Incrementando o rol de mentiras e de verdades, que já se misturaram há muito nas página deste diário, e crescem desmesuradamente, rolando como bola de neve crescente, quando hoje ao meu comentário, no escritório, de que ia almoçar fora (ao contrário dos restantes 99% dos dias em que trago víveres que vou ingerindo bem repartidos ao longo das horas do dia), me retribuem ironicamente que devo estar a ganhar bem, replico eu com prontidão que esta noite rendeu bem.
Ai tivesse eu o estômago, e o arcaboiço (e outras partes do corpo e da alma) de uma outra Maria, a Maria Porto, (uma miúda do Porto, inteligente e sensível, que para enfrentar as dificuldades da vida enveredou por um caminho muito provavelmente doloroso e de compensação subjectiva e duvidosa) e não me debateria certamente com muitos dos meus actuais problemas mundanos.
Resta-me o hipotético conforto de pensar que muitos e maiores outros me atormentariam. Mas não estou certa. É tudo uma questão de estômago e esse sabemos nós, é um dos orgãos que mais facilmente se habitua a novos costumes. Esse, e outros. O pior mesmo é a alma.
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