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sábado, 29 de março de 2008

6º Trilhos de Mogadouro - 29 de Março de 2008

Confesso que temi não “chegar” aqui. Mogadouro. 500 km separam-nos e no entanto, “cheguei” outra vez. A extensa lista de argumentos, onde (principalmente) por inércia acrescentei nas duas últimas semanas a falta de preparação, que sustentava o cancelamento da minha participação, foi rasgada com o apoio da minha mãe, do meu pai e da minha filha. Também com a ajuda de algumas palavras deixadas aqui por alguém, amigo, conhecido ou desconhecido. Para isso serve também a porcaria de um blog.

Chego e Mogadouro recebe-me:

6º Trilhos de Mogadouro – 29.03.2008

Prova organizada pela Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada e Terras de Aventura, em conjunto com o Município de Mogadouro, foi a 2ª do CIRCUITO NACIONAL DE MONTANHA SALOMON 2008.

A prova, na distância de 13510 m , teve partida em frente à Junta de Freguesia de Valverde e meta na pista de atletismo do Estádio Municipal de Mogadouro. Percurso em estradas de terra sem dificuldade de maior em termos de piso, mas com desnível significativo, e que passa por pequenas aldeias e/ou lugares mais recônditos de Portugal.
Em simultâneo realizou-se uma caminhada sem intuitos competitivos que conseguiu juntar vários e entusiastas participantes.

Prémios monetários e troféus para os primeiros, quer na classificação geral, quer no escalão, o que pela falta de participação feminina me veio a calhar EUR 10,00 mesmo tendo deixado apenas 1 ou 2 atletas atrás de mim na classificação geral.

Levanto a questão se participante com tal desempenho seria meritória do prémio e não encontro resposta, pois as que surgem não me são claras. Claro é sim, que a fraca participação feminina continua. Nesta prova, foram classificadas 5 Veteranas e 4 Seniores, escalão este em que ficou dinheiro por dar, pois era até à 5ª classificada.

Uma t-shirt, vários biscoitos e chocolates, sumo, água e iogurte compunham o saco do prémio de presença.

Saliento de positivo a aprimorada sinalização, até para mim que tenho fraca orientação e fiz a prova sozinha em mais de 80% do tempo/percurso. E não me perdi.

Também a chegada dentro do Estádio, com a volta à pista é sempre (ou quase) a garantia de um cortar de meta bonito e digno. E neste caso foi. Até eu tive uma chegada “bonita”. Balneários disponíveis a todos os participantes.

Ainda os abastecimentos estiveram bem, assim como os meios de socorro a que tive a infelicidade de (ou a felicidade de ser eu a) assistir em plena serra.
E de referir também o transporte de atletas e caminheiros em autocarro entre a partida e a meta, antes e depois da prova.

Também por tudo isto, Mogadouro convida a voltar e só percebo a fraca participação numa prova que vai na 6ª edição pela localização geográfica.

Depois da minha participação em 2004, 2005 e agora em 2008, continuam Os Trilhos de Mogadouro – Amendoeiras em Flor a ser uma prova que aconselho entusiasticamente a amantes (e pretendentes) da natureza e da Montanha.

bastantes mais fotos de Mogadouro e da prova no meu Álbum:
http://picasaweb.google.pt/anamariasemfrionemcasa
da minha autoria e de meu pai, António Melro Pereira

Junto ao Estádio Municipal de Mogadouro, antes do autocarro nos levar para a partida, em Valverde:



A imitar a minha amiga Lénia quando acaba as provas, mas eu aqui, tal era a confiança (que queria transmitir) que foi mesmo ainda antes da partida:


Já em Valverde, a partida dos Caminheiros:


A chegada ao Estádio municipal de Mogadouro: meu pai

A minha chegada:


A receber o prémio por ficar em 5ª VF, o que hoje equivale a dizer em última no escalão, pois classificaram-se apenas 5 Veteranas Femininas:



Agora a minha aventura em terras de Mogadouro:

Gostei de ver que estão a recuperar a torre do relógio e outro edifício que vi “a cair” em 2005. Parabéns às gentes de Mogadouro que o estão a tratar.

