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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Rosa

Às vezes não suporto. Não aguento. Não resisto. Não luto. Não venço. Não consigo. Não mereço. Não quero.

Fim de dia. Mesmo no fim, procuro os meus amigos cor-de-rosa que me inebriam os sentidos e me levam para a cama sem me fornicar, e que num afago doce e rápido me levam daqui, me devolvem sonhos, não dessa cor, mas vazios, porque melhor que muitos sonhos, é simplesmente não sonhar.

Estou cansada. Devia ter corrido. Não corri. A rotina, a rotina, a porra da rotina no meio do caos, mas que ainda assim é necessária manter. Quebrá-la sem quebrar gente como se de um vaso se tratasse não o consigo fazer. E da outra forma não o quero e não o faço. Por isso hoje não a quebrei, como não a quebrarei amanhã. E o vaso manter-se-á inteiro brotando dele uma rosa… linda e ... cor-de-rosa evidentemente.

Até amanhã

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