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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

E agora ? (II)

"A preguiçar nos lençóis do leito morno, adiando a inevitável hora de os abandonar, nem deu por ele se aproximar de mansinho e deu um salto quando o ouviu a sussurrar-lhe ao ouvido, tão perto que lhe sentiu o hálito quente e podia jurar que a voz estava dentro da sua própria cabeça.

- Se queres ir à Meia de Ovar parece-me que em vez de te deixares afundar na cama, devias levantar esse rabo e ir correr um bocado, não?

- Não me lembro de te ter mandado entrar nem sequer de te ter chamado. – Replicou ela fugindo à questão e puxando os lençóis para cima, cobrindo-se até ao pescoço.

Mas sabia que ele tinha razão. Ele tinha razão. Não fosse ele o senso comum.

- E não é sempre assim? Não foges de mim a uma velocidade superior à que agora corres, sempre que não encontras uma explicação lógica para o teu comportamento?

- Explicação lógica! Explicação lógica! Mas porque tudo tem de ter uma explicação lógica? – diz ela já irritada.

- E não tem. Por isso sofreste na última prova como sofreste. Queres sentir igual? Queres sentir mais funda a dor? Até esta te consumir e queimar o espírito e por fim o corpo até caíres abruptamente de faces brancas contra o asfalto duro e negro, espirrando sangue pelos orifícios de um corpo inerte onde o coração já parou? É isso que queres? Se é isso que queres, então não saias dessa cama por favor! – Finaliza ele num misto de raiva e ironia.

Ela sabe que ele tem razão. Ele tem razão. Não fosse ele o senso comum. E se poucas vezes ela o ouve e tem em consideração, desta vez sabe que está a ir longe demais, a fugir dele para demasiado longe. Tão longe que pode não conseguir voltar a encontrá-lo. E ele faz-lhe falta.Por isso, mandou-a a timidez e o pudor pedir para ele se retirar, levantou-se, despiu o pijama dos ursinhos, olhou-se de relance nua no espelho , e equipou-se para treinar.

E agora ela vai querer provar com todos os seus sentidos, o que já está mais que provado: que uma maior frequência e regularidade no treino, mesmo que treinos de duração mais curta, é sem dúvida alguma mais benéfico e producente que um único treino de longa duração mas que é absolutamente de periodicidade esporádica, que tem sido o que ela tem andado a fazer ultimamente, e com os resultados que estão à vista. Domingo dia 5 de Outubro veremos o resultado. Diferente para melhor? Igual? Ou ainda pior?

Esquece-se ela (ou faz-se esquecida e não lhe interessa agora referir, não vá de novo o senso comum voltar a entrar no quarto e surpreendê-la ainda despida) que essa teoria aplica-se sim senhor, mas não numa única e última semana que antecede uma Meia Maratona, como é o caso da 20ª Meia Maratona de Ovar.” (*)

Ainda a pensar nisto, acabou de se equipar, saiu para a rua e correu continuamente durante 1 hora.

(*) Texto assumida, declarada, e descaradamente inspiradíssimo em “O Homem Duplicado” de José Saramago

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E agora?

E agora, depois da minha experiência pessoal e bastante sofrida na Meia Maratona Sport Zone, ocorrem-me estas palavras agrupadas da forma que se segue:

Correr é como parir. Passam-se horas a transpirar, a conter e a soltar a dor, a forçar e a fraquejar, a cerrar os dentes e os punhos, a pensar que não se vai aguentar, que as nossas forças se esgotaram, a sofrer, sozinhas ou acompanhadas por quem não nos pode dar mais que a mão e o olhar e o coração. O esforço tem de ser nosso, só nosso. O corpo sua, esfria e contrai-se com dores. Ainda assim continua, experimentando prazer e dor em simultâneo, sem hesitar, harmonioso turbilhão unindo esforços resgatados de lugares ocultos e recônditos, para que se alcance um único fim. A meta.

Mas depois… depois já com o filho nos braços, não que se esqueça a dor, mas esta passa para segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, ínfimo plano! E a recompensa que temos em mãos faz-nos pensar de imediato e sem hesitações que viveríamos tudo outra vez e outra vez e outra vez ainda.

E eu tenho muitos filhos nos braços, e muitas recompensas nas mãos. E nos meus 39 anos, o desejo de repetir tudo outra vez está vivo. Vivo como chama eterna, inextinguível num coração de pedra que a guarda e protege em refúgio impenetrável e indestrutível. O desejo da maternidade renova-se. Em cada nascimento. Em cada corrida.


