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sábado, 12 de novembro de 2016

13ª Maratona do Porto - Do lado de fora este ano





















A Maratona do Porto para mim, começa sempre no início de cada Verão. Quer seja por ser nessa altura que considero e reconsidero o que quero e posso fazer em termos de participação e ser altura de embarcar num qualquer plano de treinos, quer seja por começar a receber os primeiros contactos de participantes que pretendem reservar o seu lugar nos autocarros que a Runporto tem disponibilizado e eu coordenado. Autocarros esses que fazem 300 Km (Lisboa-Porto) para levar de forma económica, cómoda e prática, quem pretenda participar em qualquer das provas inseridas no evento Maratona do Porto.
Este ano foram apenas 110 pessoas. Cerca de 75 delas eram inscritos na Maratona. Vários estreantes que voltaram de lá Maratonistas, o que sempre me alegra e emociona, especialmente quando partilham comigo receios e sonhos e eu com eles vivo e vibro na sua conquista desta Meta.

Ora este ano, ambicionar o que quer que fosse em relação à minha participação (mesmo que fosse apenas na Family Race)  se de início ainda existia uma réstia de esperança, com os primeiros mini treinos só para experimentar voltar a correr verifiquei rapidamente que a ideia era para esquecer (lesão continua agarrada a mim). Choro e birra não houve mas quase. Mas vamos lá levar os autocarros na mesma...

Confessso que organizar isto sem ir Correr é no mínimo estranho. Bizarro e doloroso até. Mas deixemo-nos de egocentrismos, que a Maratona do Porto merece mais. E sem me surpreender acabei por adorar, mesmo sem ter corrido.Divertido, emocionante e muito gratificante.

Acompanhar os amigos nesta viagem, levá-los à partida, ficar com o meu pai e com amigos, que como eu este ano estão de fora: Paula Cristina e Ruben, apoiar a chegada dos atletas durante 5 horas, gritar como louca até a voz doer e dei por mim a apoiar todos, a chamar pelo nome até os que não conhecia (os dorsais tinham o nome do atleta), a usar o meu Francês, Inglês e Espanhol, numa trapalhada gigante sempre que me apercebia que o atleta era estrangeiro, a desejar que eles tivessem a melhor experiência possível e que levassem as melhores recordações possíveis. E eu ali estava a aplaudir, a gritar e a dar força, força que me falta agora para ser eu a Correr. Corri com eles, alegra-me pensar. E assim é um bocadinho. E se por instantes "descansava" de aplaudir e  gritar, alguém conhecido, em plena Corrida chamava por mim e eu retomava o ritmo da animação, feliz por reencontrar mais um rosto amigo entre os atletas. "Então os atletas é que gritam por ti?!" Comenta a minha amiga Paula, que como eu e o Ruben ali estiveram, incansáveis, a participar e a viver a Maratona do Porto, como nos foi possível. Dos atletas, retenho os rostos cansados, suados, muitos disfigurados, mas o olhar e o sorriso com um brilho fantástico, a dizer tanto em resposta aos nossos aplausos. Fui paga em sorrisos e saí de lá muito rica! 


A Maratona do Porto assume-se e com todo o mérito como A Maratona de Portugal. Profissionalismo e atenção ao atleta fazem dela a nossa Maratona.Uma feira fantástica que nos recebe, a Pasta Party, com bom escoamento e pouco tempo de espera. Vários stands para visitar e até aproveitar alguma promoção de artigos sempre do interesse do atleta.

No dia da prova, um ambiente fantástico. Uma partida junto ao mar, (corrigido o erro do ano passado e do estrangulamento na saída dos atletas), e um percurso muito bonito. Muita animação, bons abastecimentos, apoio médico e uma fantástica chegada à meta. Do primeiro ao último atleta!

E de novo a Maratona do Porto bate o record de atletas chegadas à meta em Portugal: 4746! E eu não estive entre eles, mas em Novembro de 2017, para a 14ª edição da Maratona do Porto, tenho já lugar marcado, de preferência do lado de dentro das grades e a cortar a meta depois de suar e sorrir 42.195 metros. Assim a saúde me deixe, que do resto, do resto, eu trato!








A Maratona resumida, arrepiante:




A chegada do último participante, para ver aqui