Eu sabia que não ia ser fácil. Olhem o gráfico da prova:
Tinha dormido apenas uma hora. Afazeres mais insónias é no que dá. Saio de casa às 5Hrs da manhã, apanho o meu pai e ao fim de 500 km e quase 6 horas aterro em Mogadouro.

Estou feliz por ter conseguido ir. Mas à medida que a hora se aproxima questiono-me se teria sido de facto a melhor opção. Temo que não consiga fazer a prova. Já não corro desde… a última vez e não me lembro quando foi a última vez, e não me apetece vasculhar neste blog até encontrar a última vez que corri!

Aguardo já dentro do autocarro que me levará ao ponto de partida: Valverde. Atletas com pinta de atletas! E … eu! De repente entra no autocarro um amigo meu, praticamente meu vizinho (há mais gente a percorrer 500 km para participar nos Trilhos de Mogadouro). Senta-se atrás de nós e vamos conversando enquanto o autocarro avança já. A conversa descontrai-me.

Já em Valverde vejo partir o meu pai para a caminhada e depressa chega a minha hora. Estou mais descontraída. Vou fazer a minha prova.

Mas cedo vejo que a minha prova é mesmo só minha, pois todos desaparecem à minha frente e sei que atrás de mim não estão mais que 3 ou 4 atletas.

Não importa. Corro para ganhar, de facto. Mas não ganhar a corrida. E avanço pelo campo, entrando na Montanha quase sem dar por isso. Mas ela não se compadece com garotas que a subestimam. A Montanha é dura. Pode engolir-nos, empurrar-nos sem dó ou abraçar-nos maternalmente. Sou tão pequenita. Ela olha-me do alto. Magnífica. Respeito-a. E quero-a. Cada vez mais.

Caminho, corro, caminho. Cada metro que fosse que existisse inclinado, obrigava-me a caminhar.

Vale o rosto das gentes dos sítios que atravessamos. Bocas desdentadas e olhos brilhantes. Batem-me palmas nos seus trajes escuros e emanam uma luz que me ilumina. Rasga-se-me no rosto um sorriso que suponho bonito. Ganho. Forças.

Mas de novo Ela. Implacável. Vence-me. E amaino forças sem resistir. Estou nas mãos e nos braços dela. Com um sorriso agora Ela também, leva-me ao colo, embala-me e posso jurar que ouço uma canção entoada baixinho.

Quando me pousa de novo no chão, estou de pé e corro, corro até mais não, temendo que na próxima passada as pernas se dobrem não suportando mais o meu peso e o impacto de cada passada vigorosa no chão.

Vejo-me acompanhada por um outro participante e juntos seguimos a correr até à meta. Entramos naquele Estádio, damos a volta e cortamos a meta.

1h37m38s marca o meu cronómetro. Prometo: para o ano outra vez sim, mas melhor preparada, o que não será difícil, visto a ausência de preparação deste ano.

- Pai! – está ali o meu pai, aguardando-me sempre e queixa-se ele também da dureza da caminhada.

- Desculpa… - não sabia que Ela também tinha sido dura para eles.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Trilhos de Mogadouro - Viabilidade e Ponderação

Pegou no mapa, abri-o estendendo-o na vertical encostado à parede. Levantou o braço esquerdo e segurou-o ao alto, alisando-o contra a parede, passando a mão direita sobre ele.

Num instante correu do Norte ao Sul, levantando voo na zona do Alentejo.

Olhou o ponto onde ela se encontrava e o ponto que lhe sussurrava ao ouvido “Mogadouro”.

Dali, desde este lado de onde o Tejo se faz ao mar até à sonhada (literalmente sonhada esta noite) localidade denominada de Mogadouro, uma linha vermelha se estendia, atravessando terreno, passando montes e vales, encaminhando para cima, para a montanha.

“Desculpa lá a frontalidade, mas digo-te já, não vás, eu acho que não deves de ir… Já viste? Gasolina, portagens, dormida e comida, gastas uma pipa de massa e é muito cansativo”

“Pois… se eu fosse uma rapariga sensata e desse ouvidos apenas à parte racional da questão, não ia não, podes crer! Nem pensava nisso!”
– responde ela.

Recordou-se da conversa desta manhã, mas ela sabe que não prima pela sensatez, e sabe também que agir apenas tendo em conta a racionabilidade não é vida que ambicione ou deseje. Se assim fosse, ai… quanta emoção deixada por viver, quanta corrida por correr, quanta alegria por viver, quantos sorrisos por dar, quanta felicidade por sentir. E depois, quem falou em dormida e em comida?

Olha o mapa, percorre de novo a linha vermelha que liga os dois pontos, e pensa para consigo:

- Bolas… ainda é um grande esticão…

quarta-feira, 26 de março de 2008

Antes que a noite caia

Antes da noite cair temos o dia. Para passear, trabalhar, rir ou chorar, brincar e ser feliz (ou infeliz). Hoje passei uma boa parte dele no Parque da Paz - Almada.

O nome "Parque da Paz" traz-me à memória um qualquer cemitério, talvez por achar tão difícil ter paz em vida, e acreditar na morte como leito onde por fim se descansa "em paz".

O Parque da Paz dá-me paz sim quando corro nele sozinha. Mas acho que isso me acontece em inúmeros cenários de treino, pelo que julgo que a paz me é trazida pela corrida e não propriamente pelo lugar.

O Parque da Paz dá-me alegria quando corro nele brincando com a minha filha. Quando jogo à bola e pontapeio, e caio e rebolo. E rio!

Cenário sereno sim, com o ruído da cidade, a encher-se de gente outra vez ao final do dia, gente que regressa da capital para dormir uma noite a correr. Infernal zumbido do trânsito ao longe, mas não suficientemente longe. Luzes que se acendem ao longe e aqui ao meu lado passa um ou outro sujeito a correr. Olho-o de relance, lembrando-me que eu não tenho corrido.

O facto de não ter podido ir a Constância e de começar a ver os Trilhos do Mogadouro e dezenas de outras provas a centenas de quilómetros de distância, que gostaria de ir, por um canudo, está-me a dar cabo dos nervos. Claro que há sempre umas provazinhas aqui à porta de casa, e tenho por exemplo já no próximo domingo corrida a contar para o Troféu de Oeiras - Joaninhas de Leião aqui bem perto de casa - mas não são àquelas a que eu queria ir...

Esta mania do tudo ou nada… Nestes últimos dias, corrida e exercício físico têm sido nada...

Dou por mim em constante adaptação e aprendizagem. E prevejo que seja assim até morrer. Serei eu uma eterna desadaptada e insatisfeita sonhadora?

terça-feira, 25 de março de 2008

Noite

Noite. Avança em mim e instala-se como virús num computador. Silenciosa e negra cai sobre mim. E o sono não vem, ou vem, mas eu não posso adormecer.

Noite. Boa ou má conselheira. Já não sei. As palavras confundem-se e atropelam-se. Saem trocadas e baralham-se e baralham-me.

Os risos do dia apagam-se, guardados seguros para se soltarem amanhã. Agora não. É noite aqui e eu não durmo. Aguardo. Pela manhã, e pelo sorriso dela. E olhar. E riso. E brilho. E sonhos e vida e alegria. Interesse e vivacidade. Dela.

Noite. Noite em mim agora. Noite. É noite aqui. Sem dormir, mais logo despertarei para retomar a vida. Agora, mesmo sem dormir, deixai-me fingir que a noite é descansada.


segunda-feira, 24 de março de 2008

(In)Certezas


Terão reparado os mais atentos que estava no meu programa a minha participação no Grande Prémio de Páscoa, em Constância, no passado sábado 22 de Março e que após a realização deste, não me manifestei sobre tal evento, o que não é habitual em mim.

