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terça-feira, 31 de maio de 2011

10ª Corrida do Mirante

Ota, 29 de Maio de 2011

Manhã cedo e pouco mais de uma centena de atletas começam a encher o centro da Ota. Tomam café, ou mesmo o pequeno almoço, e fazem o levantamento dos dorsais no Centro Social e Recreativo da Ota. Entre essas pessoas, está a Maria. Observa as andorinhas nos beirais, numa rua ainda calma onde estacionou o carro e dirige-se também ela ao Centro, onde já borbulham vozes e fervilham entusiasmos. Sempre os agradáveis encontros e reencontros com velhos amigos e conhecidos, e vai ela também levantar o seu dorsal. É o número 52.

Depois desaparece a Maria. Volta agora passados 2 dias do término da prova, e sentada no sofá onde estica as pernas doridas, conversa com o Buscador, de agora em diante denominado de B, sendo-lhe atribuído a ela, por falta de originalidade, a denominação de M (Maria).

B - Foi a 1ª vez que fez a Corrida do Mirante?
M - Não. É a 2ª vez, estive cá no ano passado.

B - Gostou desta 10ª edição?
M - Está a brincar não está? Eu não gostei... eu adorei!

B - Algumas diferenças assinaláveis em relação à edição do ano passado?
M - A prova está muito mais dura. Noto também menos participantes. Talvez por haver imensas provas neste dia. E o almoço a querer ser mais organizado pecou por excesso de zelo por parte de um dos voluntários renitente em oferecer uma fatia extra de tomate a quem dispensou a alface. Gesto totalmente desnecessário, despropositado e de muito mau tom ... no ano passado, a boa vontade e simpatia e ainda a quantidade disponível, não proporcionaram episódios do género...

B - Mas coisas positivas teve a prova certamente. Pode indicar-nos algumas, que se destaquem em sua opinião?
M - Com certeza. Aprecio o bom resultado de um amadorismo delicioso que põe de pé uma prova, resultado esse, fruto de esforços a vários níveis, e de muitas e várias pessoas que se empenham trabalhando afincadamente para proporcionar uma excelente manhã seguida de almoço/convívio, onde a prática da Corrida e o exercício físico na Natureza são promovidos e incentivados. Dou os meus Parabéns e demonstro o meu apreço a toda a Organização, na pessoa do Alexandre Beijinha, consciente que toda uma equipa foi necessária e contribuiu para o sucesso. Gostei da facilidade da inscrição, da disponibilidade e iniciativa de contacto por parte da organização e da seriedade para resolver problemas como foi por exemplo o pagamento em duplicado de uma inscrição. Gostei da forma da entrega dos dorsais, também facilitada pelo número pouco elevado de inscritos. Gostei da Caminhada, que proporcionou um magnífico passeio pela serra de cerca de 9 Km a muita gente, embora considere um percurso não muito acessível para algumas pessoas. Gostei que a partida dos Caminheiros fosse bem antes da nossa, de forma a só os irmos apanhar já bem serra dentro. Adorei e adoro esta serra, de verde implacável, da subida ao Mirante, das descidas envoltos em verde, embora muito pessoalmente dispensasse uma descida em particular, em que perdi totalmente o controlo e só não caí e me parti toda por razões absolutamente misteriosas e supranaturais. Falta de técnica dirão, e têm razão.
Gostei da pontualidade das partidas. Dos abastecimentos durante a prova, da sinalização apesar de saber que falhou lá para o Km 9, para um grupo da frente, provocando enganos com consequente perda significativa de lugares, e isso quando se corre lá na frente, é para cima de chato, muito chato mesmo! Gostei da quase constante vigilância dos serviços de Primeiros Socorros ao longo da prova. Gostei do verde envolvente. De correr sozinha só envolta pela serra. De correr longe dos carros e da poluição, mesmo dentro da vila. Gostei da dureza. Gostei da chegada, das massagens disponibilizadas assim como o banho. Gostei do toque pessoal, humano, das palavras e dos gestos de todos os envolvidos no evento (com excepção para a senhora zeladora pela exacta distribuição do tomate no almoço).
Gostei do saco com a t-shirt, a árvore de madeira/Troféu com alusão à prova, da lata de sardinhas e da água que não faltou. Gostei do Convívio/Almoço, da entrega de prémios e das taças e troféus distribuídos. Das classificações rapidamente divulgadas na internet. Não desgostei do preço da inscrição (EUR 9,00) para o que nos é oferecido. É justo.

B - E coisas más, a prova teve?
M - Já as mencionei acima, sendo a mais grave e talvez a única digna de menção, o descuido de sinalização para um grupo de atletas. De resto, esteve tudo muitíssimo bem!

B - Aconselhas a prova aos teus amigos e pensas voltar?
M - Fez-me 2 perguntas ao mesmo tempo não sei se reparou, mas a resposta é a mesma para ambas: Sim, sem dúvida que sim!

B - Obrigado Maria.
M - Eu é que agradeço à organização ter-me dado oportunidade de viver esta manhã fantástica e a si, agradeço por permitir-me partilhar tudo o que vivi nesta 10ª edição da Corrida do Mirante


Consta que a Maria percorreu os 11.920 metros da prova em 1h44m20s, tendo sido a média completamente irrelevante, porque a Corrida do Mirante é autêntica, pura, dura e bela Montanha, que ela tanto ama.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

10ª Corrida Do Mirante

Ota, Alenquer, 29 de Maio de 2011

Eu e a 10ª Corrida do Mirante, em algumas imagens e poucas palavras

Aquecimento:Bem dentro da prova:
O regresso, de novo a travessia do rio, embora ainda faltasse mais uma valente subida e outra valente descida antes da Meta na Ota:
A minha amiga Ana Groznik, 1ª classificada no escalão e 1ª na geral feminina, Parabéns Ana Groznik!
A poucas dezenas de metros da Meta, com forças ainda para correr e para sorrir para o meu pai:
O meu pai, António Melro, na Ota, no dia do seu 75º aniversário, a fazer o que tanto gosta: continuar a participar nas Corridas - na forma que lhe é possível - a conviver e a fotografar: Parabéns Pipas! Muitos anos de VIDA!
Meta cortada, de novo com a Ana:
A Corrida do Mirante é dura, muito dura! Montanha, dura, bela e implacável.

Resultados aqui

Boas reportagens fotográficas em:

AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras


Pára que não pára

Fotos de Luís A. Santos


Carlos Lopes


A todos agradeço imenso pela disponibilização das fotos, algumas expostas acima

E amanhã outras palavras surgirão aqui, neste mesmo espaço

quarta-feira, 25 de maio de 2011

6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro

6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro
22 de Maio de 2011

Valeu a pena. Valeu mesmo a pena deslocar-me até às belas terras do Douro Vinhateiro onde inserida numa paisagem absolutamente magnífica se correram os 21 Km da 6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro. Uma prova que ficou manchada na última edição pela escassez de água, mas que nesta edição demonstrou muito bem que a Organização já aprendeu e quer e sabe fazer bem.

Se autodenominando como "a mais bela corrida do mundo", numa postura presunçosa que seria dispensável, atrevo-me a dizer que a Meia Maratona do Douro Vinhateiro decorre de facto num cenário muito belo, mesmo sendo a beleza algo relativo e subjectivo, nas margens do Rio Douro entre encostas de vinhas em socalcos.

Boa divulgação e informação em site próprio, desde inscrição às classificações que foram disponibilizadas rapidamente.

Dorsais entregues quer nos dias anteriores à prova como na própria manhã da prova.

No dia da prova os atletas tinham autocarros da Organização que os transportavam numa curta viagem, para a Barragem de Bagaúste, onde estava montada a Partida.

Boa divisão das Partidas: Cadeiras de Rodas, Meia Maratona e atrás, com alguns minutos de atraso, os participantes da caminhada.

Percurso totalmente cortado ao trânsito, perfeitamente sinalizado, controlo por chip, e marcação de quilómetros, abastecimentos de água praticamente a cada 2,5 km, mangueiras dos Bombeiros a improvisar chuveiros pelo caminho, a refrescar os corpos quentes.

Sempre, a paisagem magnífica e bela.

A Meia segue a estrada que sobe o Rio, é feito um retorno ao km 6,7 e segue em sentido inverso, já em direcção a Peso da Régua.

Dentro da cidade, a animação é muita: música, público e uma Meta que estaria melhor em minha opinião no fim da linha, em vez dos atletas passarem paralelamente por ela e serem levados a percorrer mais umas boas centenas de metros, para fazerem um retorno e aí sim, serem encaminhados para a Meta numa recta com alguma inclinação ascendente.

Em minha opinião também, a prova começa demasiado tarde (11:00hrs) o que pode acabar em excesso de calor tendo em conta a altura do ano e o local abrigado em que decorre.

Depois de pisarem o tapete, os atletas dispõem de um vastíssimo espaço onde podem descontrair e encontram diversas tendas: água, massagens, patrocinadores, brindes, entrega de sacos com t-shirt, garrafa de vinho da região e medalha, e palco onde se entregavam prémios por classificação e se fizeram ainda alguns sorteios.

