Pesquisar neste blogue

sábado, 5 de janeiro de 2008

Feliz Ano Novo!

“Ano Novo, Ana Nova” – diz-me um amigo.

Sorrio ao ouvi-lo, buscando a ingenuidade e pureza há muito perdida e resgatando a esperança trazida nos olhos dele, e acredito que exactamente às 24 horas do dia 31 de Dezembro de 2007, se vira uma página qualquer para além da do calendário e de novo acalento sonhos antigos e congemino outros novos a olhar o fogo de artifício no céu estrelado.

2008 – Ser real. Ser somente. Ser!

Sonhar, sonhar sempre. Mas para evitar frustrações desnecessárias, há que optar pelo realismo em oposição ao excesso de lirismo e de imaginação.

Por isso, meus amigos, o “grande” objectivo que tinha de tirar a desforra da minha desistência na última Maratona do Porto, no final de Fevereiro na Maratona de Sevilha, apagou-se como linhas a carvão em folha de papel de cozinha caída no chão sob uma chuva intensa incessante.

Os sonhos estão agora a salvo, a tinta azul de esferográfica em caderno de capa florida, .

Há sim e sempre, que sonhar, criar objectivos, lutar por eles, e tocar essa música toda que é muito bonita, mas há também que ter o cuidado de saber que os sonhos são realizáveis sem prejuízos que não queremos ter. Tudo na balança, há que haver equilíbrio, os sonhos num lado e o que eles nos exigem para serem atingidos no outro. Equilíbrio. Nos sonhos também. É preciso. E eu, neste momento, para realizar o sonho da Maratona de Sevilha, o prato do que precisaria para o alcançar está demasiado pesado. Tanto, que não posso com ele! Aliviei-o! Tirei a Maratona de Sevilha 2008, e logo a balança se equilibrou pois no outro prato diminuiu drasticamente a carga.

Sonhos e objectivos realistas, e “exigências” ao meu alcance. Ainda que com esforço, pois sem ele, insípida é a vida e a vitória.

Agora em Português: ajustei os meus objectivos às condições e circunstâncias da minha vida hoje. E hoje, não posso nem de perto nem de longe querer fazer uma maratona.

Mas afinal que objectivo tenho? – perguntarão.

- Ser feliz! – responderei. – O que não me parece que seja sem correr ou sem escrever, por isso…


"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada."


(Fernando Pessoa)

Sem comentários: