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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ainda este ano



ainda este ano eu quero:

Correr uma S.Silvestre. E vai ser a 36ª S.Silvestre da Amadora, mais loguinho quando for escuro e quase noite.

e ainda quero cozinhar, receber, rir, beijar, abraçar, amar, comer, beber, conversar e dessa forma, entre amigos, me despedir de 2010 e acreditar que 2011 vai ser um ANO BOM!
E desejo a todos que por aqui passam:

UM FELIZ ANO NOVO! QUE 2011 VOS PERMITA SER TUDO O QUE DESEJAM. POR MIM, FICO-ME POR QUERER SER FELIZ. MAIS.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

XVII S. Silvestre Cidade do Porto

Decorreu numa noite fria. Fria demais para os preguiçosos mas não para os 2281 que atempadamente se inscreveram, alinharam na Partida dos 10 Km e cortaram a Meta da XVII S. Silvestre Cidade do Porto na noite de 26 Dezembro de 2010 na cidade do Porto.

Com uma Mini/Caminhada com cerca de 4 km, onde alinharam cerca de 3000 entusiastas que correram e/ou caminharam, a XVII S. Silvestre Cidade do Porto levou à rua cerca de 5300 indivíduos para praticar exercício físico, a maioria em prol da saúde e do bem estar.

Inscrições fáceis, de custo acessível, levaram a inscrições esgotadas e a um número de participantes com record atingido, o que inevitável e consequentemente se traduziu em falta de t-shirts e de medalhas para todos, o que prontamente a Organização - Runporto - se comprometeu e enviar dentro de dias a todos os não contemplados.

Um percurso de 2 voltas, bem marcado, com subidas e descidas, com abastecimento de água, levou os atletas a percorrerem ruas iluminadas a assinalarem o Natal, e com bastante público apesar do frio, sem marcação de quilómetros mas em total segurança com o trânsito completamente cortado.

Tempos cronometrados por chip no dorsal, partida a horas, animação na Partida e na Chegada.

Sem atletas estrangeiros convidados, este ano a prova disputou-se competitivamente falando com atletas nacionais, sendo os resultados no sector masculino:

Rui Pedro Silva, do Maratona CP, com 29m17s
2º Tiago Costa, do Sporting de Braga, com 30m05s
3º Rui Silva, do Sporting CP, com 30m10s


No sector feminino:

Fernanda Ribeiro, Indivudual, com 34m58s
2º Cláudia Ferreira, do Sporting de Braga, com 35m22s
3º Ercília Machado , do Sporting
de Braga, com 35m27s

Apesar do elevado número de participantes, todos puderam cortar a meta a correr e o saco com os prémios de presença foram entregues rapidamente.

É uma S.Silvestre bonita e com muita animação, proporcionada quer pela organização quer pelo público.

A par de anos anteriores, gostei e recomendo.

Por tudo isto, está a Runporto de Parabéns.


Fotos propriedade da organização Runporto



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A Minha S.Silvestre Cidade do Porto

26 de Dezembro de 2010
É de noite e está frio. Está muito frio, e mesmo considerando que o frio é subjectivo e relativo, não deixo de sentir e de dizer que está muito frio. Mas fiz 300 km par vir correr nesta cidade e quero de novo palmilhá-la sob as iluminações de Natal rodeada de companheiros que como eu, suam em esforço apesar do frio. E eu lá estive.

Corri. Não propriamente cansada mas com dificuldades respiratórias devidas ao frio, penso eu.

Demorei 1h01m19s para correr os 10 km, e pessoalmente a maior dificuldade encontrada e do que não gostei foi o frio. Nada que me faça recuar, portanto.

Correr revigora-me. Faz-me bem. Faz-me sentir bem. Mesmo com esforço e em esforço, compensa. Compensa sempre. Por isso continuo.

Até amanhã ou depois querido diário, e já 6ª feira há outra S.Silvestre... a da Amadora, e eu conto lá estar.

sábado, 25 de dezembro de 2010

A Menina dos Fósforos e o Dia de Natal

É dia de Natal. Chove e está frio. Ainda assim, ela equipa-se e sai para a rua. Vai correr. O vento que a fustiga no rosto é gelado e as gotas de chuva parecem farpas a penetrarem na única parte do corpo exposto. "Mal habituada é o que tu estás" - pensa ela e com razão, recordando-se do seus amigos Xavier e Amélia a treinar lá na gélida Holanda, no meio da neve. Correu 8 Km em 48:32, média de 6:02. Chegou a casa, despiu as roupas encharcadas de suor e chuva, tomou um banho quente e ficou pronta, completa e plena para continuar a viver o Natal, junto da família, que não é mais que aqueles que nos alegram o coração e nos fazem sorrir. Porque o Amor, está sempre presente e nós sem ele não somos nada.

E amanhã, consta que estará na Invicta, para à noite correr a
S.Silvestre do Porto

E porque hoje é dia de Natal, e porque é uma história bonita que nos leva para além do peru recheado e das rabanadas e dos telemóveis e dos jogos electrónicos oferecidos e recebidos, trago aqui...


de Hans Christian Andersen

"Estava tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no meio do frio intenso e da escuridão, uma pobre rapariguinha seguia pela rua fora, com a cabeça descoberta e os pés descalços. É certo que ao sair de casa trazia um par de chinelos, mas não duraram muito tempo, porque eram uns chinelos que já tinham pertencido à mãe, e ficavam-lhe tão grandes, que a menina os perdeu quando teve de atravessar a rua a correr para fugir de um trem. Um dos chinelos desapareceu no meio da neve, e o outro foi apanhado por um garoto que o levou, pensando fazer dele um berço para a irmã mais nova brincar.