Penso já na próxima, onde se adivinha que serei de novo mulher e mãe:

A 20ª Meia Maratona de Ovar, dia 5 de Outubro de 2008


terça-feira, 23 de setembro de 2008

2ª Meia Maratona Sport Zone – 21 de Setembro de 2008

Tive um dorsal “VIP”. Aparentemente, só por isso, teria tido uma visão da prova diferente de todos os outros participantes. Mas só aparentemente. Se de facto tive um tratamento previlegiado em determinados aspectos da prova, depressa soube despir essa pele, e ver e viver a prova como mero e especial participante, como somos afinal todos nós. Únicos e especiais, apesar de meros. A visão da prova é a minha, como a de cada um, é a de cada um, apesar do que cada um vê, estar lá de facto. A Runporto criou uma máquina produtora de provas, movida a energia de um homem só, Jorge Teixeira, que encabeça uma pirâmide de gente que consigo trabalha e colabora e que tem vindo a dar provas irrefutáveis e consecutivas, do seu profissionalismo no que à organização de corridas diz respeito.A realização da 2ª Meia Maratona veio apenas confirmar um trabalho de qualidade a que já nos habituámos.

A prova tem uma boa divulgação, que ainda assim pode ser melhorada, pois tendo a Sport Zone como principal patrocinador, facilmente poderia ter trazido a prova ao Centro e Sul do país, de uma forma mais dinâmica o que provavelmente levaria mais atletas à Invicta. Com inscrições a um custo acessível e razoável, usufruindo ainda os clientes da Sport Zone possuidores de cartão cliente, de uma significativa redução no preço da inscrição, a prova conseguiu reunir mais de 1150 atletas na Meia Maratona e milhares na Mini/Caminhada.

Com uma feira espectacular, soube esta organização uma vez mais, criar um espaço agradável e convidativo, onde se fez a entrega de dorsais até ao final do dia anterior à prova, e onde se soube cativar o público com várias actividades, das quais destaco as sessões de autógrafos de um leque recheado de atletas de elite, nacionais e estrangeiros, quer da actualidade no panorama do Atletismo quer autênticos símbolos, figuras emblemáticas vivas do atletismo nacional.

A prova tem um percurso muito bonito, e propício a boas marcas, o que veio a acontecer e foi já devidamente divulgado pela comunicação social, nas margens do Rio Douro. Parte e chega ao Porto, depois de levar os atletas até Gaia e voltar. Completamente fechado ao trânsito, bem sinalizado e com quilómetros marcados, com abastecimentos suficientes de uma forma geral ao longo do percurso e à chegada inequivocamente suficientes (bebidas isotónicas e água) e com muito apoio quer do público quer da organização, quer ainda da Cruz Vermelha que se manteve atenta ao longo do percurso até à chegada do última atleta.

Os prémios de presença são uma t-shirt de tecido similar ao dos equipamentos de corrida, e um bonito e grande medalhão. Uma meta com muita animação, tapete, e público, que nos leva a cortar a meta de forma condigna, antes de podermos descansar na relva à sombra. Classificações gerais disponíveis em poucas horas, e entrega de prémios rápida no local.

Pecou esta prova a meu ver, por um escasso espaço para aquecimento dos atletas antes da prova, e pela consequência nefasta do percurso da Mini coincidir exactamente com os últimos quilómetros da Meia Maratona, o que se veio a revelar em insuficientes abastecimentos nos últimos postos, para cerca dos 30 últimos atletas chegados na Meia Maratona.

Pelo acima exposto, tem esta prova todas as condições e mérito para constar já na lista das melhores Meias Maratonas realizadas em Portugal.


Fotos cedidas por Runporto

Aqui podem-se consultar os resultados da prova.

Mais algumas fotos de autoria do meu pai António Melro, no meu Album Picasa

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A minha 2ª Meia Maratona Sport Zone

A par da 1ª edição no ano passado, este domingo alinhei na partida da Meia Maratona Sport Zone que se realizou pela 2ª vez.

Corri e cheguei à meta. Se pensava que depois do tempo feito em S.João das Lampas (2h17m) a minha “carreira desportiva” só poderia melhorar, neste domingo tive a tristeza de verificar como estava enganada. Podia ainda piorar. E piorou.

Estava calor, passei ao Km 6 com 34min com um grupo que ia para 1h50m, 1h55m, e cansei-me. Cansei-me. Faltaram-me forças e forcei as pernas a avançar. Um passo de cada vez. Valeram-me as companhias esporádicas, e faltou-me o meu amigo António para controlar o andamento. Faltou-me a bebida isotónica e até a água.(*) E estava calor. Muito calor. Sobejou-me o Douro e o Sol e a paisagem que me viu desistir em Outubro no Km 30 da Maratona. Caminhei em silêncio talvez durante um minuto.

Por incrível que pareça, um pouco mais à frente reanimei. E as pernas comigo. Dois companheiros por alguns minutos. Já não me sinto tão mal. Deixo-os para trás e sigo agora sozinha para a meta. Cheguei com 2h18m. O meu pior tempo de sempre…

Será que "assim" vale mesmo a pena? Enquanto na véspera da prova respondia sem hesitação, hoje já não sei...





(*) - Km 20 onde restavam mesas vazias - Se é certo que só faltava mais 1 Km para o final onde não faltava água e bebida isotónica, não é menos certo que o último abastecimento tinha sido há 5 longos quilómetros atrás...





Antes da prova. Na zona VIP, com o famoso homem das Ultras... Dean Karnazes:

Na zona onde pertenço, com amigos:


Com o MPaiva:

Com o José Capela:

Com o meu pai: Fase de aquecimento:




Ainda em aquecimento:Agora, durante a prova, uma foto da autoria de Carlos Matos, que fez um Album interessante sobre a prova, e que pode ser visto aqui:

AindA durante a prova. Foto tirado por Zé Carlos Costa, um "companheiro" de escassos minutos que fez uma muito interessante reportagem fotográfica enquanto corria a sua 1ª Meia Maratona, e que teve a gentileza de me fotografar assim como outra companheira, em plena prova, já eu numa fase decadente, em plena Avenida Gustavo Eiffel: A dor de acabar: (desta vez custou-me mesmo muito e a expressão não me deixa mentir)


Breves minutos depois, já recomposta e talvez (só talvez...) a pensar na próxima:

Com o meu amigo Jorge Teixeira, responsável por esta gigantesta prova, e um animador da prova:


De regresso, com Aurora Cunha, Carlos Lopes e esposa:

Muito mais tenho a dizer desta prova, mas fica para amanhã

sábado, 20 de setembro de 2008

2ª Meia Maratona Sport Zone, amanhã...

Não cheguei ao Porto muito cedo, o que me impossibilitou de visitar a Feira da 2ª Meia Maratona Sport Zone a horas decentes, onde houve sessão de autógrafos com figuras de 1º plano do atletismo nacional e internacional.

Toda a semana que passou não calcei os ténis, depois da Meia de S.João das Lampas, há uma semana atrás.

Se estou apreensiva para amanhã? Estou. Medo? Não. Feliz? Sim.

Reencontro uma amiga que me diz que para fazer a Meia no tempo que eu fiz nas Lampas (2h17m), assim não, ela prefere não correr. Vai correr a Mini, 6 Km. Correr a Meia “assim” não. Para ela um tempo aceitável para fazer a Meia ronda 1h50m. Pois eu também gostaria de fazer 1h50m, ou até 1h36, o meu melhor que data de 2002, mas entre fazer mais de 2 horas e não fazer, a resposta não me suscita dúvidas. Nenhumas! Faço parte do grupo dos que sustentam na prática, a teoria do desporto e da Corrida mais concretamente, para todos! Até para os que demoram 2h17m para correr 21097,5 metros. Um exemplo vivo. Se penso estar a fazer o correcto? Não o mais correcto (o que seria treinar durante a semana), mas ainda assim, sem dúvida alguma,o melhor para mim.

Até amanhã...
A t-shirt da prova, para todos os participantes, em tecido similar às camisolas de atletismo: Costas da t-shirt:

O meu dorsal:
Com o simpático Samuel Wanjiru, Campeão na Maratona nos Jogos Olímpicos - Pequim 2008, e o "nosso" campeão Carlos Lopes:
Juntou-se à foto o organizador da prova, e responsável por várias e excelentes provas de atletismo no Norte do país, o meu amigo Jorge Teixeira:
O meu pai, António Melro, coleccionador de fotos dos tempos áureos de Carlos Lopes, seu admirador de sempre, jamais deve ter imaginado posar ao seu lado. Foi hoje:
Já no quarto, hora de tomar alguns apontamentos:
O Porto que me espera amanhã:E "ela" num sono absolutamente merecido, onde os sonhos não passam disso mesmo. De sonhos
Amanhã é hora de realizar alguns. Pequeninos aos olhos de muitos, mas grandiosos para si.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A minha 32ª Meia Maratona de S.João das Lampas

Dos meus amigos Orlando e Leonor Duarte recebo hoje as fotos que se seguem e que faço gosto em partilhar.

