Faltam 42 dias para a Maratona do Porto
Quando há perto de vinte anos atrás, andava eu num curso intitulado "Detecção e Dissuasão de Alcoólatras e Toxicómanos", e num dos muitos trabalhos realizados em campo, perguntei a um viciado em drogas duras se ele tinha a mínima consciência que a sua conduta era uma forma de suicídio lento, ele, tranquilamente, como se tivesse todo o tempo do mundo, enrolando um charro, respondeu-me que não tinha pressa.
Penso nisto até hoje. Nem sei sequer se ele já chegou ao inevitável, sem pressas, como fez questão de mencionar, em tranquilidade num chão de uma casa de banho pública imunda de excrementos e sangue, ou talvez nos lençóis onde os pais o haviam de encontrar, se é que havia pais.
Isto para dizer que há muitas formas de nos suicidarmos, de nos deixarmos morrer, ou deixarmos que nos matem, aniquilando-nos, submetendo-nos sem força para acabar com tudo de vez, quer isso signifique viver ou morrer.
J.Henrich Fussli - Suiça - 1741 - 1825
É necessária uma acção. A indefinição é o limbo.
Não corri sexta, sábado nem hoje domingo. Este fim de semana teria sido dia de sessão longa. Não foi. Que estou a perder? Que estou a fazer?
Estou "assim" porque não corri? Ou porque não corri estou "assim" ?
1 comentário:
Olá!
Pois é há muitas formas de viver e de não viver! Mas a escolha, esse poderoso livre arbítrio, esse é sempre nosso!!!
às vezes temos é que estar atentos para os amigos anestesiados para os tentar acordar, porque senão nem se apercebem!
e corre... sempre... não te interrogues tanto! Será que vale a pena?
Beijinhos
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