Por isso, a rapariguinha seguia com os pés descalços e já roxos de frio; levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles a toda a gente que passava, apregoando: — Quem compra fósforos bons e baratos? — Mas o dia tinha-lhe corrido mal. Ninguém comprara os fósforos, e, portanto, ela ainda não conseguira ganhar um tostão. Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Pobre rapariguinha! Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros, que se encaracolavam graciosamente em volta do pescoço magrinho; mas ela nem pensava nos seus cabelos encaracolados. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo. Nisso, sim, é que ela pensava.

Sentou-se no chão e encolheu-se no canto de um portal. Sentia cada vez mais frio, mas não tinha coragem de voltar para casa, porque não vendera um único maço de fósforos, e não podia apresentar nem uma moeda, e o pai era capaz de lhe bater. E afinal, em casa também não havia calor. A família morava numa água-furtada, e o vento metia-se pelos buracos das telhas, apesar de terem tapado com farrapos e palha as fendas maiores. Tinha as mãos quase paralisadas com o frio. Ah, como o calorzinho de um fósforo aceso lhe faria bem! Se ela tirasse um, um só, do maço, e o acendesse na parede para aquecer os dedos! Pegou num fósforo e: Fcht!, a chama espirrou e o fósforo começou a arder! Parecia a chama quente e viva de uma candeia, quando a menina a tapou com a mão. Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros rendilhados, com um guarda-fogo de cobre reluzente. O lume ardia com uma chama tão intensa, e dava um calor tão bom! Mas, o que se passava? A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Riscou outro fósforo, que se acendeu e brilhou, e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente como tule. E a rapariguinha viu o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, resplandecente de loiças finas, e mesmo no meio da mesa havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, que fumegava, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, que surpresa e que alegria! De repente, o ganso saltou da travessa e rolou para o chão, com o garfo e a faca espetados nas costas, até junto da rapariguinha. O fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria.

E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Era ainda maior e mais rica do que outra que tinha visto no último Natal, através da porta envidraçada, em casa de um rico comerciante. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes, e figuras de todas as cores, como as que enfeitam as montras das lojas, pareciam sorrir para ela. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu. Uma estrela maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz.

«Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a avó, a única pessoa que tinha sido boa para ela, mas que já não era viva, dizia-lhe muita vez: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»

Esfregou ainda mais outro fósforo na parede: fez-se uma grande luz, e no meio apareceu a avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!

— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.

Riscou imediatamente o punhado de fósforos que restava daquele maço, porque queria que a avó continuasse junto dela, e os fósforos espalharam em redor uma luz tão brilhante como se fosse dia. Nunca a avó lhe parecera tão alta nem tão bonita. Tomou a neta nos braços e, soltando os pés da terra, no meio daquele resplendor, voaram ambas tão alto, tão alto, que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus.

Mas ali, naquele canto, junto do portal, quando rompeu a manhã gelada, estava caída uma rapariguinha, com as faces roxas, um sorriso nos lábios… morta de frio, na última noite do ano. O dia de Ano Novo nasceu, indiferente ao pequenino cadáver, que ainda tinha no regaço um punhado de fósforos. — Coitadinha, parece que tentou aquecer-se! — exclamou alguém. Mas nunca ninguém soube quantas coisas lindas a menina viu à luz dos fósforos, nem o brilho com que entrou, na companhia da avó, no Ano Novo."

Hans Christian Andersen

Os melhores contos de Andersen

Editora Verbo / adaptação









sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal e...

e... vamos atravessar a época tentando não engordar, pelo menos tentar não engordar, já que a postura permanente e actual é emagrecer!

Intenções... boas intenções todos temos. Aliás, delas está o Inferno cheio, dizem... mas esse não mora aqui.

Pois intenção é não me armar em super mulher não comendo nada para além do bacalhau cozido e das couves, mas sim, como humana que sou, e ainda por cima um bom garfo, eu não vou deixar de comer as Fatias Douradas, o Bolo Rainha (que prefiro ao Rei), a Lampreia de Ovos, os frutos secos, e uma ou outra iguaria que por aqui apareça. A ideia é comer UM POUCO de tudo o que aprecio especialmente e que só comemos nesta época. Viver o Natal, e a comida faz parte dele. Confeccionar, partilhar e apreciar! Não faltará também um bom vinho, que não dispenso nestas ocasiões.

Outra intenção é mexer-me! Exercício físico! Mas isto está difícil. Ele é o frio, ele é a chuva, ele são os dias pequenos, ele é o tempo que preciso para preparar o Natal e receber os que amo, ele é isto, ele é aquilo! Preguiça é o que é. E essa contraria-se! Luta-se contra ela e vence-se! Mas nem sempre. E ainda não foi hoje.

UM FELIZ NATAL PARA TODOS COM MUITA SAÚDE, PAZ, AMOR E ALEGRIA

domingo, 19 de dezembro de 2010

Arruda com vida - 8ª S.Silvestre Arruda dos Vinhos


8ª S.Silvestre Arruda dos Vinhos

Ao fim da tarde do dia 18 de Dezembro de 2010, já no centro da Arruda se viam sinais do que se ia passar, fruto de toda uma engrenagem posta a laborar invisivelmente há algum tempo atrás: a 8ª S.Silvestre de Arruda dos Vinhos. Arruda convidou e 389 atletas, incluindo escalões jovens e que tiveram as suas provas a partir das 18:30hrs, correram e chegaram à meta, sendo 240 o seu número na Prova Aberta.

Com um secretariado simples mas eficiente, instalado bem junto à Partida e Chegada, assinaladas por um pórtico insuflável, a prova foi organizada pela Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e CRD Arrudense, e contou com vários apoios de onde se destacam a Arruda TV, a Remax Advantage (Arruda) e o Good Grill (Arruda). Teve inscrições gratuitas para as provas dos mais jovens, e valor acessível para a Prova Aberta (EUR 3,00).