Com uma vasta lista de patrocínios, destacando-se entre eles a EDP, e com as pessoas certas à frente, arriscaria a dizer que a prova tem todas as condições para ser uma grande Meia Maratona. E assim foi nesta 6ª edição.

Certamente não falei de tudo e haverá muita coisa que me passou despercebida, mas o que vi, corri e senti, chegaram-me para querer voltar para o ano com muita vontade. Valeu muitíssimo bem o voto de confiança que dei à Organização.

Por tudo o acima exposto, está a organização de Parabéns.

Até para o ano

Ana Pereira


Classificação Masculina:

1º Edwin Kiptoo, com 01:04:06
2º Rui Pedro Silva, Maratona Clube de Portugal, com 01:04:37
3º Sérgio Manuel Rodrigues Silva, Maia Atlético Clube, com 01:05:21

Classificação Feminina:

1ª Sara Moreira, Maratona Clube de Portugal, com 01:12:24
2ª Mónica Silva, Maratona Clube de Portugal, com 01:14:37
3ª Doroteia Peixoto, N.A.Joane, com 01:15:17

Classificação Cadeiras de Rodas:

1º Alberto Batista, Associação Moinho de Vermoim, com 00:50:56
2º Helder Fernandes, ANACR, com 01:07:00
3º Mário Trindade, ANACR, com 01:14:46

segunda-feira, 23 de maio de 2011

6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro - feita!

"O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova."

Miguel Torga


6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro - feita!

A véspera

Liberdade é andar de moto e respirar o Douro, as vinhas, o verde, encher as narinas e os olhos e a alma do Douro Vinhateiro. É embriagar-me de Amor e de beijos e de vinho do Douro e rir feliz como poucas vezes fora. O Douro Vinhateiro é sem dúvida uma das mais belas zonas de Portugal, a que quero voltar sempre (nem que seja uma vez por ano para correr esta Meia, completamente inebriada pelo Douro - e olhem que não estou a falar de vinho... mas também):
O dia da prova

Na fila para o autocarro que nos levaria à Partida:
Já no local da Partida:
E água não faltou, logo na Partida, para quem quisesse, e ainda bem que assim foi, pois com o transporte dos participantes em autocarros, muitos chegaram cedo e tiveram de torrar até à hora da Partida, sob o Sol escaldante do vale do Rio:
"E se falta a água, pá?!" - mas houve quem se precavesse caso o sucedido na última edição (falta grave de água) se viesse a repetir: - carregar na imagem para ver maior e ler a legenda na garrafa):

A Partida já dada e lá vou eu rio acima entre o Rio e as encostas verdes e o céu azul. Não há mais nada. Só eu e a Meia. Eu estou na Meia - penso. Uma euforia e alegria acompanham-me. Descubram-me por aí, um ser entre tantos, tão diferente e tão igual. Vai correr mais de 21 km e está já feliz ainda agora a prova começou.

É esta a paisagem à minha esquerda, enquanto subimos o rio pela sua margem esquerda. Aqui, o momento em que passa um comboio na margem oposta:
Sensivelmente pelo Km 11:
Sim, ia em esforço e muito concentrada:
Já com o Rio Douro à nossa direita:


6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro
Está feita e... ganha!

Quando no ano passado a falha por falta de água foi tão grande, e a revolta dos atletas ainda maior, apresentei a minha reclamação à Organização, que de imediato se disponibilizou para devolver o dinheiro da inscrição. Mas não era dinheiro que eu queria. Eu queria que coisas daquelas não acontecessem, e sugeri em alternativa, a oferta de inscrição para a edição de 2011. E assim foi. A Organização ofereceu-me a inscrição, assumindo a grave falha e de alguma forma se comprometeu a corrigi-la. E eu, era mesmo isso que queria: que a falha não se repetisse. Dei-lhes um voto de confiança e tinha de lá ir correr. Como prova de confiança, com fé nos homens que ainda tem razões de existir e que eu queria manter.

E mesmo com treinos deficientes lá me apresentei à partida. Confesso que ia bastante apreensiva e quem me acompanha sabe bem os treinos que faço (estão aqui todos) e como me sinto, pelo que tinha tudo menos condições para ir à vontade.

