no fim, com a Henriqueta e o Xavier, que finalmente tive o prazer de conhecer ao vivo e fiquei com pena de não ter podido estar com a Amélia! Fica para S.João das Lampas, combinado?
o meu tempo: 1h57m55s - 21.097 Km - média de 5:35 / Km

Fotos da 1ª Meia Maratona de Almada no site da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras

Também fotos por Carlos Lopes, aqui

E do Paulo Pires, aqui

E da Mafalda Lima - João Lima, aqui 

E do Run1stPlace

E deve haver mais por aí...divulguem se faz favor


Classificações aqui, no site da Meia Maratona de Almada

Só muito provavelmente amanhã, conto contar como foi esta minha experiência...ui e tenho tanto dentro do peito. Se fizerem o favor de voltar...cá nos encontraremos, aqui neste mesmo sítio.

Até amanhã querido diário

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Corrida da Liberdade

Ou....

O 25 de Abril de cada um. E este é o dela:

25 de Abril de 1974

Pouco depois de fazer 5 anos de idade, está sentada no poial da porta do quintal, de vestido branco, à sombra. Há uma agitação na rua. Um misto de alegria e medo. O povo saiu à rua, fala e grita. Uma excitação contagiante. Um movimento adivinhado e sentido. Ela ouve na rádio "A Tourada" de Fernando Tordo. Há no entanto no ar um misto de alegria contida e medo. Sim, medo! Ela sente-o. A mãe chama-a para dentro. "Para dentro! Para dentro! Depressa!". Ela não compreende o que se passa, mas obedece.

25 de Abril de 2013


A ACCL - Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa organiza pela 36ª vez a Corrida da Liberdade. Inscrições gratuitas. Comemora a Liberdade e promove verdadeiramente o desporto para todos. Reune uns milhares de atletas entre as várias modalidades da Corrida: Caminhada, provas para os escalões jovens e prova "principal" com cerca de 10,5 Km.

Lisboa, capital de Portugal, garante hoje a segurança necessária para este evento. Com partida na Pontinha e Meta nos Restauradores, proporciona um percurso seguro, livre de trânsito, com um abastecimento de água pelo meio e ainda água sem restrições no final. É ofertada uma t-shirt de algodão a todos os particantes chegados à meta. Há animação na rua e as condições suficientes para a prática da Corrida são garantidas.

Corre-a pela 1ª vez. Corrida simbólica. Cravos, elemento simbólico também da Revolução, são oferecidos. A rapariga coloca-o junto ao dorsal ainda antes da partida.

Deixou o pai nos Restauradores, local da chegada, e vai de Metro para a Partida. Paga EUR 1,90. Levanta o dorsal, vai à casa de banho e encontra muitas caras conhecidas. Alguns amigos também. Desconhecidos, muitos.

Ainda é cedo e procura uma sombra. Por instantes, vê-se sozinha. No meio do burburinho, vê-se sozinha e sente. A Liberdade. Ela está ali. Vai correr. Porque pode, porque quer, porque lhe é permitido.

Censura mentalmente os que iguais a ela, desdenham o 25 de Abril ali mesmo. Desprezam os cravos e esquecem-se que se não tivesse havido a Revolução, eles, coxos como ela, estavam agora mas era a correr dentro de casa às voltas à mesa vazia e sozinhos.

Se não estamos bem, não é razão para se esquecer o mal que antes estávamos. Os regimes são como as relações. Acabadas umas por nos estarem a matar, a sufocar e a fazer sofrer, não é por não se estar agora no paraíso e até se estar bem longe disso, que vamos querer voltar atrás e esquecer tudo o que se conquistou!

Quando ela era miúda, ela comia pão com margarina e a mãe ralhava para não pôr muita pois aquela embalagem teria de durar até ao fim do mês. Hoje a filha dela come pão com manteiga verdadeira (da vaca) e na maior parte dos dias (não em todos, o racionamento continua a existir) pode acrescentar fiambre e queijo. Os seus pais comiam pão seco e duro, quando o havia.

E os outros? Os que não têm tabalho e comem hoje o pão seco e duro se o houver? 

Se estamos bem agora? Não!

Estávamos melhores antes de 74? Não! E nunca jamais ela considera sequer questionar se as conquistas terão valido a pena e se estaríamos melhores no antigo regime! Nunca jamais! Abril sempre!

