Devagar, primeiro vieram as actividades extra curriculares da minha filha, logo de seguida as curriculares, e com elas inscrições, apresentações e reuniões, para além dos cordões da bolsa abertos para compras de material, pagar mensalidades, etc.. Eu própria experimento novas actividades e ensaio retomar antigas. O trabalho esse é já rotina de novo desde meio de Agosto. Aos poucos, estamos a prepararmo-nos para já a partir de 2ª feira retomarmos a Rotina sem grandes hipóteses de fuga, esse monstro que queiramos ou não queiramos nos consome, nos limita e condiciona por vezes de forma desesperante e absolutamente avassaladora.
E assim, sem saber ler nem escrever chego à véspera da 32ª Meia Maratona de S.João das Lampas. Chego… assim…
Algum medo. Alguma confiança. Pouco e ineficiente treino. Consciência. Serei uma entre muitas na partida.
A pisar o tapete depois de 21,097 5 Km não sei se serei, ou pior, em que condições será. Mas isso, nada nem ninguém tem garantias se e como chega. É ou não é verdade?
É-me possível. Tenho de adaptar o ritmo à minha (falta de) forma actual desde o início da prova. E acredito que cortarei a meta ainda dentro do tempo limite para a mesma, e que ainda terei alguém “à minha espera”.
Até amanhã
As minhas participações nesta prova:
2006 - 30ª edição: 2h00m (o meu cronómetro é que conta):
2005 - 29ª edição, 1h49m53s (como é que consegui????) - Não tenho imagens disponíveis, mas tenho as palavras escritas por quem fez a Meia de S.João das Lampas pela 1ª vez, apenas na sua 29ª edição, depois de ouvir muita gente a meter medo com a prova, que afinal se revelou deliciosa (para quem aprecia o género, claro). Ora, para quem tiver paciência, aqui ficam essas palavras:
Por Ana Pereira:
29ª Meia Maratona S.João das Lampas – 10 de Setembro de 2005
Chego a S.João das Lampas sem me perder (a sinalização na estrada já vai sendo melhorzinha) uma hora antes da prova.
Dorsal levantado com ordem e despacho. O ambiente é caloroso mas ordeiro. As ruas estão enfeitadas e grades, policiamento e a meta estão já prontos para receber os atletas pela 29ª vez.
Tenho o prazer de conhecer pessoalmente o Fernando Andrade e aperto-lhe a mão num gesto sólido de efectivo mas na maior parte das vezes banalizado e oco “Prazer em conhecer”.
A hora não é para muita conversa e depressa me perco no meio dos atletas que fazem o aquecimento.
“Faltam aproximadamente 5 minutos para se dar a partida!” – anuncia a organização que começa a nomear atletas de elite presentes na prova, mas dado algum esquecimento, resolve-se a situação dizendo qualquer coisa como: “
Daqui a nada será dada a partida! Logo se destacarão os atletas de elite, os de pelotão e os … (longa pausa de hesitação)… os que se atrasam mais! Mas todos eles serão vencedores!” – Bem rematado! Não deixo de sorrir pois a espontaneidade e naturalidade encantam-me, principalmente porque me incluo nesse 3º grupo de atletas difícil de definir, e que só eles sabem porque correm.
A partida é dada e o ambiente é festivo. A prova decorre com normalidade.
Bons e suficientes abastecimentos, percurso muito bem assinalado ao longo da prova, kms bem marcados, e apesar da prova ter apenas o trânsito condicionado em vez de cortado como seria o ideal, o facto é que a prestação da polícia foi excelente, pois ao longo de toda a prova esteve no meio do trânsito, efectivamente condicionado (só numa faixa nalgumas partes), e assim nos foi dada alguma segurança.
A passagem por S.João das Lampas ao km 13 é animadora, e nada deste mundo me faria desistir ali conforme me vinham amedrontando com o percurso antes até da minha inscrição!
Seguimos por terreolas onde o público nos apoia. Existem 2 postos de controlo, certamente em locais estratégicos (para mim, quisesse eu cortar caminho, e ainda lá devia andar às voltas perdida!).
A chegada à meta é excelente. Corto a meta a correr, sou fotografada e “mimada “ pela organização.
Pessoalmente estou satisfeita com o meu resultado e muito satisfeita com a organização desta prova em que tive a oportunidade de participar pela 1ª vez!
Os prémios de presença são perfeitamente satisfatórios: t-shirt bonita, produtos regionais, desde os ovos, passando por fruta e batatas fritas e acabando em bolinhos secos.
Pela ausência de atletas femininas tive a sorte (e não só!!) de ficar classificada em 4º no escalão (Vet. F), pelo que recebi uma bonita taça, umas lindas flores e ainda EUR 35,00. Mas este não é o Maior prémio com certeza. O Maior prémio foi participar e ser simplesmente muito bem tratada!
Fiz 1h49m58s, e esta Meia fez parte da minha preparação para a Maratona do Porto, não podendo no entanto considerar a marca como referência para a Maratona, dado as características específicas do percurso desta prova (constante sobe-desce).
Pessoalments gosto do tipo de percurso, e vai dar-me muito gozo lá voltar! Agora, depois de ver no terreno o trabalho conseguido, quero voltar a apertar a mão ao Fernando Andrade, dando-lhe os Parabéns pelo trabalho feito, e a maior força para a 30ª edição, onde conto desde já estar presente!
Ana Pereira, Setembro 2005
3 comentários:
olá ana
votos de uma excelente meia maratona. vai custar mas tenho a certeza que vai saber muito bem no final.
até breve
bjoca
ab
Boa sorte para amanhã!
Que bacana seus feitos! E que a próxima seja ainda melhor!! Bjs e um ótimo final de semana. Zá.
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