Muitos foram os que me deram força. Mas, não desvalorizando ninguém houve um comentário no último texto que aqui deixei, que me deu uma excelente ideia e que se veio a revelar uma muleta fabulosa ao longo dos 21 Km. Foi o comentário do Fernando Andrade, que pedia para eu correr 1 km por ele, de preferência lá para o fim. E pensei: se correr 1 km por cada amigo...então não hei-de conseguir? Claro que sim! E assim fiz:

21 Km = 21 Amigos

E amigos aqui, são espíritos de gente, forças em forma de aura que me acompanharam, pessoas que sei que me dão força. Forças diferentes, como motores de carro, mais potentes uns que outros, de pesos completamente distintos, mas todos os que me passaram pela cabeça durante os 21 Km são de certeza, uns imprescindíveis, outros muito importantes e outros ainda apenas importantes, mas todos, todos sem excepção são forças inspiradoras e que me ajudaram a acabar esta Meia.

Os detalhes:
1º Km 6:09 - A minha filha - força motora que me impele a levantar da cama todos os dias, a trabalhar, a correr, a viver;

2º Km 6:11 - O meu Namorado - à força do Amor, um apoio inestimável em tudo o que faço;

3º Km 6:05 - A minha Mãe - nos bastidores, está sempre lá;

4º Km 5:59 - O meu Pai... que nem tenho palavras para descrever... mas se tentar serão. companheiro, amigo, parceiro, cúmplice,...;

5º Km 5:54 - Carlos Viana Rodrigues, da AMMA, um Amigo, inquestionavelmente um Amigo, saudades de o ver sentado num banquinho no meio da estrada, a fotografar a malta;

6º Km 5:43 - Zé Gaspar, da AMMA, pelas mesmas razões do Carlos, com a diferença que trabalha de pé, e estive com ele ultimamente, pelo que as saudades não são tantas;

7º Km 5:55 - Ana Groznik, Amiga, simplesmente Amiga que muito estimo

8º Km 5:45 - Manuel Ramos, Amigo... que mesmo não sabendo que eu estava aqui, eu sei que torce por mim, sempre;

9º Km 5:50 - João Lima, porque me deixara um comentário dizendo que ia correr ele também uma Meia neste dia. Pensei nele;

10º Km 6:00 - Jackelyne, Menina/Mulher, Mãe e corredora, que acompanho há anos, com o Oceano ao meio, e que muito admiro, fiz este Km com ela;

11º Km 5:55 - Elis, Menina/Mulher, que também com o Oceano ao meio, muito admiro e por quem sinto uma empatia especial, corri com ela este km

12º km 5:47 - Orlando e Leonor Duarte, um casal Amigo, que muito estimo e por quem sinto um carinho especial;

13º Km 6:05 - Fernando Sousa, Amigo.

14º Km 6:14 - José que também corre, porque mesmo sem me conhecer, muitas vezes me deu uma palavra amiga, quando eu mais precisava...

15º Km 6:06 - de cérebro vazio... talvez pelo desgaste físico, repito o meu pai, pois é de facto das pessoas que mais força me dão. Ali, a 400 km de casa e longe dele, não foi diferente;

16º Km 6:14 - repito a minha filha, pelos mesmos motivos;

17º Km 6:02 - António Pereira, Amigo, dos mais "fixes" (fixe e sólido) que conheço, corria ele na Geira, corria eu aqui com ele com pensamento;

18º km 6:06 - Ana Paula Pinto e sua filha Margarete, a força desta mulher...

19º Km 5:35 - António Pinho, Amigo que já me acompanhou em tantas corridas, e quis os desígnios que me lembrasse dele, talvez saudades de correr "ao despique" com ele;

20º Km 5:22 - Fernando Andrade - um Amigo, um grande Senhor - e vá-se lá saber porquê, foi o Km mais rápido (sabe-se sim senhor, era a descer, havia muita animação na rua, e a música a tocar, e as minhas pernas ainda com força a levaram-me para a frente, até me vieram as lágrimas aos olhos, vá-se lá saber porquê também, ou talvez se saiba sim, até com relativa facilidade para quem sabe o que a Corrida pode significar para uma coxa como eu);

21º Km 6:10 - estava reservado ao Fernando Andrade, mas não podia deixar de responder ao apelo do Jorge Branco, e este foi dedicado ao Último Quilómetro, como não podia deixar de ser. Um Km difícil, em que se havia já passado a escassos metros da Meta e nos fazem correr mais uma recta a descer, retorno e recta a subir. Não gostei nada desta parte. O que valeu mesmo é que era o Último Quilómetro.

