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domingo, 25 de julho de 2010

Continuação das férias... aos fins de semana

E por aqui se continua a gozar férias (aos fins-de-semana, claro!), a não correr porque não apetece e a viver mais feliz junto com o meu pai e com amigos e familiares. Mas o meu pai merece o destaque! Desta vez companheiro de uma bela caminhada pela beira mar, em hora de maré vazia, e de praias também vazias. Belíssimo! Sem Corridas! Ouviram falar por aqui de Maratona, de Meias, etc e tal? Não me recordo...

Um boa semana para todos que aqui passaram. De férias, ou de outra coisa qualquer.
O único senão destas férias das corridas, férias descaradas e assumidas, é vir aí a 34ª Meia Maratona de São João das Lampas e eu, a continuar neste ritmo, estar praticamente a assegurar que vou lá chegar à rasca até para conseguir correr a Mini...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O último treino

É impressionante a quantidade de últimos que acumulamos, sem darmos conta, para logo depois os substituirmos por outros novos últimos, sempre, a cada inspiração e expiração que damos, enquanto respirarmos, sem darmos conta.

Nestes meus últimos dias, foram as minhas últimas férias, fiz o meu último treino, e hoje já tomei a minha última refeição e estou a beber a minha última cerveja.

Há muito tempo que corri a minha última corrida e o último beijo e último abraço foi há demasiado tempo.

O último dia de praia vai longe e hoje já foi o meu último dia de trabalho.

Hoje já disse a última palavra. Esta é a última vez que escrevo aqui e hoje é o meu último dia.

Inequivocamente, hoje é o meu último dia.

Até amanhã querido diário... Até Sempre.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

15ª Corrida da Lagoa de SANTO ANDRÉ

15ª Corrida da Lagoa de Santo André - 10 de Julho de 2010 - Um testemunho

Onde era para virar para a direita (entrando na estrada de terra), e nada estava indicado nem para virar nem para impedir que fossemos pelo caminho errado (em frente), viramos! E onde era para virar para a esquerda e igualmente nada estava indicado, nem para virar nem para impedir que fossemos pelo caminho errado (em frente), não viramos! Baralhados? Também eu quando chegada a uma placa a anunciar o Km 7 e o meu Garmin marcava o Km 8! E se inicialmente pensava ser engano da placa, comecei a desconfiar que não, quando aos meus 9 Km, a placa da organização marcava 8. Pior ainda quando aos meus 10, nem a meta se avistava sequer!

Tem destas coisas o ser humano. Fazer sobressair o negativo, o censurável, o mal feito. E começar o testemunho de participação numa prova bonita e recomendável, pelo erro crasso da péssima sinalização, que levou a que apenas 19 atletas tivessem feito o percurso anunciado de 10 Km, tendo os restantes completado nada mais nada menos que 11 Km, é próprio do ser humano que sou! E os restantes foram cerca de 500 (sim, quinhentos! não cinco ou dez distraídos que se perdem sempre e culpam as organizações, e a quem descaradamente ninguém liga apenas porque o seu número não é significativo).

Não fosse este pequeno(?) senão, e a 15ª Corrida da Lagoa de Santo André teria um parecer muito favorável da minha parte. Com isto, pode-se dizer que a nível competitivo, a prova realizou-se e disputou-se entre 19 atletas apenas. Um número muito triste e pobre. À parte isso, a corrida foi uma festa para os restantes 500, que tanto se lhes dá correr 10, 11 ou 12 Km ou mesmo 15! Será mesmo assim? Para mim não é! Distância anunciada, é para cumprir, sendo da responsabilidade da organização garantir que esse percurso seja feito. E não foi feito. Nem o percurso nem os esforços necessários para que o mesmo fosse cumprido.

Ainda assim, a prova mantém o seu carácter de prova de verão, relativamente bem organizada para o atleta que quer correr um bocado em companhia de muitos outros, ao fim de uma tarde quente de sábado, onde não faltaram os abastecimentos de água, a segurança pelo fecho total ao trânsito, o retorno bem marcado, os prémios de presença - t-shirt e magnífico medalhão pintado à mão, com uma ave da região. Desta vez foi a águia de asa redonda (em cada edição uma ave diferente é representada).
A prova foi organizada pela Junta de Freguesia de Santo André e teve o apoio técnico da Xistarca, que rapidamente tornou públicos os resultados.

Pontualidade na partida, sob um pórtico insuflável, onde se viria também a cortar a meta. Controlo por chip.

Disponibilizado banho quente no Parque de Campismo.

