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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Autocarro para a 15ª Maratona do Porto

Realiza-se a 4 de Novembro de 2018, a 15ª Maratona do Porto



E este ano não vai ser diferente: a Runporto, entidade organizadora e responsável pela melhor Maratona de Portugal, vai disponibilizar autocarros para o evento, desde Lisboa.

Partida de Lisboa no sábado de manhã, 3 de Novembro
Levamos-te à Feira da Maratona (Edifício da Alfândega do Porto) para levantamento dos dorsais e depois deixamos-te no Centro do Porto e estás por tua conta.
Depois, no dia seguinte, Domingo 4 de Novembro, depois de teres arranjado um interessante jeito novo de andar, trazemos-te de volta a Lisboa.

Mais informações e reservas, a mesma do costume:

Ana Pereira

por mail: anamariasemfrionemcasa@gmail.com
por Tlm: 964 937 456
por facebook

Faz já a reserva do teu lugar! 

terça-feira, 5 de junho de 2018

Maria Celeste

Fim da tarde. 1h07m a Correr. Ao lado do Trancão...tão bom começar assim o fim do dia, absolutamente revigorante, a lavar os pensamentos e a libertar a alma!

O gps diz que foram 11,200 Km, mas não é informação fidedigna...Fica o tempo de Corrida e as memórias do corpo e da alma no decorrer do treino, e hoje são ambas muito boas. E fica a história. Hoje, da Maria Celeste que correu comigo.



A Maria Celeste veio correr comigo hoje, Não levava nada, nem cronómetro nem relógio nem sequer telemóvel. Apenas ela, inteira, corpo e alma despida. Estava triste e ansiosa. E um pouco revoltada, apesar de o tentar negar com uma convicção mal disfarçada. No fim do treino, ao chegarmos ao carro, quase desesperadamente verifica o seu telemóvel que tinha ficado guardado no carro, na ânsia e esperança de ter uma chamada, uma mensagem, qualquer coisa. Dele! Mas não, não tinha. Se, apesar dele já ter dito que não ia ser possível, ela alimentava a esperança de que talvez ele mudasse de ideias e a convidasse para jantar. Se ele se atrevesse. Se ele quisesse. Talvez tivessem um serão muito agradável, talvez comemem bem, à volta de um prato de comida reconfortante e talvez rissem demasiado alto quando o jarro do vinho tinto já estivesse quase vazio e os empregados do restaurante quisessem fechar dada a hora tardia e o tempo ter voado sem eles terem dado conta. Talvez falassem e ouvissem como raras vezes acontecia nas suas vidas.Talvez partilhassem medos e ganhassem forças para os enfrentar só pelo simples facto de os ouvir em voz alta. Talvez partilhassem sonhos e esperanças e talvez sentissem o apoio do outro, quando todos nas suas vidas os acham loucos, desajustados e desadequados. Talvez a Amizade se sobrepussesse a amores acomodados, de conveniência e de falso conforto. Se ele a convidasse para jantar...

Mas não, ele não a convidou para jantar. E ela, a Maria Celeste, depois do treino despediu-se do rio e das águas que não levaram todas as suas mágoas para o mar como ela queria e regressou à sua casa, onde quase ignorada, apenas lhe dirigem a palavra para perguntar o que era o jantar. Alguma coisa para aquecer, responde ela, podes pôr no micro-ondas que eu tomo duche num instante.
Jantaram em silêncio não fosse a televisão em altos berros, aos quais o marido dela parecia responder num tom inflamado e muito interessado, e depois da louça lavada e cozinha arrumada, ela por fim, derreada,  atira-se para o sofá onde se enrosca no marido, como animal de estimação a implorar carinho e atenção e finge que os tem e finge assim que é feliz, enquanto pensa... se ele a tivesse convidado para jantar...

domingo, 3 de junho de 2018

Descida à Terra

Ontem, muito animada, apostava a vida que me ia preparar muitíssimo bem para em Setembro me aproximar do resultado de há 3 anos (1h37m) na Meia Maratona das Lampas e ingenuamente acreditava que era (quase) possível.

Hoje...deixem-me rir! Hei-de ter um resultado próximo sim senhor, se pudermos considerar próximo uma tolerânica para mais, de mais de meia hora! O que dará acima das 2 horas!