A ordem com que me assaltavam as pessoas ao pensamento não será demasiado significativa, e não estou absolutamente certa de ter sido a acima exposta, e muitos outros me visitavam durante os quilómetros dedicados, e como intrusos, visualizava-os e sabia-os bem-vindos, amigos que estavam comigo. José Capela, Kim (preocupava-me pois sabia que se o visse, não o iria reconhecer dada a minha fraca memória visual para rostos), Miguel Paiva, José Lopes, Henriqueta Solipa, e outros, tantos outros... Só sei que com eles, com todos, fiz a Meia Maratona muito mais facilmente e muito mais feliz. Acredito nisso. E a todos agradeço, mesmo aos que não sabem que me ajudaram.

Marcou o meu Garmin
21,210 Km num tempo de 2:06:37 média de 5:58 / Km

Fui 862ª classificada entre os 1015 atletas chegados à Meta

Os Prémios de participação:
T-shirt técnica
Medalha
Garrafa de vinho da região


Classificações no site oficial da Meia Maratona do Douro Vinhateiro

Uma centena de fotos no site da AMMA, que foi o que se conseguiu e sempre é melhor que nada.


Ainda esta semana, escreverei "a sério" sobre a prova. Mas alguém duvida que o que acabei de descrever é sério? Muito sério, até?

Até depois querido diário

sexta-feira, 20 de maio de 2011

6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro

Régua... meu querido e belo Douro, aí vou eu!

Correr (ou pelo menos tentar correr) a 6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro, já já, neste domingo!

Pensem em mim que eu preciso de toda a força do mundo para correr os 21...pois não sei se só a minha chegará....

Deixo aqui uma foto do ano passado, da 5ª edição, em que apesar de inscrita na Meia, na hora, decidi correr só a Mini. Quero ver se este ano não será assim, embora a preparação física esteja pouco melhor...
Bom fim de semana para todos, e até ao meu regresso neste local

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Agora a sério... a 18ª Corrida de Vendas Novas





A 18ª Corrida de Vendas Novas realizou-se no dia 15 de Maio de 2011 e foi uma edição de sucesso alcançado, apesar de uma diminuição significativa no número de participações em relação a 2010.

A par da prova principal de 10 km, a Corrida proporcionou também uma Corrida da Família, sem fins competitivos e na distância de 5 km, com inscrição de valor simbólico a reverter para instituição de solidariedade, e a Milha Jovem, com inscrição gratuita, realizada na pista do Estádio, para os escalões de Infantis, Iniciados e Juvenis.

Organização a cargo da Câmara Municipal de Vendas Novas, com serviço técnico da Xistarca e apoio de várias entidades e comércio locais.

Com 582 atletas chegados na prova principal, centenas de caminheiros e perto de 60 atletas nos escalões jovens, a prova proporcionou uma magnífica manhã desportiva a todos. Camisolas para todos, troféus e medalhas por classificação.

Boa organização na entrega de dorsais, no ambiente criado, na pontualidade, no trânsito totalmente cortado, no percurso de 2 voltas bem sinalizado, nos abastecimentos, na meta dentro do Estádio Municipal, na entrega de saco à chegada e no geral, uma prova bem conseguida a fazer pela Corrida em Portugal.

Sem prémios monetários, a afastar as elites, mas certamente a chamar o atleta de pelotão que encontra todas as condições para sair satisfeito. Oferta ainda de Bifana e bebida para todos os chegados à meta, sendo Vendas Novas também conhecida por esta especialidade.

Excelentes balneários disponíveis para todos, entrega de prémios condigna apesar de alguma falta de rigor verificada em alguns escalões, revelando a falta de fidelidade do controlo electrónico por chip que a prova teve, mas que acaba por ser pouco relevante diante de tudo de bom que a Corrida de Vendas Novas conseguiu nesta edição.

Está pois a Organização de Parabéns.

1º Classificado Masc.: Carlos Alves - Boavista S.Mateus, com 32:23

1ª Classificada Fem.: Liliana Teixeira - G.D. Diana - Évora, com 37:39

segunda-feira, 16 de maio de 2011

18ª Corrida de Vendas Novas - "Ana Pereira"...

A minha Corrida, ou Um lapso, ou ainda "O SÉTIMO LUGAR"

Fui ao pódio sem merecer. Indevidamente. Por engano, lapso, confusão, mau funcionamento ou deslize da organização.
Estava eu descontraidamente a tirar fotos aos vários pódios, com os meus 55:29 de corrida que ali, pelo elevado número de participações femininas, muito improvavelmente me levariam a um lugar ao pódio para além do lá de casa, onde o meu ego ocupava o lugar mais elevado, de pura satisfação, pois a corrida correra-me muitíssimo bem, quando ao chamarem as primeiras 10 classificadas do meu escalão (F a partir dos 40 anos) sou surpreendida quando chamam no 7º lugar "Ana Pereira"


- "Ana Pereira"? ... Não... deve ser outra... - penso - eles não mencionam o clube, e eu estou certa que é outra "Ana Pereira" qualquer, pois Anas Pereiras é o que não falta por aí. Mas os lugares estavam já ocupados por todas as participantes chamadas e o 7º lugar continuava vazio... Num ímpeto, dou um passo para perguntar de que clube era essa tal Ana Pereira, que deveria ocupar o 7º lugar no pódio, não vá ser mesmo esta atleta que representou o Núcleo Sportinguista São Miguel, por milagre não das rosas, mas da lentidão de outras participantes, piores que ela. Seria possível?!

