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domingo, 27 de setembro de 2009

Transporte para Maratona do Porto



Autocarro para a:

6ª edição MARATONA DO PORTO - 8 Novembro 2009

Transporte ida e volta: LISBOA-PORTO-LISBOA

A par das últimas edições, vai a Runporto também este ano, na 6ª edição da Maratona do Porto, proporcionar transporte Lisboa – Porto – Lisboa, para Maratonistas, acompanhantes e participantes dos eventos associados ( Mini Caminhada, prova não competitiva de 6 Km e Prova Convívio na distância de 14 Km), a um custo

Custo ida e volta por pessoa: EUR 10,00, quer para Maratonistas, quer para acompanhantes ou participantes em qualquer dos eventos acima mencionados.

A saída de Lisboa será Sábado dia 7 Novembro, e o regresso, domingo 8 de Novembro meio/fim da tarde. Mais detalhes a divulgar oportunamente, e contacto para mais informações e/ou inscrições para o transporte deverão ser tratadas com Ana Pereira, Tlm. 964 937 456 ou via e-mail: anamariasemfrionemcasa@gmail.com

Mais informações sobre a prova no site da Maratona do Porto e/ou na Runporto , entidade organizadora.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cargas e Pesos

Primeiro foi o choramingar da criança. Logo de seguida a resposta do adulto, mulher, áspera e rude que ralha com dureza na voz. A petiza cala-se, e nessa altura, quando a nossa Maria já virara a cabeça e observava agora a cena cujos sons haviam chamado a sua atenção, a miúda leva a fralda ao rosto onde uma chupeta parecia ser o centro, escondido por largos e numerosos caracóis louros, e num gemido sussurrado, cala e segue caminhando atrás da mulher que encabeça o grupo caminhando vigorosamente e arrastando pela mão, em cada um dos seus lados, uma criança que deveria ser de colo até há muito pouco tempo. Atrás da nossa petiza, segue uma outra miúda, a mais velha do grupo, como que a fechar o grupo, certificando-se de que nenhum ficaria para trás. Carrega no semblante uma responsabilidade que não lhe deveria ter sido atribuída, e cumpre-a como aprendeu e sabe, empurrando a nossa petiza para a obrigar a caminhar. Carrega também às costas uma mochila maior que ela, que a julgar pelo volume e pelos passos arrastados da miúda, adivinha-se pesada. Demasiado pesada para o seu corpo franzino. E demasiado pesada para o 1º ano de escola, mas provavelmente mais leve que outras cargas e pesos que a sua vida a faz suportar.

Veio a Maria a saber depois, que a escola fica a cerca de 2 km do local onde a cena decorreu.

Pesada a vida da Maria, desta e de outras que sempre se lastimam? Só porque não consegue treinar nas condições desejáveis, ou até nas apenas possíveis? Nem por sombras!

Até amanhã querido diário

Treinos: Zero a Zero no marcador

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É assim, sim.


- Não tens treinado nada... É assim que pensas fazer a 3ª Meia Maratona Sport Zone daqui a 32 dias?!
- É. É assim, sim. Da forma que me é permitida... - calou-se e continuou a correr, ao mesmo tempo que acordava o dia, acordavam nela sentimentos e sensações há bastante tempo adormecidos.

Correu 1h23m.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Mini da Meia - 33ª Meia Maratona de S.João das Lampas

A Mini da Meia
33ª Meia Maratona de S.João das Lampas
12 de Setembro de 2009

Apesar de me ter iniciado em provas numa Mini, e estar bem ciente da sua importância na divulgação, motivação e captação de novos adeptos da Corrida, para além de proporcionar momentos de saudável convívio aliado ao exercício físico, confesso que na minha perspectiva muito pessoal e no que à minha pessoa diz respeito, as mesmas (Minis/Caminhadas) se revestem de algo… menor, inferior, insuficiente, incompleto, como algo próprio de fracos e incapazes.

E foi contrariando essa ideia e sentimentos errados e retrógrados, que impossibilitada de fazer a Meia Maratona por inequívoca incompetência física, que me decidi fazer a Mini/Caminhada inserida em prova que tanto estimo, quer pela forma como os atletas são tratados, quer pelo carisma peculiar da mesma, onde o calor humano nos envolve completamente.

E assim, dando primazia ao racional em vez de alimentar culpas e frustrações, lá me decidi a ir correr os 5,6 km da Mini. Não esperando muito pois o encanto da Meia conhecida no meio como a das Rampas, está precisamente na Meia e nas suas rampas.

E S.João das Lampas recebe-nos em festa., a par de outros anos. Dorsais levantados sem problemas, e depressa temos já os páraquedistas a cair do céu, perante o olhar atento da multidão, nos momentos que antecedem a prova.

Os atletas para a Meia partem e atrás deles aguardam os da Mini/Caminhada, entre eles eu, não sem pena de não estar entre os primeiros.

É dado tempo aos atletas da Meia para darem uma pequena volta por S.João, e se afastarem, e só depois (poucos minutos) a nossa partida é preparada e dada.

Na primeira fila, alinhada de novo com o meu pai que iria caminhar, deixo-me invadir por emoções: o desejo de estar entre os atletas da Meia que passam junto a nós, e saber o porquê de não poder estar, e mais forte ainda, ver lado a lado dois amigos de data não muito curta, que nos davam a partida: Fernando Andrade e Jorge Teixeira. Fotografia captada pela retina humana e retida no peito.

Partida dada e inicio a minha corrida fazendo-me acompanhar de forma espontânea por outra atleta de ritmo muito idêntico ao meu, apesar dela ter mais 21 anos que eu.

Vamos conversando e eis que as famosas rampas se fazem também sentir na Mini.

Enganada estava eu ao julgar que a Mini era para os fracos de quem não reza a história.

Surpreende-me agradavelmente a incursão numa estrada de terra e a passagem por lugares a exalar a animais domésticos e seu estrume, transportando-me para um patamar que julgava impossível de alcançar numa Mini.

Existe abastecimento a meio do percurso, completamente liberto de trânsito.

A minha colega ocasional da corrida vai falando e apresentando as terras e os lugares, pois é a sua terra.

Sinto as pernas doridas mas avanço com ela. Não a quero perder. A companhia torna esta corrida mais agradável, pelo menos hoje.

E de tão bom que estava a ser, que é com tristeza que vejo que a meta está já ali. Um beijo roubado ao amor que me espera, num júbilo repentino consequente da surpresa, e corto a meta com 24m10s, com o maior sorriso que consigo fazer.

Fácil a Mini da Meia de S.João das Lampas, não tanto por ser Mini, pois as rampas estão lá, mas provavelmente por isso mesmo: o prazer de correr esteve lá. Todo. Inteiro. Por pouco tempo mas esteve lá. Foi dado a todos que abraçaram este desafio, e por isso a Mini tem de continuar.

À meta dão-nos uma mochila, um boné, água, fruta, bolos regionais, batatas fritas, e outros produtos. Não esquecendo a t-shirt, com a qual tivemos de correr, e como prémio de participação está muito bem, não descurando nem esquecendo que toda a vivência proporcionada é sempre o melhor prémio, quase sempre invisível para os olhos.

Para o ano, quero voltar aqui mas, apesar de tudo de bom vivido na Mini, quero correr a 34ª Meia Maratona de S.João das Lampas em 2010.

Até para o ano

Ana Pereira
15.09.2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A Mini da 33ª Meia Maratona de S.João das Lampas

Fernando Andrade, o grande responsável pela Meia Maratona de S.João das Lampas, desde o seu início:
Na 33ª edição, eu à chegada a S.João das Lampas, com o meu pai:
Já equipada e preparada para a minha prova, momentos antes, com Jorge Teixeira, da Runporto:Alinhada na partida com meu pai, lado a lado, numa mesma corrida:
A preparar o cronómetro:
Partida dada:
Já pertinho da minha meta de hoje:
Fotos da prova em AMMA

A minha Mini da 33ª Meia Maratona de S.João das Lampas, hoje em imagens, amanhã em palavras.

sábado, 12 de setembro de 2009

Desafio: uma Meia em 36 dias

Não se pode renegar o que se é. Se em muitas áreas e situações, espaços e tempos, a pessoa é (isto ou aquilo) consoante as circunstâncias e até consoante a sua maturidade, vontade, estado de espírito, companhia, etc. do momento, já no que no sangue lhe corre, lhe preenche as veias percorrendo-as velozmente e faz bater o coração dando-lhe Vida, segundo após segundo, em permanente e constante cadência incansável, tornando-a na pessoa que é, a isso a pessoa não pode fugir. Não se pode renegar o que se é. Não se pode deixar de ser quem é.

E eu... deixar de correr, (como algumas vezes cheguei a considerar) seria deixar de ser eu. Missão impossível. Absolutamente indissociáveis: eu e a Corrida. Não sem lesar, ferir, sangrar, castrar, punir, mutilar. E isso eu não quero e não vou permitir-me (nem a mim própria sequer ou principalmente) fazer.

Por isso, e para ganhar motivação, proponho-me um desafio:

uma Meia Maratona em 36 dias

Aparenta ser tarefa fácil, se pensarmos que temos 36 dias para correr 21 km, mas não é, se soubermos que o que temos é 36 dias para preparar uma Meia Maratona a ser corrida até ao tempo limite por mim imposto de 2 horas. Difícil? Não é. Fácil? Bem... pelo menos acessível, razoável e sensato, é!

E se mais logo na 33ª Meia de S.João das Lampas, serei "obrigada" a alinhar apenas na Mini/Caminhada, daqui a precisamente 36 dias conto estar na partida da Meia Maratona Sport Zone e até, chegar à meta! Se com mais ou menos de 2 horas, isto só se saberá no dia. E até se aceitam apostas, que poderão ser feitas baseadas nos treinos aqui expostos durante escassos 36 dias...

E hoje, que faltam 36 dias, logo pela manhã levanto-me bem cedo, e enquanto repouso o olhar no sol que nasce todos os dias afinal, apesar de eu raramente assistir a tal maravilha repetida e única, corro lentamente 1 hora seguida. Fiz 1 hora de corrida contínua lenta. Dificuldades? Falaremos delas depois, ou talvez não.

Por agora, despeço-me e

Até mais logo querido diário, depois da S.João das Lampas...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Como uma toalha de mesa..." e "Os Cães"

Como uma toalha de mesa, lavada e fresca, a cheirar a sol, imaculadamente branca a mostrar ainda os vincos do ferro quente, que se tira da gaveta, sacode no ar, e suspensa aguarda cair sobre a mesa rústica de madeira maciça, para depois repousar e sentir as mãos macias da dona-de-casa a alisá-la, acariciando-a sobre a mesa, onde depois receberá louça bonita e colorida, e iguarias cheirosas e apetitosas, e onde haverá risos e conversas e olhares reveladores e cúmplices, e gotas de vinho vermelho como sangue, em descuido alegre e descontraído, assim está a minha vida. Momentaneamente calma, suspensa no ar, a adivinhar o descanso de repousar lisa sobre a mesa, antes de recomeçar a feliz azáfama.

Dizem que depois da tempestade vem a bonança. E é verdade. Nem que seja por instantes.

E agora assim me sinto. Por instantes que seja, como a toalha de mesa suspensa no ar, como fotografia que captou o momento e a fez parar antes de cair.

Os animais… mais concretamente no meu caso "Os Cães", por mais trabalho, despesas e preocupações que dêem (como os filhos), contribuem sem dúvida alguma para este estado. De paz e alegria, em que me encontro. Quem se lembra do Dipsy? Há 10 anos atrás… e hoje, de novo comigo…

No entanto e por enquanto, eu e ele também, cada um por razões bem distintas, no que a treinos e corridas diz respeito, o marcador insiste em não sair do ZERO...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


"Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.

Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.

Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre: quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses."

Ricardo Reis

Oh meu deus! Triste vida a dos deuses. Mantenha-me senhor, esta vida de Homem, salvo seja, digo... de Mulher! Que não quer pouco, que não quer nada e ainda assim ou por isso mesmo, é livre, e por isso tem muito e muito deseja também, e aí sim, Homem, é igual aos deuses, ou melhor que isso até.

Corridas e Treinos: ZERO!