Indiferente ou desatenta a maioria, lá um(a) ou outro(a) me abordou “Atão e Constância?”

Para esses, para os outros e para mim, aqui deixo estas palavras:

Constância ficou por correr. Não que a prova não decorresse, não chega a tanto a minha pretensão, eu é que fui “obrigada” a não ir. Como provavelmente serei obrigada a faltar aos Trilhos do Mogadouro. Não que a prova perca grande coisa sem a minha graciosa presença, quem perde sou eu, mas é pena. Por mim e pela prova. Seria só mais uma. A marcar presença. Que importância tem?

Isto…para o caso de não ir mesmo, que ainda não é certo, como tudo nesta vida.

Certo, certo, só mesmo a morte. A vida corre sobre e sob uma incerteza constante. Mesmo a dos que a julgam ter por certa. Ou talvez principalmente a desses… pois os outros, os que sabem viver na incerteza, pelo menos já não serão surpreendidos pelas certezas que deixam de o ser de um segundo para outro.

Mas não é precisamente esta certa incerteza que embeleza a vida e lhe dá fascínio? Não é ela que nos livra de uma prevista e por isso monótona e enfadonha vida? Acho que sim, mas às vezes … bem que a dispensava.

Até amanhã, com certeza (?)

domingo, 23 de março de 2008

Fluviário de Mora

Porque as férias estão aí, e estamos nós mesmo dentro delas, fomos na passada 6ªfeira ao Fluviário de Mora

Uma visita que nos permite seguir o percurso de um rio, da nascente à foz, mostrando-nos várias espécies onde muito dificilmente noutro local se deixariam ver. Algumas estão até já extintas dos nossos rios...

Pena que as lontras pouco se tenham deixado ver...

Se valeu a pena? Claro que valeu a pena. Deixo aqui a sugestão para graúdos e miúdos.

sábado, 22 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

18ª Meia Maratona de Lisboa



Não, não fui correr esta prova. Então ia eu lá agora participar numa prova e não avisava os meus “amigos” leitores com antecedência? Nem pensar!
Em 1996, depois de ter corrido “oficialmente” apenas quando criança, e de muitos treinos isolados apenas para manter a forma (ou evitar que esta se tornasse completamente redonda), foi 1996 o ano em que descobri as provas abertas a todos.
Precisamente numa Mini inserida na Meia de Lisboa, aliciada pela oportunidade de passar o tabuleiro da Ponte 25 de Abril a pé. Fiquei de tal forma agradada que me apaixonei ao ponto de nunca mais ter parado! Com uma gravidez feliz pelo meio (corri a mesma Mini em 1997 grávida de 6 meses – Corri, pois teimo em opinar que as Corridas são para correr salvo lesão ou dificuldade física ou psíquica que nos surpreenda durante a mesma, e que as Caminhadas são para Caminhar. Uma simples opinião, tão simples como o significado das palavras neste caso, mas que muitos organizadores gostam propositadamente de baralhar para ver assim monstruosamente aumentado o número de atletas (???) na sua Corrida. Opiniões…
E se deslumbrada fiquei na estreia, se adorei correr grávida no ano seguinte, já não gostei muito quando fui acompanhar o meu pai, e menos ainda nas Meias que lá fiz em anos que se seguiram.
Uma fingida separação das partidas da Meia e da Mini, tornam a prova demasiado confusa, e se o atleta que quer correr não tomar posição na partida demasiado tempo antes desta se dar, arrefecendo músculos, arrisca-se a ter de parar porque caminheiros estão a fotografar as vistas ou a si próprios, completamente parados em pleno percurso, ou porque o triciclo do bebé se engatou na grelha e o papá está a tentar soltá-lo, ou ainda porque o jovem arrojado vem a furar para ganhar posições e se espalha ao comprido a seus pés. São estes os 30.000 “atletas” que estiveram hoje na Ponte, e para o ano estarão 35.000 se entretanto a Ponte não cair, pois segundo se ouve o tabuleiro precisa de ser substituído mas como nem todos são da mesma opinião…
E por isto e nada mais, eu deixei de fazer tal prova. Paga-se e deve-se ter o retorno. E para mim Correr é fundamental! Não há medalha ou camisola que valha o dinheiro se somos impedidos de fazer aquilo para o que nos inscrevemos: Correr!
Para mim esta questão é clara como água, e por isso não faço contas de voltar a participar.
Entretanto, hoje, estive lá. Como parte integrante de uma equipa que se propôs a fazer uma reportagem fotográfica. E fez! Foi uma experiência diferente, que adorei. Estive 3 horas a fotografar. Adorei! Fotos já disponíveis no site da AMMA – Atletismo Magazine Modalidades Amadoras.