E já está o Chefe (de equipa) também ao lado do "speaker" que chamava os atletas, e eu:
- Essa "Ana Pereira"... de que clube é? Quem é?
- É esta mesmo, és tu, vai lá! - diz o chefe que entretanto já tinha obtido a resposta à minha pergunta, pois formulara-a segundos antes de mim. E... absolutamente surpresa, a correr vou ocupar o lugar vazio à minha espera: e não tinha mesmo de ser o sétimo? (ler post anterior)Depois, em casa, vejo as classificações que a organização, através da Xistarca, disponibilizou com extrema rapidez, e dou por mim em 14ª classificada no escalão! 14ª - Catorze (2 x 7 - SETE - outra vez!), e vejo uma outra "Ana Pereira" em 8ª (não 7ª!!) e, e...e... não percebo nada! Só sei que adoro subir ao pódio, mas fui lá por erro, e ocupei um lugar que não era meu! E pior, a medalha que me puseram ao peito, não é minha, nem os parabéns que me deram, são merecidos! Eram, por direito e mérito, de outra atleta.

Resta-me expor a situação à Organização e devolver a medalha. Não que eu ligue muito a isso, mas há quem ligue. Voltarei com nótícias se mas derem.

Entretanto, em relação ao resto... o resto...bem... a minha corrida correu-me muitíssimo bem como já disse. Senti-me bem! E isso é correr bem, em meu entender.

Sempre com a minha amiga Eugénia, da Horticasa, só avancei quando ela começou a caminhar lá pelo Km 9. Certifiquei-me que estava bem e segui no meu passo.

Terminei os 1o,060 Km em 55:29 média de 5:31/Km - 474ª classificada entre 581 chegados à meta. Contente e feliz, por sinal!


Amanhã outras palavras aqui mesmo neste lugar, sobre a 18ª Corrida de Vendas Novas


E deixo ainda algumas imagens

Antes da prova:
A pisar o tapete para registo do chip, ainda antes da Partida, que se deu fora do Estádio:
Ao longo da prova, com a Eugénia, lado a lado:
Já perto da meta, depois de ter deixado a minha amiga para trás:
A escassos metros da Meta:
Fotos da AMMA, tiradas pelo meu pai, e pelo meu amigo Joaquim Adelino que fez também uma grande e excelente reportagem fotográfica da prova, a visitar por todos os interessados

A Equipa que tive o prazer de representar nesta prova:

Núcleo Sportinguista São Miguel, que obteve os excelentes resultados colectivamente (a acreditarmos numa classificação correcta, como é o meu caso, apesar do ocorrido acima exposto ...):

- 10ª equipa Masculina, entre 37 equipas classificadas
- 4ª equipa Feminina, entre 6 equipas classificadas
Até amanhã querido diário

domingo, 15 de maio de 2011

18ª Corrida de Vendas Novas

Correu-se hoje a 18ª Corrida de Vendas Novas, e

eu estive lá e corri, tendo mesmo chegado ao fim, como se pode comprovar:
pela magnífica foto tirada por Mafalda Lima, esposa de João Lima, atleta como eu

Resultados da 18ª Corrida de Vendas Novas no site da Xistarca, responsável técnica da prova

E mais de 400 fotos, tiradas pelo meu pai, António Melro, no site da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras

As minhas palavras sobre a prova, deixarei aqui, muito provavelmente amanhã

Boa semana para todos e até amanhã, se cá voltarem vós e se cá voltar eu :) Eu penso voltar, e vós?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

6ª feira 13, o 7 (sete) e o 1/3 (Terço)

A Maria gosta do 7. Gosta dele, mas vários treinos têm encalhado no 7. Ali, no 7, como uma barreira difícil de alcançar e ainda mais de ultrapassar. Quer seja pelo cansaço, pelo tempo que lhe falta, ou por outra coisa qualquer.
7 é um número mágico, carregado de misticismo. O 7 é, segundo Pitágoras, o símbolo gráfico sagrado e perfeito de qualquer manifestação do Divino quer na Terra quer no Cosmos.

7 é o número da vida - a união do espírito com matéria (oooohhhh, Nirvana! - acrescenta a Maria)

E com uma Meia no horizonte próximo, correr pelo menos 7 Km em treino, parece-lhe um mínimo a cumprir. Um mínimo dos mínimos. Depois, claro, deveriam existir outros treinos mais longos, ou antes, deveriam existir treinos verdadeiramente longos.

Mas...

7 é a plenitude, a ordem perfeita.

7 é a medida reguladora da coesão universal, e temos:

os 7 planetas
as 7 divindades
os 7 metais
as 7 notas musicais
as 7 cores do arco-íris
os 7 dias da semana
os 7 chakras
os 7 pecados capitais e as 7 virtudes que lhe lhe opõem
os 7 dias da Criação do Mundo
os 7 Raios da Luz Sem Fim
o “7º Céu”
os 7 Arcanjos do Trono de Deus
os 7 degraus da Escada de Jacob referidos na Bíblia que representam
os 7 Planetas Sagrados com Aura astro-etérea de ascenção astrológica por onde temos de passar até chegar à Perfeição…
as 7 artes
os 7 grupos de vértebras,
os 7 orifícios no crânio (ou mais em caso de traumatismo craniano, acrescenta a Maria)
as 7 virtudes humanas
os 7 pecados capitais
os 7 anos de idade para cada fase da mudança de personalidade
os 7 anões da Branca de Neve, e...

muito, muito mais!

...tudo se processa no Universo dentro dum ritmo Septenário.

E a Maria acrescenta ainda:

7 é, a grosso modo, o terço da Meia. Meia... Maratona, que a lógica desta mulher roda à volta da Corrida, que tem 7 letras!

E ainda

7 foram os Km do último treino

e

7 foram os Kms do treino de hoje, que ela fez em 41:29, numa média de 5:53 / Km

e 7 e mais 1 são os dias que faltam para a Meia, a Meia que a Maria quer correr...


Um Bom Fim de Semana para todos e Até amanhã talvez, que será o dia em que faltarão 7 dias para a mesma Meia, a tal que a Maria quer correr. Por ora, ela fica com o terço e os 7 dias a separarem-na desse outro grande dia: 22 Maio, Meia Maratona do Douro Vinhateiro

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não sei como...

"... não sei como vou percorrer os 21.097,5 metros da Meia Maratona do Douro Vinhateiro no dia 22 de Maio..." - pensava a rapariga durante o treino de hoje ao final da tarde, sob um sol agora ameno e suave, varrida por uma brisa igualmente suave e ligeiramente fresca, a saber bem! O local é agradável, não há grandes desníveis, encontra outros corredores e pessoas a andar, mas ela corre só. O horário exacto em que terá de treinar pois é aquele que ela se lhe permite, e os ritmos individuais, não favorecem o companheirismo. Pelo menos é o que ela pensa. E de facto, ou passa atletas ou é passada. Não há passos como os dela nem os dela se igualam aos de ninguém.

Corre hoje, de novo com algum cansaço, e não gosta da sensação. Pensava que já tinha desaparecido, mas não, aqui está ela, a fazer parecer-lhe o treino um acto similar ao de remar contra a maré.

Ouve passos rápidos atrás de si e com naturalidade encosta-se mais para um dos lados do caminho de terra, onde corre.

"Então este ano vai de novo à Régua?" - pergunta-lhe o rapaz cujo rosto não lhe é totalmente desconhecido mas não pode dizer que o conheça.

E então, depois da primeira reacção de surpresa, ela lembrou-se! Era aquele rosto que ela encontrara precisamente neste local, a mais de 300 km do local do prova, sensivelmente há um ano atrás, depois da 5ª edição da Meia do Douro, e que na altura, ao vê-lo com a t-shirt da prova, depois dela ter acabado o seu treino, volta a sair do carro para conversar com ele e trocar impressões sobre aquela que foi uma prova absolutamente escandalosa ao ponto de se tornar vergonhosa pela ausência quase total de água e pouca definição e clareza em assumir o erro. Ainda assim, tanto ela como ele deram novo crédito à Organização, e ambos vão lá estar este ano outra vez, ficaram a saber na sua troca de palavras a correr, mesmo enquanto corriam.

Sim, ela vai, mas não sei como, não sei mesmo como, ela vai correr uma Meia Maratona...

Alguém sabe? Resta-lhe o conforto de saber que as coisas que pensamos saber, apenas as julgamos saber, porque na verdade, nós sabemos é nada!