Ofereceu um percurso urbano, de 3 voltas na Prova Aberta, o que não é especialmente apreciado quer pelos atletas que lutam pelas primeiras posições e se vêm obrigados a dar uma volta de avanço aos últimos, muitas vezes tendo de pedir licença para passar, quer para estes últimos que são passados pelos primeiros e se vêem a estorvar sem culpa ou necessidade nenhuma. Uma volta maior e evitar-se-ia esta situação. O percurso estava muito bem assinalado, com trânsito cortado, mesmo numa das partes quando apenas foi deixada uma faixa para os atletas e outra para o trânsito, a segurança manteve-se inalterável.

Abastecimentos suficientes quer no decorrer da prova quer no final.

Pecou a prova por anunciar uma distância de 8 Km, quando no terreno não terá muito mais de 7 Km. Pecou também pelo deficiente escoamento no funil da meta, o que impediu uma boa parte dos atletas de acabar a prova bastante antes da linha da Meta. Impedidos de cortar a meta a correr, formou-se uma fila a lembrar os velhos métodos de registo dos atletas chegados à meta. E pecou ainda pelo facto dos prémios de presença não serem iguais para todos. Houve sacos com água, maçã, t-shirt, garrafa de vinho da região e baralho de cartas em miniatura. Houve sacos sem o vinho e sem a t-shirt e com um par de meias. Pequenos pormenores que bem poderiam ter sido evitados.

Provavelmente a justificar isto temos o facto de ser possível efectuar com toda a facilidade inscrições de última hora, ao mesmo custo, minutos antes da prova, o que aparentemente se mostra muito agradável e positivo, desde que não tivesse consequências.

Havia ainda caldo verde quente para todos, e esse foi mesmo para todos, o que foi muito apreciado tendo em conta que é uma prova à noite, corrida à hora de jantar, e em que estará sempre frio.

Houve ainda prémios por classificação, troféus e medalhas, quer individualmente e por escalão quer por equipas.

Balneários disponibilizados com banho quente e um acolhimento geral muito simpático por todos os envolvidos.

Desta forma, a prova, se tem reparos a corrigir numa próxima edição, não deixa de ser uma prova muito agradável, numa terra muito bonita, e o reparos são dos que se resolvem e em nada comprometem a segurança e a saúde do atleta, que esses sim, poderão ter consequências irreparáveis. Saliento as provas jovens, onde mais de 100 miúdos praticaram a Corrida, numa noite mais favorável a estar em casa a ver televisão. Só por esse facto, de ter posto na rua a correr precisamente 149 miúdos, fruto de um trabalho diário, já seria de louvar o trabalho efectuado e o resultado conseguido pela organização. Para além disso proporcionou ainda a 240 adultos o prazer de correr uma S.Silvestre, que se poderia ter sido melhor, já foi muito boa.
Os meus parabéns a toda a organização e a continuação do bom trabalho que já fizeram.

Em termos competitivos, e no sector masculino tivemos:

1º Miguel Santos, do CRD Arrudense, com 22m23s
2º Joel Martins, do CUA Benavntense com 22m31s
3º Artur Santiago, do CDR Arrudense com 22m45s

Em Femininos, foram as seguintes as vencedoras:

1º Celina Rodrigues, do CRD Arrudense, com 29m17s
2º Catarina Carola, do CRD Arrudense, com 30m24s
3º Marta Fonseca, Individual, com 31m26s

Ana Pereira
Dezembro de 2010

Aqui as Classificações da 8ª S.Silvestre de Arruda dos Vinhos

fotos da 8ª S.Silvestre Arruda na galeria de fotos da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras, na sua habitual e magnífica Reportagem Fotográfica, por José Gaspar e Carlos Viana Rodrigues

sábado, 18 de dezembro de 2010

e já se correu hoje...

E já se correu hoje a 8ª S.Silvestre de Arruda dos Vinhos

E eu corri também. 7,070 Km em 40m02s, fazendo uma média de 5:40 /Km, o que não traduz de todo o que aconteceu, porque o que aconteceu é que comecei depressa demais (para o que podia) e o que aconteceu, o que foi, adivinhem lá. Estoirei completamente. É bom ser assim recordada do que é um valente estouro! Já nem me lembrava. Isto quanto mais os anos passam, menos juízo pareço ter. Sabia bem que não poderia manter o ritmo de 5:07 em que fiz o 1º Km durante 8 Km num percurso bastante sinuoso de 3 voltas. E o que me valeu é que foram só 7 Km, senão ainda seria pior.

Valeu a amizade, ali ao meu lado a correr comigo e todos os que encontrei inesperadamente antes, durante e depois da prova. E valeu o meu pai, sempre presente. Ali. Sabê-lo ali dá-me verdadeiramente alento.

Foi-me uma prova muito feliz, apesar do desastroso desempenho. Mas afinal o que vale mais? É ser feliz pois claro. E eu fui. Muito.

Amanhã volto com mais palavras sobre a prova.

Já disponíveis fotos da 8ª S.Silvestre Arruda na galeria de fotos da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras, na sua habitual e magnífica Reportagem Fotográfica, por José Gaspar e Carlos Viana Rodrigues

Até amanhã querido diário

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

6ª feira e...