Hoje calcei os ténis e fui correr. Queria fazer 14. Fiz 12 Km. Diz o gps que me engana com os dentes todos e se ri de mim descaradamente, inventando quilómetros, normalmente, o que falseia resultados e me ilude nas distâncias e nas médias que faço. 

Chateia-me isto! Deixa-me desorientada, quase perdida, à deriva.

Demasiada agarrada às tecnologias? Quem não está? Longe do tempo em que saía de casa, olhava as horas no relógio da cozinha e voltava a ver quando regressava a casa e me sentia fantástica porque tinha corrido "x" minutos. Distância? Não fazia ideia. Ritmo? Não fazia ideia. Series e afins? Pista de Atletismo quando era possível.

Hoje, queremos saber tudo ao pormenor e eu neste momento corro apenas com o telemóvel e registo os treinos pela aplicação do Strava, mas ultimamente, não dá para confiar de todo! Saudades de ter o meu Garmin no pulso...mas esse...já era! E infelizmente, não é possível adquirir substituto nos tempos mais próximos. Nem nos mais longe...

Hoje, porque conheço relativamente bem o terreno, não deve estar muito longe da realidade o  treino de hoje -  foi isto, registado assim pelo Strava, para ver aqui

Qualquer coisa como 12 Km em 1h12m, média de 5:55/km o que me traz de volta à Terra. Abrupta e violentamente, desço à Terra!

Melhorar sim, muita margem para melhorar, mas sem esquecer o ponto em que me encontro e todas as circunstâncias actuais. 

Um "bom" treino, sem dúvida, mas, pelo forma como me senti, a fazer-me adivinhar o trabalho que tenho pela frente, para "simplesmente" cortar a meta da 42ª Meia Maratona de S.João das Lampas, a 8 de Setembro próximo.

Até amanhã querido diário



sábado, 2 de junho de 2018

Livre ou perdida e desorientada?


Acabada a vaga de provas à borla, que de alguma forma me mantinham alerta e motivada para treinar alguma coisa porque tinha esta ou aquela prova em vista e em breve, agora, sem foco concreto e específico à vista nas próximas páginas do calendário, sem provas a que queira e possa ir em breve, eis que me sinto um pouco livre ou antes, perdida e desorientada, é verdade e eu admito.

E se é verdade que corro para ser feliz, para me sentir bem e melhor no restante do tempo em que não corro e enfrentar a vida de forma mais positiva, saindo sempre de cada treino, psicologicamente fortalecida e revigorada, o que inevitavelmente também se reflecte no corpo, também é igualmente verdade que uma provazita nos dá um foco, uma motivação extra, uma linha condutora que queremos seguir nas semanas (ou meses) que a antecedem.

E eu por agora, só almejo a 42ª Meia Maratona de S.João das Lampas, e depois a Corrida do Tejo (10 km), mas isso é só lá para Setembro, e se o desempenho da 2ª será uma consequência da forma que conseguir atingir na altura da primeira, esta, a Meia Maratona de S.João das Lampas é de facto uma prova onde gostaria de chegar na minha melhor condição possível. E se em 2015, corri os 21,097 Km em 1:37:34, o que me valeu um 2º lugar na Geral Feminina. Sim, é um orgulho esse resultado, fruto de muito e bom treino, do peso "pluma" que tinha na altura, e de um dia feliz, onde tudo correu muito bem, hoje, 3 anos depois, não digo que esse seja um objectivo, até porque as circunstâncias são outras bem distintas, no entanto, qualquer coisa que se lhe aproxime, deixar-me-á muito feliz. Treinar para isso é possível, perder peso é possível, mas não posso esquecer as condicionantes.

Por isso, sem um objectivo de tempo específico, uma coisa é certa: o objectivo "específico" é melhorar até onde conseguir. E em Setembro, veremos o que dá, sendo que e não esquecendo de forma nenhuma, que ter o privilégio de poder correr, de poder correr na 2ª Meia Maratona mais antiga de Portugal, é já por si, uma alegria, de que não me privarei se por ventura chegar à meta com 2 horas e muito.

Por isso, seguem por agora não os habituais relatos de provas, mas o prazeroso
caminho para a 42ª Meia Maratona de S.João das Lampas. 

E hoje, foram 6,2 Km em 38 minutos, numa luta contra o vento e um cansaço inexplicável.

Até amanhã querido diário