Correu 7 Km em 40m51s, média de 5:49 / Km


Até amanhã querido diário

segunda-feira, 9 de maio de 2011

V Grande Prémio Quinta da Princesa

V Grande Prémio Quinta da Princesa

Organizado pelo Grupo Desportivo Cultural e Recreativo da Quinta da Princesa e apoiado pela Câmara Municipal do Seixal, Junta de Freguesia da Amora e comércio local, decorreu ontem, 8 de Maio de 2011, na Quinta da Princesa, o V Grande Prémio de Atletismo da Quinta da Princesa.

Num dos bairros considerado dos mais problemáticos do Distrito de Setúbal, a prova vem demonstrar que a maioria da população do bairro é constituída por trabalhadores ( existindo mesmo instituições de apoio aos jovens, numa luta constante contra o abandono escolar e que luta igualmente pela dinamização do bairro), e que a má fama que o bairro alcançou, sendo mesmo considerado um pólo de tráfico de droga no concelho do Seixal, não pode generalizar os seus residentes.

Alheios a tudo isto, poética e liricamente estiveram nas sete quintas - expressão utilizada para significar que se está bem, contente e feliz, expressão essa com origem no facto dos reis de Portugal precisamente naquela e outras quintas da região descansarem e se distraírem das suas vidas difíceis - e compareceram nesta corrida de inscrição gratuita, várias dezenas de atletas, divididos em provas para os mais jovens e a prova principal que se anunciava de 8,5 km.

Inserida no XXIV Troféu de Atletismo da C.M.Seixal e nos Jogos do Seixal, a prova contou com pórtico insuflável na Meta, "speaker", abastecimento de água a meio da prova principal e no final, troféus por classificação, quer colectiva, quer individual por escalões.

Num percurso bem marcado, com trânsito apenas condicionado, a prova sai do bairro, leva os atletas a atravessarem a Nacional 10 e fazerem um incursão na estrada da Fonte da Telha. Uma pequena volta e o regresso é feito na sua generalidade pelo mesmo caminho.

Sem grandes pretensões e nenhum mediatismo, a prova simplesmente cumpre ao que se propõe: levar a Corrida a todos, objectivo esse alcançado pelo trabalho árduo e silencioso dos vários clubes do concelho, que resistem a todas as dificuldades e mantêm um trabalho indispensável em prol da Corrida e das populações em geral, proporcionando alternativas de vida, e sempre, uma melhor qualidade de vida dos indivíduos, o que se torna de maior importância ainda quando se trata de escalões jovens, com quem estes clubes trabalham na sua maioria. Ainda assim, a afluência dos jovens não foi tanta quanto se poderia desejar. No entanto, tudo o que foi feito nesta manhã, é de extrema importância e muito positivo.

Por tudo isto, está o Grupo Desportivo Cultural e Recreativo da Quinta da Princesa de parabéns.

Ana Pereira


A minha Corrida

E eu fui lá correr. Bem que me apetecia fazer um treino longo e lento, que era o que eu precisava, até porque ainda está na minha agenda a Meia Maratona do Douro Vinhateiro, mas um pingo de decência sobrepôs-se a um egoísmo natural, e lá fui representar o clube a pedido deste.

Valeu pela companhia do António. Pelas conversa que tivemos em plena prova (enquanto consegui falar, depois foi só ouvir). Valeu pelo ritmo que consegui manter até ao fim. Valeu por outros amigos que encontrei. Valeu pelo suor. Valeu pelos sons que me rodearam. Valeu pela música que a Margem Sul sempre me murmura ao ouvido quando lá vou. Valeu por... Valeu por tudo e valeu porque sim! Porque Correr vale a pena e porque Viver vale a pena!

E temos mais dias para treinar. Longos e lentos. Embora para a Meia, o tempo já se esgotou, mas ainda assim, conto lá estar.


Na prova de ontem, aqueci durante 2 km num ritmo bem lento e depois

corri 8,110 Km, em 43:11 média de 5:19 / Km

Algumas imagens:

No aquecimento, com amigos:
E sozinha, porque Correr é na sua essência, sempre um acto solitário e individual:
A Partida:Ainda a Partida, onde é notória a subida com que a prova começava:
Quase na Meta, com o meu amigo António, que sempre me acompanhou, porque Correr é também um acto de companheirismo e de partilha, de que a amizade se alimenta e solidifica:Lançados na descida para a Meta:
E já depois da Meta cortada:
Com António Melro, meu fotógrafo, meu companheiro, meu amigo, meu pai:
Cerca de 300 fotos do V Grande Prémio Quinta da Princesa na AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras