24 de Maio de 2006
Portas fechadas
Silêncio
Uma voz que de longe me chama
E ainda mantém
No mais fundo de mim
Acesa uma pequena chama
Portas fechadas
Sem fechadura
Um selo na prova
Alguém do outro lado
Muitas portas
Muitos alguéns
A vida a passar
Dos dois lados da porta
O que me falta para te encontrar?
O que me falta para te ter?
Faltas-me tu precisamente
E esta porta entre nós
Que teimo em não abrir
Apenas com medo
Do que vou descobrir
Incongruências
Vidas sem sentido
E eu hoje só queria
Uma asa protectora
Dessas que nos cobrem
Envolvem e aquecem
E nos fazem esquecer que temos
De abrir uma porta
Pois não se pode viver
De porta fechada
Nem sempre,
Debaixo da asa
Nota: não queria estragar o Blog com lamechices destas, mas … há dias assim.
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