Liberdade de expressão e algumas conquistas dos trabalhadores valem por si só.

Ela não sabe falar de política. Não sabe nem gosta. Mas viveu antes e depois de 74. E tem opinião. Fascismo nunca mais, obrigada!Lembra-se das histórias que os pais contam e os avôs contavam.

Ela preza a liberdade. Muito! De poder dizer, de poder escolher, de poder ser! Pois, pois, estamos sempre limitados, por isto e por aquilo. Mas jamais lhe calarão a voz!

Correu com o cravo vermelho a Corrida toda. Primeiro ao peito e depois no pulso junto ao relógio.

Como sempre, muitos amigos e companheiros pelo caminho.

Correu 10,670 Km durante 1h01m53s, numa média de 5:48.

Esforço mal gerido, e quebra a partir do meio, também agravado pelo calor.

Reencontra o pai! Fecha-se o ciclo de hoje. Corrida corrida feliz!

Questiona-se se deverá mesmo alinhar na partida da Meia Maratona de Almada já no próximo domingo, tendo em conta como se sentiu hoje. Procura respostas dentro dela e não encontra...

Entretanto, é livre para ter um blogue e escrever nele o que quiser transmitir. Pensamento bruto a sair em golfadas em forma de letras.

25 de Abril de 2013, correu pela 1ª vez a Corrida da Liberdade e está feliz. E Abril, será sempre comemorado por esta rapariga.



Fotos da autoria da minha Amiga Eugénia do Vale:




Dos Amigos Luís e Fernanda Parro:



Os fotógrafos: Eugénia do Vale, que também corre e bem, mas agora está a recuperar de uma lesão e foi-nos fotografar, e o meu pai, o grande Melro!
 Do meu pai:


E ele mesmo, o meu pai, o Melro:


Mais centenas de fotos desta Corrida da Liberdade, na Galeria da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras

No Album Picasa, do João Lima, fotos da autoria de Mafalda

E certamente muitas mais por aí, aqui, ali e acolá, que isto hoje difícil é irmos a uma prova e não sermos apanhados :)  Difícil depois é "encontrarmo-nos", que a informação é muita, a divulgação também, mas maior que tudo é a dispersão. Não que isso seja propriamente mau. É antes uma boa consequência das "reportagens" que os anónimos como eu, vão fazendo das provas e dessa forma as vão divulgando, sendo essa divulgação se não a única, a maioritária que as nossas Corridas, infelizmente, têm.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

mais Confidências

 "Quem confessa os seus erros é mais sábio hoje do que ontem."

          Alexander Pope  (1688 / 1744)

Gosto especialmente da fase em se desenrola o processo de emagrecimento. 

Julgo até que inconscientemente me deixo engordar propositadamente para depois...emagrecer tudo outra vez!

Dá-me um prazer descomunal essa fase de desintoxicação, de sensação de limpeza do corpo associada sem dúvida à da alma também. Do gostinho que me dá dar pequenos passos e sentir conquistas no dia a dia. Autênticas vitórias saborosas como só quem sofre de distúrbios do comportamento alimentar pode compreender.

Sair vitoriosa de uma batalha que se provoca. Engrandecida e orgulhosa como se houvesse razão para isso quando emagreço 10 ou 12 Kg.  A dificuldade a que me atrevo mesmo a chamar de incapacidade de manter um peso "normal" deita por terra todo o falso heroísmo conquistado no processo de emagracimento.

Desleixo nos treinos, abusos à mesa e fora da mesa e dou comigo de novo nos 67,2 kg. Admiravelmente nojenta a forma como engordo. Admiravelmente notável a forma como emagreço. 

Hoje corri. 9 Km em 52m17s, média de 5:47 

Estou inscrita na 36ª Corrida da Liberdade, prova de aproximadamente 11 km, a realizar na próxima 5ª feira 25 de Abril, precisamente para assinalar e comemorar a data e o seu significado. Inscrição gratuita pelo que a minha inscrição foi pacífica. 

Depois, Domingo 28 de Abril, tenho a Meia Maratona de Almada, onde quero correr, mas sabemos que a preparação é insuficiente (para não variar). Ainda assim, vou! Sem medo, mas cautelosa. Vai ser um "treino" longo. Longo e algo doloroso, já sei, mas quero corrê-la, recordar e matar saudades da minha Margem Sul, e depois cansada mas feliz, chegar ao fim.