Entretanto, há o resto de domingo para passar, e ele passou, e não, com ida ao Centro Comercial e ao cinema, entre pipocas e a escolha de novo membro adoptivo para a família (peixinho) não houve tempo para treinos nem meio treinos! E amanhã é já 2ª feira. E se a petiza não tem escola, eu tenho trabalho (felizmente!)
Até amanhã

sábado, 15 de março de 2008

Risco de Duatlo? ou Sábado de Sol

1 hora de Corrida num parque só para mim +
56 minutos de Natação numa piscina só para mim "De promessas de ontem e de boas intenções está o Inferno cheio. Dizem. Mais ainda a Terra, digo eu. "

Parece-me que já escrevi esta frase há poucos dias. Às vezes é bom, relermos o que escrevemos e até voltarmos a escrever para que a memória não seja curta. Principalmente a nossa!

Por isso hoje, de novo cumpri:

1 hora de corrida em terreno, digamos que… com algum desnível, que eu procurava descaradamente até voltar a sentir a dor que me pareceu na Corrida das Lezírias: músculo da parte da trás da coxa direita: da curva do joelho à nádega, e que pensava que já tinha passado… Passou nada, mas também não há-de ser nada! Volta-se ao anti-inflamatório e siga a dança! O que vale é que só se manifestou por volta dos 50 minutos.

Depois, tendo por intervalo uma curta deslocação, um duche rápido e uma ensaboadela das zonas críticas (mais mal cheirosas) e ainda uns bons golos de água e de uma bebida isotónica, mergulho no azul e faço 56 minutos de natação. Todos os estilos, excepto mariposa que não é para todos, e para mim não é, e ainda alguns exercícios mais específicos com prancha e outros acessórios, de forma a obrigar, ora só as pernas, ora só os braços a trabalharem mais, não esquecendo tudo o resto, que a Natação é dos desportos mais completos que existem (digo eu) ainda com a vantagem do nosso peso (imenso) ser totalmente suportado pela água. Tenho a piscina praticamente toda para mim, mas quem se lembra de ir nadar depois da tradicional hora de almoço? Claro que o meu almoço foi perto das 4 da tarde, mas que importa? O que importa sim, não é obedecer ao relógio que a sociedade criou com horário para as pessoas se alimentarem. Desde que se coma as vezes necessárias, sem estar demasiado tempo sem comer, não tenho de todo, hora de almoço ou de jantar, e muito menos de treinar!

Hoje foi um sábado de Sol, com muito Sol! Daqui a nada ainda me meto no Duatlo. Não fosse “aquilo” tão competitivo (digo eu, pelo menos é a ideia que tenho, não é como as nossas corridas em que mais um coxo para engrossar o pelotão é sempre bem-vindo!) e ainda pensaria nisso. Sempre é mais simples que o Triatlo que envolve e exige outro arcaboiço quer de treinos, quer de carteira, quer de logística.

Até amanhã (agora é assim, todos os dias até ao Mogadouro...isto se não mudar de ideias)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Férias de Páscoa

Não sendo eu propriamente estudante, mas antes eterna aprendiz, trazem-me no entanto as férias escolares um doce sabor, tão só por ser mãe de uma petiza de 10 anos e o período de férias trazer sempre com ele uma significativa e positiva alteração na rotina, sobrando mais tempo para ela e mais tempo para mim, o que se traduz em mais e principalmente melhor “tempo” para ambas.

Assim, como o coelho, de cesto cheio de amêndoas e ovos de Páscoa num braço, e ainda flores primaveris no outro, doces e cores que prometem adoçar a vida, entro eu também no grupo que embarca hoje nas Férias de Páscoa. Duas semanas em que se espera fazer algumas coisas saborosas há algum tempo sonhadas e prometidas, e que se não forem fantásticas, serão garantidamente bem diferentes dos restantes dias do ano, eternas prisioneiras e fugitivas da rotina, sempre capturadas também.

Entretanto, não esqueço que tenho o Grande Prémio de Páscoa em Constância, prova de 10 km fáceis no sábado de Páscoa, dia 22, e para terminar este período diferente tenho os Trilhos do Mogadouro logo no sábado seguinte, dia 29 de Março, já em jeito de despedida para logo retomar a rotina. E é bom que assim seja. Mas antes disso, temos estas duas semanas para passar. Nossas.

Nota: se fiz alguma coisa hoje? Corrida? Ginástica? Bicicleta? Natação? Não, não fiz qualquer espécie de exercício físico a que se possa chamar “Exercício Físico”. Mas a Montanha não se compadece, e sei que se quero chegar ao Mogadouro e usufruir de tudo aquilo, tenho de me mexer. E muito! Faltam apenas duas semanas para os Trilhos de Mogadouro. Preparação física e tudo o mais que me apetecer, aqui será apresentado em forma de palavras e de imagens, e assim verão como se conquista a Montanha em duas semanas (conquista?!)

Até amanhã

quinta-feira, 13 de março de 2008

Hoje

Hoje é hoje. De promessas de ontem e de boas intenções está o Inferno cheio. Dizem. Mais ainda a Terra, digo eu.

Pois se ontem prometi, hoje cumpri. Não, não corri nem fiz ginástica. Hoje, nada! Nada ela, substituindo o rosa pelo azul e mergulha na piscina onde nada (nada mesmo!) 55 minutos. Bom! Muito bom!



Tão bom que agora lhe doem todos os músculos que envolvem os ombros, estendendo-se pelos peitorais. É o que faz estar tanto tempo sem nadar. Ameaça de lesão? Não! Nada disso! São mesmo daquelas dores musculares saudáveis depois de um exercício físico que trabalhou músculos habituados ao descansado descanso. Isso acabou-se meus amigos! Não se vão ficar a rir das pernas, que coitadas são sempre elas as solicitadas, domingo após domingo… e hoje apesar de não fugir muito à regra, mas pelo menos, mais uns músculos tiveram de arcar com o trabalho árduo (até porque eu sou um bocado preguiçosa para bater pernas, e acabo sempre por trabalhar mais braços e tronco). Considero uma compensação das corridas. Ali, na água, as pernas pouco mais fazem que ser massajadas pela própria água.

Até amanhã

Ainda para ilustrar as minhas Lezírias 2008...


quarta-feira, 12 de março de 2008

Eu sou assim

Sou assim. Não esperem muito de mim.

Trapo rasgado e ruçado pelo uso e pelo tempo. Tempo feliz ou infeliz, é indiferente. A gente usa-se, envelhece, amadurece, cresce, cansa também às vezes e pára. Para mais logo recomeçar.

Eu sou assim, não esperem muito de mim.

Prometo que amanhã como com moderação e equilíbrio. Prometo que amanhã exercito o corpo parado e dorido desde domingo. Prometo que amanhã … Prometo… Prometo…

Eu sou assim, não esperem muito de mim...

Tenho o Mogadouro e a Montanha à minha espera dia 29 de Março, onde fui feliz em 2004 e pela última vez em 2005, para logo dias depois saber que afinal só pensava que era feliz quando achava que o era mas não era, pondo em questão a realidade da nossa realidade, ou a sua relativa importância se simplesmente nos sentimos felizes, porque ignoramos outra realidade que é (afinal) também a nossa mas que não vemos ou não queremos ver. Mas que raio! Alguém é feliz assim? Eu não. Eu sou assim. E não esperem muito de mim.


Trilhos de Mogadouro, Fevereiro de 2005

domingo, 9 de março de 2008

Corrida das Lezírias 2008

Sob um sol que acordou tímido mas que acabou por se afirmar acompanhado de um vento forte, mais uma vez se realizou esta que é uma prova única em Vila Franca de Xira.

Organizada pelo Pelouro de Desporto do Município de Vila Franca de Xira com o apoio técnico da Xistarca, esta prova ofereceu um percurso de 15 Km extremamente agradável e de baixa dificuldade, entre a cidade de Vila Franca de Xira e os caminhos de terra das lezírias ribatejanas, inseridos na Reserva Natural do Estuário do Tejo, aos 1301 atletas chegados na prova principal, e ainda uma Caminhada e provas para os mais jovens no recinto do Pavilhão do Cevadeiro, local aprazível, seguro e bem animado.

Prova decorrida em terra de touros e toureiros não faltou o campino ribatejano montado a cavalo e bem representado em vários pontos do percurso.Inscrições, levantamento de dorsais e partida regulares. Abastecimentos suficientes, percurso bem sinalizado, com os quilómetros marcados, seguro e com ponto de controlo. Animação antes e depois da prova, com uma meta viva e digna. Massagens e duches disponibilizados. Prémios de presença constituídos por pequeno medalhão, t-shirt, bolo, água, bebida isotónica e saco.

Uma prova bonita, bem organizada e que se quer repetir depois de experimentar. Simplesmente isto. Recomenda-se!

















Fotos de autoria de meu pai Antonio Melro, e de Carlos Viana Rodrigues e José Gaspar da AMMA



Resultados em:

http://www.revistaatletismo.com/Lezirias_07.htm


Fotos no meu Álbum, em:

http://picasaweb.google.pt/anamariasemfrionemcasa

E também em:

http://www.ammamagazine.com/

http://www.fotodesporto.com/home.php



Agora … Eu, as Lezírias e os Cavalos

Não me canso. Não me canso de correr como os cavalos cinzentos, brancos, pretos, castanhos e malhados das Lezírias ribatejanas.

Dou pinotes, abano a cabeça soltando a crina que esvoaça pelo ar e corro. E mudo de direcção sempre que se me aprouver. E se me apetecer ou se for preciso relincho. Cavalo à solta na vida. Sem freio ou arreios, rédeas, ou selas. Corro. Jamais montada de carrasco que me faz capacho.

É isto a Corrida das Lezírias. É pisar a terra e saltar as ervas. É viajar no Tejo e correr para o mar. É ser livre. É ser um cavalo. E eu hoje fui! E corri ao lado dos cavalos e do Tejo cinzento corrido pelo vento. Como eu.

Feliz por encontrar o João, o António, a Maggy, o Ginja, o Henrique, a
Lénia, o António Bento, o António Almeida com a pequena Vitória, a Rosa Alexandra, e outros, tantos outros que me perdoem por não os mencionar ou por os não saber mencionar sequer, mas que me sorriem e num sorriso e num olhar e numa única palavra ou aceno ao longe, nos dão alento. Senti a falta de outros que deviam de estar ali … Paula?

Como de costume parti do fim. Devagar mas nunca querendo perder o grupo dos amigos que fiz no Clube do Sargento da Armada. Mesmo uns fugindo para a frente e a Maggy ter ficado ligeiramente para trás já perto do fim, foram lebres até ao fim.

Resumindo, fui sempre “a puxar”, a ser “puxada” ou seja, em esforço para a minha condição. Ainda assim não tive quebras e terminei os 15 Km com 1h18m54s. Diria que foram quilómetros regulares, e cheguei bem.

Estou contente. Fui 893ª classificada em 1301 atletas chegados à meta.