...e está aí (quase) o Natal, o frio, as comidas quentes e reconfortantes, o reencontro das famílias, as compras de última hora, a azáfama para ter tudo pronto e temos também, meus amigos, o quê, o que é que temos?

as São Silvestres! E eu tenho uma já amanhã: a 8ª S.Silvestre da Arruda dos Vinhos

Esta semana não fiz (de treinos ou outro exercício físico) a ponta de um... dito, mas ainda assim, e também constipada, quem me conhece, sabe que nada disso me impede minimamente de ir correr à Arruda, terra da famosa Bruxa, a da Arruda, que não é mais que várias gerações de uma família de mulheres que exerciam "misteriosamente" os seus poderes com base nos conhecimentos de uma "medicina popular" e que perduram até hoje por todo o lado.

Terra também de um bom bacalhau assado no carvão e de costeletas de novilho acompanhados com bom vinho.

Terra de gente boa, do sossego do campo a poucos quilómetros de Lisboa.

Realiza-se amanhã à noite a 8ª S.Silvestre e eu vou lá voltar para a correr!

Em relação ao Desafio e à tarefa para esta semana, tenham lá paciência, absolutamente consciente dos poderes da reflexão e meditação, meus amigos, uma coisa é ter uma aula orientada com as devidas correcções e orientações, outra é estar a olhar para um video e fazer macacadas sem o mínimo conhecimento, como seria o meu caso. Assim, fico-me pelos alongamentos que faço sempre depois de uma boa e enérgica sessão de exercício físico, como por exemplo a Corrida, que me faça suar por todos os poros. E Meditação, faço-a muitas vezes. Enquanto corro, e muitas vezes em situações que à primeira vista poderiam parecer pouco adequadas à coisa, como por exemplo... sentada na sanita. Concentrada no objectivo, é isso que é importante? Eu estou! Tenho é talvez outros meios para o alcançar. O equilíbrio, e o objectivo, claro. Por falar nisso... amanhã é dia de me pesar... e aí veremos se parte do objectivo está mais perto... E ela, a minha consciência estará lá, a olhar para mim.
Beijinhos e até amanhã ou depois com notícias da Arruda. Entretanto, um bom fim de semana para todos

domingo, 12 de dezembro de 2010

fim de semana, espírito natalício e...

... e para responder à tarefa do Desafio, venho declarar que alimentos que não podem faltar na minha alimentação diária são a fruta, o pão, os legumes, o leite e o café com leite, o peixe, o azeite, e... depois há outros que consumo com muita frequência mas não diariamente pois vou variando, como massa, batata, arroz, iogurtes, leguminosas, queijo fresco e requeijão, frutos secos, só para enumerar os preferidos e mais usados.

Água é imprescindível, logo seguida do chá, e também café. Todos os dias!

No fundo procuro assentar na roda dos alimentos. Confesso que fujo da carne e abuso no peixe. Evito aquilo que todos sabemos que devemos moderar o seu consumo, como fritos, bolachas, folhados, embora confesse, nas horas de suicídio dissimulado (compulsão alimentar), ingiro isso tudo junto e muito mais.

Em ocasiões que faço especiais não prescindo de um bom vinho tinto, no Verão cerveja, e em épocas especiais como o são o Natal, não prescindo dos coscorões, da lampreia de ovos e do bolo Rainha, das fatias douradas, etc...

Enfim, sou uma rapariga que se trata "bem", pelo menos às vezes, mas quero ver se passa a sempre.

A fruta:

A fruta e o vinho:
E os coscurões:

E treinos não houve, raios partam a mulher! Quando há prova, arranja tempo e vontade, quando não há... é o que se vê! Mas houve compras, compras e comprinhas, e o espírito de Natal já está instalado, mas...MAS... calma! Num dia em que a nossa Jéssica Augusta se sagra campeã europeia de corta mato, não me esqueci que tenho de continuar a correr! E se não foi hoje, será ...
Até amanhã querido diário, e boa semana para todos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

e ainda a 53ª Volta a Paranhos


O que é preciso para uma lisboeta de gema, que se queria fresca como uma alface (não fosse ela alfacinha) sair da cama às 5 da manhã , equipar-se com um equipamento bizarro que a fazia parecer um chouriço apertado e só se aperceber disso quando já está no Porto, a 300 e tal quilómetros de casa e à luz do dia, no meio de mais um milhar de atletas na Partida da 53ª Volta a Paranhos, e ir correr 10 Km?

Eu conto-vos o que é preciso.

É preciso ter uma relação muito especial com a Corrida, daquelas em que o coração manda mais que a cabeça, como especiais são todas as relações entre todos os seres. É preciso ela não ter ainda feito vez nenhuma na vida, a Volta a Paranhos, a Corrida mais antiga de Portugal ainda viva e a mexer, tanto quanto é do conhecimento dela. É preciso querer. E crer. E ter algum gasóleo no carro, suficiente para ir e voltar.

Estavam reunidas as condições. E ela foi.

Encontrou um Porto a acordar. Ruas limpas, lavadas da chuva e frescas mas pouco frias ao contrário do que esperava. Junto ao antigo estádio Vidal Pinheiro em Paranhos, estavam já preparadas a Partida e a Meta. A Organização, o Sport Comércio e Salgueiros, mais conhecido por SALGUEIROS, que em 1956 fez nascer esta Corrida e a tem mantido viva até aos dias de hoje em que se afirma como prova internacional, tinha aí instalado o secretariado, onde se entregavam os dorsais. Um pórtico insuflável e gradeamento a delinear a zona. Um palco onde se viriam a entregar os prémios por classificação nesta prova integrada nas comemorações do 99º aniversário do S.C.Salgueiros.

Ela teve tempo para tomar café descontraidamente, colocar o chip que controlava o percurso, e o dorsal e aquecer alguma coisa. Encontro com amigos do Norte, conversa a correr, e depressa está no fim do pelotão que se prepara para partir. Partida dada pontualmente e eis as ruas do Porto para palmilhar nesta manhã magnífica. Percurso bem definido e assinalado, com trânsito totalmente cortado, quilómetros bem assinalados, desde que os atletas respeitassem seguir a estrada e não os larguíssimos passeios que lhes deveriam de estar inacessíveis, e pelos quais muitos optaram para poupar uns valentes metros (na zona do km 9). Abastecimentos de água, suficientes e eficazes. Bom policiamento e acompanhamento da prova.

Há público nas ruas. A fazer lembrar a já próxima S.Silvestre do Porto. Animação.

A prova não é propriamente plana. Há uns desníveis com algum significado, que ela ultrapassou bem.

Aproxima-se já da meta. De novo muita animação apesar da chuva miúda mas constante que se instalara pouco depois da partida. É fotografada, mimada e animada. Depois de passar pelo tapete que lhe havia de "ler" o tempo que fez pelo chip, é encaminhada para um amplo espaço, onde pode retirar o chip e na sua entrega receber o saco com os prémios de presença: água, garrafa de vinho de mesa branco, bolachas, t-shirt e medalhão alusivo à prova. Há ainda bebidas isotónicas a copo. Nesta fase, formou-se alguma fila mas nada de especial.

Pensa-se que os 1229 atletas chegados à meta tenham saído dali satisfeitos e contentes com a prova. Ela saiu. Muito. Gostou mesmo muito. Se pensa lá voltar? Certamente que sim, e pensa fazê-lo já no dia 8 de Dezembro de 2011, altura em que a Organização celebrará 100 anos.

A prova está bem organizada, é bonita e está carregada de um misticismo que se sente em cada lufada de ar que se inspira e em cada passo que se dá ao longo dos 10 Km.

A Organização disponibilizou ainda no seu site as classificações e centenas de fotos poucas horas depois de terminada a prova.

Por tudo isto, está a Organização merecedora dos meus mais sinceros Parabéns!



Em termos competitivos, a prova teve os seguintes resultados, no sector masculino e feminino respectivamente:

1º Bruno Jesus - Portugal - 00:30:16
2º Daniel Pinheiro - Portugal - 00:30:27
3º Anthony Maritim - Quénia- 00:30:45

1ª Fernanda Ribeiro - Portugal - 00:34:11
2ª Doroteia Peixoto - Portugal - 00:34:39
3ª Mónica Silva - Portugal - 00:34:54

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

53ª Volta a Paranhos - a prova em breves minutos

E hoje se correu a 53ª Volta a Paranhos. E eu, conforme anunciado, lá estive. Feliz e contente. Obrigada Fernando, Meixedo e GM que me desejaram boa prova e boa viagem (no meu texto de ontem) e eu assim tive: uma "boa" prova e uma boa viagem! Obrigada.


Antes da prova:

O pódio montado a aguardar ainda que a corrida decorresse e esperando os vencedores:

Com o meu pai, António Melro, que me acompanha para quase todo o lado, com muito gosto, meu e dele. Assim foi hoje e assim será:
Com a campeã de sempre, a "nossa" Rosa Mota, que muitas alegrias deu ao nosso Portugal, e que continua "a correr" e a muito fazer pela Corrida:
Já depois de correr praticamente 10 Km, a poucos metros da meta, feliz e contente, eu a chegar:
Depois de meta cortada, na fila a aguardar a entrega de chip e levantamento de prémios de presença:Prémios recebidos e exibidos. Água numa mão e ... Vinho Branco na outra. Não foi difícil optar:

O medalhão da prova:
Prémios: garrafa de Vinho Branco, t-shirt, medalhão e bolachas (ups... não constam da foto as bolachas, porque... foram comidas):

Classificações da 53ª Volta a Paranhos e fotos a partir do site do Salgueiros

Cerca de 160 Fotos tiradas por António Melro, meu pai, com a qualidade possível tendo em conta a chuva constante apesar de miudinha, no meu Album de Fotos do Picasa, já disponíveis

Eu e a minha prova: feliz e contente, 10 Km em 55m47s média de 5:35 / km

Outras palavras (mais demoradas, de escrever e de ler) ficam para mais tarde, noite dentro ou amanhã, aqui mesmo, neste lugar de mim para todos que o visitam e apreciam

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

53ª Volta a Paranhos



é amanhã a 53ª Volta a Paranhos

e eu vou lá estar! Nesta prova que se realiza pela 53ª vez! 10 Km para correr e mais de 700 para andar de carro. O que vale é que gosto quase tanto de conduzir quanto de correr.

Bom feriado para todos que aqui passaram e

até amanhã querido diário

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fim de fim de semana

Não fui a nenhuma Corrida este fim de semana. Nem por isso deixei de correr.
Em época já de Natal, casa enfeitada a proporcionar um ambiente quente e acolhedor, e nesta manhã de domingo, amena - a temperatura subiu substancialmente porque choveu e continua a chover e o vento é constante com rajadas fortes acompanhadas de chuva forte.

Ainda assim, eles saem da cama quente e macia e separam os corpos para se unirem agora na Corrida. Partilhar a Corrida como quem partilha um prato de comida, ou segredos e intimidades, é um acréscimo nas relações. Quer elas sejam de amizade ou outras tão ou mais profundas. E o ser humano não vive sem elas e com elas é muito mais rico.

Com partida junto à velha e desactivada Fábrica de Descasque de Arroz - Francisco Rodrigues Maneira, em Alhandra, fundada em 1932

o treino iniciou-se em direcção a Vila Franca de Xira, pela zona ribeirinha de Alhandra, agora arranjada, mesmo ali ao lado do Tejo, numa "pista" disponível para correr, caminhar e andar de
bicicleta.
Até ao seu final são quase 3 Km, mas eles continuam sempre junto ao rio, passam o Jardim de Vila Franca de Xira e retornam pelo mesmo caminho. Agora o vento forte faz-se sentir: contra!

Custa-me a respirar, e o esforço que não senti antes, parece agora demasiado. Talvez seja do vento. Talvez seja por ter ido correr à hora de almoço em vez de almoçar. Talvez seja porque estou pesada e em muito má forma. Talvez seja porque isto ou talvez seja porque aquilo. Entretanto já tinha recomeçado a chover.

Paro o cronómetro aos

7 km quando este marcava 42m56s numa média de 6:08 / Km.

Melhor que nada sem dúvida. Restou-me o resto de domingo para ficar em casa aconchegada a ouvir a chuva lá fora.

Foi um bom fim de semana

Até amanhã querido diário e Uma boa semana para todos

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Futuro e Presente

- Não temos futuro - disse-lhe ela num tom dramático e irremediável, enquanto retirava as suas mãos frias de entre as dele que quentes, tentavam aquecer as dela. Disse-lhe aquilo como se lesse uma sentença. A sentença deles, que lhes estava destinada, calhada em sorte e de todo incontornável.

- Futuro? - interroga ele, à espera de palavras que lhe ocorressem por magia capazes de contrapor o dramatismo e fatalidade das dela.

Passaram minutos e ele não as encontrou. Ficou calado. E ela, mesmo sabendo que o futuro não passa de uma bolha de sabão soprada de dentro de nós, carregada de sonhos e esperança, tão ilusório e frágil quanto isso, mesmo assim sabendo, acabou com ele, tão fácil e previsivelmente, como é o futuro das bolhas de sabão.
E no presente, porque nesse é que se vive, ela calçou os ténis era noite escura e o dia ainda demoraria a nascer, e saiu para a rua para correr. Este era o futuro de ontem, pensava enquanto corria. Este era o futuro feito presente hoje, e ela correu:

6,2 Km em 37m25s numa média 6:02/Km

E porque é presente hoje ainda, nem ela acabou com ele, nem as bolhas de sabão rebentaram ou desapareceram no ar. É o presente. Presente de cada dia.

Até amanhã querido diário e um bom fim de semana para todos que aqui chegaram

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Desafio e Treinos

Acho que só o facto de estarmos vivos, nos coloca num constante e permanente desafio. Mas há quem esteja mais vivo que outros. Há os que adormecem e deixam-se ser conduzidos e há os que agarram as rédeas do cavalo das suas vidas e desafiam as circunstâncias e a própria vida. E há os que (são a maioria por certo) que em períodos da vida fazem parte de um grupo e noutros períodos fazem parte do outro grupo (mesmo que digam que não, não senhor...)

Eu, como provavelmente a maioria, faço parte deste último grupo, que oscila de posição. E só porque assim quero, estou (outra vez, sem vergonha nenhuma) a embarcar num desafio para perder peso. Quer dizer, o desafio está todinho nas minhas mãos, 99,99999% depende de... mim mesma!

É que isto dos Desafios, é como os Ginásios e as aulas de de Natação e outras actividades físicas: não basta inscrever-nos! É que por incrível que pareça, para além de nos inscrevermos, temos ainda de... imaginem... de ...AGIR! Ir às aulas, mexer-nos, ter cuidados alimentares! Parece óbvio não parece? Então porque para tanta gente e tanta vez, esta conclusão tão óbvia parece esquecida ou ignorada?

Este Desafio não é mais que uma motivação externa. Porque a fundamental e essencial, essa Motivação tem sempre de estar em nós. Bem interiorizada!

De qualquer forma, eu alinhei e passo a cumprir a Tarefa para a 1ª semana:

Reflectir e consciencializar-me das verdadeiras razões para ter alcançado estes magníficos
70,1 Kg que me acompanham neste momento. "Só percebendo bem a razão que nos leva a um determinado sítio, é que podemos alterar o nosso caminho." Tenho 8 perguntas a buscar resposta dentro de mim, e eu, trago-as à luz:


1.
Que sentimentos estão presentes quando comes demais?

Desistência, Raiva, Culpa, Nojo, Impotência, Penitência, Flagelação - resumindo: comer demais é para mim um verdadeiro acto de auto-destruição, suicídio dissimulado.


2. Em que pensas quando comes demais?

Que estou a desistir. De tudo. Literalmente de tudo, a começar por mim. Penso que não valho nada e que nada consigo. Nada.


3. O que sentes em relação ao teu corpo?

Depende da minha cabeça. Se estou bem, a cuidar de mim, gosto dele. Aceito-o e trato-o bem. É fonte de alegria e prazer, permite-me interagir com o meio e com os outros. Gosto dele e estimo-o. Se estou numa fase de desistência e auto-destruição: odeio-o, é escandalosamente feio e grotesco.


4. Por que queres mudar a forma do teu corpo?

Apenas e só para me sentir bem.


5.
O que achas que os outros pensam do teu corpo?

Um monte de carne e banha, embora haja quem goste: carne, carne, carne... tipo vaca ou porca, produto a consumir no churrasco. Mas a ser mesmo verdadeira comigo, passa-me ao lado essas e outras considerações: haverá sempre quem goste e quem abomine. Jamais poderemos sequer aspirar agradar a todos. O que de facto me interessa mesmo é agradar a mim mesma, e o mais longe que vou em termos de ter em consideração e me interessar a opinião, é até ao meu namorado. Porque me interessa também a sua opinião para tudo o resto, o corpo é apenas um detalhe. O resto do mundo em relação ao meu corpo e ao que pensam dele, é paisagem, absolutamente paisagem.


6.
Incomoda-te a proximidade física, por não estares satisfeita com o teu corpo?

Sim, muitas vezes sim. Não pelo corpo em si, mas pela forma como me sinto com ele. Tenho plena consciência que o problema não é o Corpo ou o Peso, é sim a forma como eu me sinto em relação a isso, e isso não é de todo menos grave, diria até que é mais grave.


7. Sentes que serás mais feliz se fores mais magra?

É óbvio que não! A Felicidade não está aí, garanto-vos, e eu até já pesei 48 quilos em adulta, sei do que falo. Mas quando se tem 70,1 Kg, sei também que me sinto bem melhor com menos peso! E quando digo sentir melhor, refiro-me tanto à parte física como à mental.

8. Acreditas que apenas terás que mudar hábitos para mudares de corpo?


Sem dúvida que tenho de mudar de hábitos. Hábitos de alimentação, de actividade física, e de Mentalidade. Tenho de mudar a forma de encarar a comida, e não responder com ela a problemas emocionais: stress, dúvidas, medos.... tanta emoção que é afundada e enterrada em comida. Está errado. A comida é fonte de prazer para além de nos permitir subsistir e ter saúde. Não pode (não deve!) ser usada como um escape a problemas, como se fosse uma droga, um calmante, uma overdose de heroína. São fundamentalmente esses hábitos - de usar a comida como escape - que eu tenho de mudar. Tudo o resto é fácil.


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E as perguntas da Tarefa do Desafio estão respondidas! E agora? Continuo aqui sentada a tentar emagrecer escrevendo e lendo teorias muito bonitas, garantindo-vos que estou muito determinada e que vou mesmo emagrecer? NÃO!!

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Ténis calçados, cronómetro colocado no pulso e banda no peito (para registar batimentos cardíacos), roupa confortável e clara, colete reflector (é assim que me visto quando vou correr para a beira da estrada), e saio para a rua.

Corri 9 Km em 53m28s numa média de 5'56" / km

Senti-me fisicamente cansada e pesada, o que está perfeitamente dentro do expectável, e leve e confortável a nível mental.

Quero voltar a fazer dos Treinos de Corrida, e da prática de exercício físico, um hábito. Daqueles bons que se têm e não se devem perder em prol da preguiça e de desculpas esfarrapadas como a casa para limpar e a roupa para passar, ou ainda de um cansaço que é sempre muito mais devastador quando não nos exercitamos. O exercício queima calorias e dá energia! Vou aproveitar estes 2 meses do Desafio para entrar nos eixos. O que não deixa de ser engraçado, com o Natal e o Ano Novo, esta brincadeira é mesmo um desafio, passar por todas as iguarias oferecidas nesta época e manter a postura e emagrecer. Não vou deixar de comer, mas o Exercício, esse vai ser meu companheiro e vigilante, palavra de escuteiro.

Até amanhã querido diário

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

V Grande Prémio da Arrábida

Organizado pela Associação de Atletismo Lebres do Sado, decorreu ontem dia 28 de Novembro de 2010, o V Grande Prémio da Arrábida.

Com organização técnica a cargo do Atletas Digital , a prova atingiu o número limite de inscrições (500), para ter chegados à meta no domingo de manhã 486 atletas na prova principal.

Em simultâneo decorreu ainda uma prova aberta, na distância de 7 Km sensivelmente.

Num misto de asfalto e terra batida, a prova sai de Setúbal e leva os atletas a Palmela , através de caminhos rurais, e da já conhecida e inesquecível de todos que lá vão, a Subida da Cobra. Elevados a Palmela, os atletas encontram aí uma meta volante, a partir da qual se inicia o regresso a Setúbal, enveredando os atletas pela não menos famosa Descida da Lagartixa, já em terra batida com areia solta, propícia a escorregadelas aos mais incautos. Finda a extenuante descida pela contenção do passo, os atletas são premiados com um abastecimento de Moscatel da região, que podem fazer acompanhar com biscoitos de canela também oferecidos. Uma graça a meio de uma prova, que mesmo não sendo o mais apropriado para abastecer, é certamente uma imagem a reter, o serviço por "empregado de mesa" trajado a rigor, e a oferta de tal produto da região fazem já parte da imagem de marca desta prova.

À parte esta brincadeira, a prova teve dois abastecimentos de água e esta também não faltou na chegada, onde um saco com duas t-shirts, bolo de frutas regional e garrafa de Moscatel esperavam todos os atletas.

O controlo era feito por chip, o percurso esteve bem assinalado, apenas houve umas gafes na marcação dos quilómetros, a chegada foi animada, assim como a partida, e o atleta de pelotão volta de lá satisfeito, tendo as classificações sido disponibilizadas rapidamente.

A nível competitivo e no sector feminino, a vitória foi alcançada por Cátia Serôdio (CCD Alvitejo) com 59.38, seguida de Carmen Pires (Asas do Milenium) com 1:00.02, sendo o 3º lugar do pódio de Patrícia Rosado (Vitória FC) com 1:00.10.

No sector masculino, foi Rui Baltazar (ACLIS Liberty Seguros) o vencedor, com 50.30, seguido de João Ginja (GD Macedo Oculista) com 50.38 e Rui Infante (Praças da Armada) com 50.50.

Troféus como prémio por classificação para os cinco primeiros atletas de cada escalão.

Tem esta prova ainda a particularidade de "obrigar" os atletas a correr em pelotão até ao Km 2, sendo imposto um ritmo que não é permitido ultrapassar, e só a partir daí é então dada a cada, a possibilidade de correr ao seu ritmo.

O Grande Prémio da Arrábida é uma prova muito castiça, que agrada sobremaneira ao atleta de pelotão que responde a cada edição.

Alguma demora na entrega dos dorsais leva a se repensar a forma de entrega dos mesmos, o que provocou nesta edição algum atraso na hora de partida.

Por tudo isto, é o Grande Prémio da Arrábida prova que está bem e se recomenda. Eu recomendo!

Ana Pereira



Classificações no Atleta Digital





Após a Subida da Cobra e da Descida da Lagartixa, dois terços da prova estavam feitos e há a...

... A Prova de Moscatel acompanhado de biscoitos de canela... (sim, sim, à laia de abastecimento a meio da prova! Uma tradição a manter!):
Fotos retiradas dos Albuns disponibilizados no site das Lebres do Sado


A minha corrida dentro da Corrida:

Desta vez não houve dúvidas. Ia e ia mesmo. À prova. Ao Grande Prémio da Arrábida. Desde a sua I edição, em 2006, na qual tive o prazer de participar , que tive a certeza que esta é prova que sempre que possa, lá estarei. E se nem todos os anos o consegui, neste ano, voltei a marcar presença.

Corri entre amigos, e a eles devo o facto de ter conseguido manter quer o ânimo quer o passo: obrigada António Pereira e obrigado António Pinho. A lembrar corridas passadas e a imaginar futuras. A viver e a correr esta corrida, a aquecer no jardim relvado, a dar um beijo ao pai antes da partida. A desejar boa prova aos que estão connosco, a ligar o cronómetro e passar para a outra dimensão, aquela onde me encontro, devagar, como corro, em cada passo, em direcção a mim mesma e aos que amo.

Assim a torrente de atletas serpenteou pela estrada dirigindo-se a Palmela. Envereda por um caminho de terra, cheira a gado e a estrume. Há poças de água e lama. Bolotas caídas no caminho que pisamos. Está frio mas o sol dá à paisagem um brilho inigualável e há uma serenidade envolta em mim. Corro. Outra vez corro. Haverá liberdade maior?

Sinto as pernas cansadas e imensamente pesadas. E quando alcançamos o início da subida de terra batida, denominada de Subida da Cobra, já a serpente de atletas se dispersou e eu não sou mais que um ponto laranja na sua cauda, prestes a desprender-se, a fraquejar, a arfar e a não conseguir respirar. Caminho. Entretanto os meus amigos já se adiantaram, quase sem darem pela minha paragem. Sinto-me aliviada. Posso ... desistir, e ir apenas caminhado. Por instantes interrogo-me que faço ali, assim... a correr de domingo a domingo... e... antes que a avalanche de pensamentos sobejamente conhecidos se desmoronasse sobre mim, o António Pinho volta atrás e puxa por mim. E o Pereira também não ia assim tão longe: tinha abrandado afinal, ao dar pelo meu desaparecimento.

Emoções contraditórias: muita alegria, reconhecimento e agradecimento para com os meus amigos que sem saberem, não me deixaram desistir de mim, e desapontamento, precisamente pela mesma razão, e me ver "obrigada" a continuar.

Paralelismos à parte, com uma outra vida, mais ou menos real que esta, e lá sou rebocada por eles e depressa retomo o sorriso de orelha a orelha e é com imensa felicidade que outra vez alcanço Palmela, o cimo e o fim da imensa Subida da Cobra. Solto as pernas de novo em terreno de asfalto e onde a inclinação já era agora a antecipar a descida. Dou passos mais largos. Sinto-me de novo com força. Ainda pouso os olhos sobre Palmela, castelo que acabei de alcançar, e sobre os vales, onde crescem oliveiras alinhadas e outras árvores e plantações bem organizadas, em fileiras uniformes.

Depressa saímos do asfalto para fazermos a famosa Descida da Lagartixa, terra batida com areia solta, a ameaçar fazer-nos escorregar e eu sou uma medrosa, e travo e travo e travo. Já não posso com as pernas! Fim da descida e volto a chegar ao pé dos meus amigos, que entretanto abrandaram para me esperar.

Atletas amigos conhecidos, estão hoje bem vestidos, de bandeja na mão a oferecer o famoso néctar: Moscatel de Setúbal! Tradição desta prova, de que nunca usufruí em plena prova, mas que muito admiro e gosto de ver. Sorrio e sigo. Desta vez são os meus amigos a ficar para trás: biscoitos de canela e Moscatel. Eles não se fizeram rogados e deliciaram-se.

Depressa me apanham de novo. E eu, sigo com alguma energia ainda. Energia que nada tem a ver com o ritmo demonstrado mas antes com a forma com que me sinto em relação ao esforço.

Avista-se de novo o jardim de onde partimos. É já ali a meta. Avisto o meu pai, que a poupar as pilhas da máquina fotográfica, guardava alguma energia delas para ainda me conseguir fotografar a mim (e conseguiu), e que muito desanimado se queixa que não conseguiu tirar quase fotos nenhumas.

- Não faz mal. Não faz mal pai! - grito-lhe ainda em plena prova. E não faz mal mesmo. Mesmo! Cada vez mais me consciencializo da insignificância de certas coisas perante a magnitude e importância esmagadora de outras. E dessas outras, eu trago o peito cheio hoje!

Corto a meta. Avisto o Álvaro, um "velho" amigo que da surpresa fez alegria. De nos vermos ali mutuamente, sem o esperarmos. Desligo o cronómetro, que marca 1h22m14s para os 12,76Km da prova, recebo o saco, tiro o chip, alongo, bebo água, limpo-me, cumprimento amigos que ainda não tinha visto e estou já de volta a casa, a uma semana mais. Da nossa vida. Esta, com corridas. Provas. Metas, subidas e descidas. Todos os dias.

Até para o ano Grande Prémio da Arrábida e até amanhã ou depois querido diário