A par da corrida, decorreu também uma Caminhada, com partida mais cedo, evitando atropelos.

Teve ainda a prova um convívio para todos no final, com sardinhas, carne, pão, bebidas e fruta, que sob o meu ponto de vista, começa a ser algo masoquista para aqueles que optam por ficar, pelo crescente número de participantes. Pessoalmente sou da opinião (pelo que tenho vivenciado) que estes convívios só funcionam satisfatoriamente bem quando o número de participantes não é demasiado elevado. De qualquer forma, há quem conviva muito bem com filas intermináveis à mercê dos ataques de melgas, para depois iniciar uma luta por um espaço num assador e depois por fim comer com as duas mãos ocupadas para segurar pratos e copos e pão.

Dou os Parabens à Junta de Freguesia de Santo André por nos proporcionar um fim de tarde bonito e agradável, a correr entre pinhais, numa zona balnear tão bonita como é a Costa Alentejana.

Cerca de 100 fotos, da autoria de meu pai, António Melro, no site da AMMA




Eu e a XV Corrida da Lagoa de Santo André

Continuo a ir. Penso continuar a ir. Há um cansaço que ultrapasso em cada prova. Ânimo e desânimo. Amigos, caras e beijos. Ânimo e desânimo. Há um cansaço... ânimo e desânimo... Está tudo dentro de mim, eu sei... nada e demasiada coisa, a correr dentro de mim...

11 Km em 1h05m57s média de 5:59 / Km

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Burra!

Ainda de férias e o treino vai-se fazendo:

5,980 Km em 34m:35s, média de 5:47 / Km

Burra! Não aprendi ainda que não posso baixar dos 6 minutos (ou 6 e qualquer coisa) o quilómetro se quero fazer mais de 5 ou 6 quilómetros num treino! Burra!

Podia dizer que foi por me animar e distrair ao ter encontrado de novo o Daniel, a partir do meu 2º Km de treino, mas não! Fui a dar-lhe, sempre abaixo de 6, com excepção do 1º Km, para depois, quando o Daniel termina o seu treino, e quando eu ainda queria fazer mais 2 ou 3 quilómetros, e nada! Quebrei substancialmente e agora sozinha, com o calor a acentuar-se (perto das 11 da manhã) e acabo o treino logo ali, ainda nem tinha chegado aos 6 Kms...

Melhor que nada. Amanhã há prova de 10 Km, não interessava fazer muito mais hoje, ainda mais sob um calor acentuado.

Desculpas... A verdade é que devia ter ido mais lento e ter feito o treino durar até aos 8 ou 10 km. Tudo errado. Assim Maratona... não vamos lá não! Quem me obriga a correr devagar para aguentar uma maior quilometragem?

Até amanhã ou depois, querido diário, depois da 15ª Corrida da Lagoa de Santo André

No início do treino:
Com o Daniel:
No final, a brincar aos exercícios, o meu Pai que ainda faz elevações:
Eu? Elevações? Vai lá vai! Era bom era! Mas não consegui elevar o corpo nem um milímetro que fosse:
Adoro estas férias e este Parque para correr. Estou-me a habituar a ele:

Acabou a energia! Isto parece que não custa, mas custa!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que faz a diferença


Dormi mal mas levantei-me relativamente cedo, pois mesmo de férias mantenho um part-time que isto a vida está dura ou então sou eu, que não sei fazer o dinheiro render. É capaz de ser a 2ª hipótese, ouçamos quem manda e até outros que não mandam nada mas que para a vida dos outros têm sempre soluções e críticas mordazes. Nada de novo portanto.

Depois da obrigação cumprida, tinha marcado com meu pai irmos correr (eu correr, ele caminhar), e não fosse isso - a combinação - e acho que voltava para casa para dormir. Foi o primeiro factor a fazer a diferença e me impulsionar a IR.

O dia acordou cinzento e uma brisa fresca faz-me questionar se acordei no mesmo sítio do planeta em que estive ontem e os anteriores dias da semana. Sim, estava.

Equipo-me, apanho o meu pai e vamos para o Parque. Está fresco, bom. Muito bom para correr. Ainda assim o cansaço está lá, nem sei bem se é físico ou consequência de qualquer disposição mental inexplicável. Mesmo cansada, corro. Devagar.

Avanço passo a passo, quilómetro a quilómetro, em esforço. Depois do 6º quilómetro, esforço-me bestialmente para pelo menos chegar aos 7. E eis que avisto o Daniel, companheiro recente das corridas, que vindo em sentido contrário ao meu, me motiva a ir com ele, que ia devagarinho, dizia ele. Como sei que o devagarinho dele não é o meu (fez 39min aos 10 Km da Corrida da Misericórdia no domingo passado!), deixei claro que o meu devagarinho estava a rondar os 6 min / Km e se fosse aceitável para ele, então sim, iria com ele. Inversão de marcha e seguimos juntos.

É logo outra coisa! Conversa-se um pouco, e o corpo se continuava cansado e em esforço foi enganado por uma mente que se concentrou noutros assuntos, e dessa forma aliviou o corpo. Conversa amena e acabei por correr com relativa facilidade:

9,570 Km em 58:09 média de 6:05 / Km

Obrigada Pai e obrigada Daniel. Fizeram a diferença hoje!

Até amanhã querido diário

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aplica-se, aplica-se sim!

"Não importa o quanto devagar tu vais, desde que não pares."

Confúcio ( 551 a.C. - 479 a.C), de seu nome chinês, Kung-Fu-Tse, mestre, filósofo e teórico político, que com a sua doutrina, denominada de Confucionismo, teve grande influência não só na China como em toda a Ásia.

Digo eu: "Não importa o quão devagar tu vais, desde que VÁS." E eu hoje FUI.


Vialonga, 6 de Julho de 2010
Não sei se por influência do Confúcio ou não, mas hoje, 6 de Julho de 2010, nesta terra bem distante daquela da sua origem, esta máxima teve influência também hoje e aqui. Sob ela (a influência do Confucionismo e a de muitos mais), eu corri

6,100 Km em 40m15m, média de 6:35 / Km, média que pouco ou nada diz, como todos os números não passam de números e este chama-se Média, pois subi a Serra e desci a Serra, sob um Sol já impiedoso das 9 da manhã, e os ritmos variaram de 6:02 / Km a 7:06 / Km, consequência directa do desnível.


"Não importa o quanto devagar tu vais, desde que não pares."

- Não era isso que o Mestre queria dizer! A frase é muito mais abrangente que a uma simples e estúpida corrida!!
- E daí?! Aplica-se também!
- Não!
- Sim! Aplica-se sim! Pois a Corrida, a que tu chamas simples e estúpida corrida, é muito mais abrangente que a própria corrida em si!! Não percebes?! O não parar de correr, o não parar de avançar, por mais vagarosos que vamos... o importante é IRMOS! Não percebes?! A Corrida é o caminho, é o percurso das nossas vidas.

Encolheu os ombros, abanou a cabeça e virou-lhe costas, deixando-a sem resposta.

- Estúpido! - gritou-lhe ela numa voz muda, que ela suspeita não lhe ter atravessado os lábios sequer.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Só isto...

Para correr é preciso gosto, vontade, incentivo, motivação, etc, etc., factores que fundamentalmente vêm de dentro de nós, e que dependem de nós se não a 100%, muito perto disso. São também necessárias condições de logística que o permitam, como por exemplo, disponibilidade de tempo e locais, assim como outros que não conseguimos controlar, e estou "só" a lembrar-me da saúde. Um conjunto de factores, que nos podem fazer sair de casa e ir correr, ou pelo contrário, nos prender a uma rotina sedentária onde o exercício físico não passa de fazer limpeza à casa e passar a ferro.

Estou de férias, e se para uma boa parte dos atletas é tempo de dar uma folga nos treinos (pois eles treinam de facto o ano inteiro) , já para mim que só brinco aos treinos e às corridas durante todo o ano, tenho agora uns dias com mais tempo. Para continuar a brincar aos treinos e às corridas, e com isso, exercitar-me mais um pouco e tentar não esquecer que daqui a 18 semanas temos a Maratona do Porto.

Então hoje, 1º dia de férias, lá reuni uma serie de factores acima descritos, retirados uns de dentro de mim e outros de fora, e foi assim... tão só... isto:

5 Km em 30m31s, numa média de: 6:06 / Km

Nem bom nem mau, valha-me a franca regularidade mantida ao longo do treino, e valer-me-ia o intenso calor das 11 da manhã, hora a que acabei o treino, para me desculpar, caso houvesse necessidade, quer interna, quer externa. Mas não há!
É mesmo o que parece: os pés mal se mexem, e cada perna pesa-me que nem pedras, custando bastante a levantar do chão. Não sabem o que é isso, os meus queridos leitores? Sorte a vossa.
Agora é hidratar, hidratar, hidratar, hidratar... e ainda, hidratar!

Até amanhã e amanhã há mais com certeza.