Este ano senti a falta do Orlando na prova (no ano passado ele fez a prova comigo, e lembrei-me dele dançando nos pontos de animação, conversando, animando-me, lembrando que corria pela Ana Paula Pinto que mais uma vez este ano não conseguiu estrear-se na prova, apesar de estar inscrita, e pela jovem Margarete falecida poucos dias antes da prova do ano passado. E no ano passado o Orlando foi uma companhia amiga e decisiva, reforçada pelo sorriso, aceno e incentivo da Leonor sempre que passávamos pelo ponto onde ela assistia com a Fiona e o Cadete. Foi como se corresse com ambos. Um apoio que me ajudou a completar a prova em 2h02m. Nos arquivos deste blog, no mês de Setembro de 2007, estão palavras saídas de mim, vindas deles, onde descrevo essa maravilhosa experiência que foi a 31ª Meia Maratona de S.João das Lampas.

Este ano o Orlando e a Leonor acompanhados pela Fiona estavam lá também, mas a assistir e apoiar.

Este ano, o meu amigo António Pereira, 8 dias depois de ter corrido a Maratona do Medoc, acompanhou-me ao longo da totalidade da prova, descontraidamente, em S.João das Lampas, sem nunca me deixar ficar para trás durante 2h17m. Sereno e calmo, fiel e companheiro, firme, como poucos. Sem ele, teria sido bem mais doloroso.

A prova foi dura. É dura. Mais ainda quando a preparação foi inexistente ou definitivamente deficiente, conforme os seguidores atentos deste blog bem sabem como foi a minha.

Não caminhei nem dei nenhum estoiro num momento qualquer. Simplesmente corri lentamente. Muito lentamente. Por fim, custava-se já levantar os pés e os joelhos. Esforço extremo para fazer a minha pior marca de sempre numa meia maratona. Ainda assim valeu a pena. Valeu a pena. Corri 2h17m e estive feliz um pouco mais de tempo. Ainda agora. Restam reminiscências dessa felicidade em mim.

Daqui para a frente só pode melhorar. Digo eu. Mas sinto-me cansada. Hoje ainda. E no meu íntimo tenho medo. Tenho medo deste cansaço não ser apenas cansaço. Nas páginas do diário caem temores íntimos e não faço ideia de como conseguirei repetir a distância já no próximo domingo, na 2ª edição da Meia Maratona Sport Zone, à beira Douro, num percurso plano, fácil e belo conforme tive oportunidade de testemunhar na 1ª edição – ver Arquivo do blog, Setembro 2007.














segunda-feira, 15 de setembro de 2008

32ª Meia Maratona de S.João das Lampas – 13 de Setembro de 2008

Não são raras as vezes que me apaixono pela pessoa errada. Já o mesmo não posso dizer das vezes que me apaixono por uma prova.



Sendo as provas mutáveis como as pessoas, com a consequente alteração da nossa visão/opinião/sentimento sobre elas, a Meia Maratona de S.João das Lampas, designada por MMSJL de ora em diante, não foge à regra. No entanto, com algumas alterações desde que a conheço, a MMSJL tem-me mantido a chama acesa pois na sua essência não sofreu alterações que me fizessem mudar de ideias.



Quando em Setembro de 2005 a conheci, depois de ter sido durante anos por demais amedrontada com a dureza da prova, descobri-a doce como o mel.



Com um percurso de facto duro, mas que vem ao encontro dos meus gostos pessoais, a MMSJL acarinha o atleta de pelotão de uma forma ímpar. Encontra-se em cada passo, uma humildade e dedicação que faz manter a prova já há 31 anos. No ar que se respira, nas serras e ao longe o mar, nas terras que atravessamos, nos moinhos, nos olhares e nas palmas e nas vozes das gentes que aplaude e incentiva, no cuidado e dedicação da organização, um conjunto de coisas que nos faz sentir queridos. Ali. Na MMSJL.



Sentimentos e gostos à parte, que também os sei pôr de lado, a MMSJL este ano uma vez mais não me desiludiu.

Com um novo site, onde as inscrições se fazem com facilidade e eficiência, a um custo acessível e sensato, a prova deu um pulo nesta sua 32ª edição, com um significativo aumento no número de participantes de cerca de 22%. A entrega de dorsais fez-se de forma regular num espaço onde se pode apreciar um pouco do historial da MMSJL.



Conseguiu-se criar mais uma vez um ambiente festivo, onde não faltou animação e uma Mini/Caminhada acessível a todos, e onde se promove a actividade física de todos.



A partida é dada de forma pontual e em ambiente de festa, como está S.João das Lampas. O percurso está bem sinalizado, quilómetros marcados, abastecimentos suficientes, controle por chip electrónico no dorsal, e uma chegada magnífica com tapete no corredor de asfalto que nos leva a cortar a meta.



Classificações disponibilizadas com rapidez e digna entrega de prémios aos diversos escalões, o que considero particularmente positivo no que ao sector feminino diz respeito e que tantas vezes é menosprezado e esquecido num escalão único ou apenas 2 escalões.



Prémios por classificação e de participação com artigos regionais, medalhão, t-shirt e saco que satisfazem o atleta de pelotão.



Destaque nesta 32ª edição foi a significativa melhoria num ponto que historicamente era a nódoa desta prova: o condicionamento do trânsito e a (in)segurança dos atletas. Nesta edição as forças policiais cumpriram o dever de condicionar o trânsito de forma a que os atletas em prova corressem em segurança. Uma melhoria que marca muitos pontos numa prova que já tinha tudo o resto para agradar ao atleta de pelotão.



Ainda uma grande cobertura fotográfica levada a cabo pela equipa da AMMA, que dificilmente deve ter deixado de fora algum atleta.



O salto desta 32ª edição, que vinha prometido já do ano passado, deve-se sem dúvida alguma também a novos apoiantes e patrocinadores, que cobriram sobejamente a perda de um dos principais e mais antigos patrocinadores locais. E é desta forma que a MMSJL nos recebe e trata. Tanto a cabeça como o coração continuam a dizer-me que há razões para lá voltar para o ano, e a recomendar esta prova. Assim farei.


Ana Pereira

13 de Setembro de 2008

Agora, deixo algumas fotos gentilmente cedidas por AMMA :

Levantamento de dorsais:




Ainda na fase inicial da prova:




Pelo caminho:
A chegada à meta com o meu amigo António, comprovadamente fiel companheiro, de outras e desta prova também. 2h17m42s sem me deixar para trás:
Surpreendemente, no pódio, 5ª classificada no escalão:

sábado, 13 de setembro de 2008

32ª Meia Maratona de S.João das Lampas

A Meia Maratona de S.João das Lampas está de saúde - muito boa saúde - e recomenda-se!


Vocês que correm já sentiram (e os que não correm que imaginem) que num dia de corrida, passaram quase literalmente o dia inteiro a correr? Antes, durante e depois da prova? Pois hoje tive um dia desses. Agora repouso por minutos no puf cor-de-laranja.

Ai, dêem-me espaço, dêem-me tempo, que asas já eu tenho e hoje voei.

Terminei há pouco a 32ª Meia Maratona de S.João das Lampas com o terrível e assustador tempo de 2h17m!

O que ganhei de valor inestimável: invisível, não se toca nem ouve ou cheira, apenas se sente, e agora tenho as palavras mas não o tempo para o traduzir por aquelas, se é que o consegurei algum dia.

Depois ganhei: um lugar no pódio, que me valeu um Troféu e 20,00 EUR. Nem discuto a legitimidade do prémio! Corri, CORRI 21,0975 metros e classifiquei-me em 5ª posição no meu escalão. Mereci-os simplesmente! Ponto final!

Ganhamos todos: t-shirt, ovos, bolos, saco, pequeno medalhão e mimo, muito mimo, quer dos membros da organização quer do público.

Eu ainda: ganhei sorrisos e beijos e abraços e amizade e amor. Ganhei um balão entrançado em forma de coroa que após ter estado na cabeça do vencedor, e ter sido oferecido à linda e simpática Vitória, ela me deu, com um sorriso lindo e tímido e um olhar puro e doce.

Ganho, proveito e balanço: entre correr continuamente durante 21097,5 metros num tempo de 2h17m (dentro do tempo limite da prova) e não ter ido, para que prato pende a balança? Eu não tenho dúvidas!

Tenho mais palavras, e fotos que os amigos me enviarão. Hoje deixo apenas os prémios visíveis e os Parabéns ao principal mentor desta festa que me proporcionou mais um pedaço de vida feliz: Fernando Andrade.

Até amanhã com outras palavras (se conseguir uma pausa nesta corrida da vida, pois o dia de amanhã não está propriamente vazio)


O medalhão alusivo à prova, para todos os que a terminaram :

O Troféu para a 5ª VF - F35:


O recheio do saco, o meu dorsal, e o prémio por classificação: