Sábado, 14 de Outubro de 2006
Faltam apenas dez horas para a Maratona do Porto
A viagem para o Porto, a chegada ao hotel, a visita à feira, o levantamento dos dorsais, o rever amigos e conhecidos. Muito agradável. Sempre. Uma lição de Orientação, dada de forma absolutamente apaixonada pela modalidade, pelo Fernando Costa (foto de José Moutinho - obrigada)
Tem a Maratona do Porto um stand na feira de Apoio Psicológico ao Corredor. Um serviço disponibilizado aos atletas, que eu considero muito interessante. Jovens do Núcleo de Psicologia do Desporto e da Actividade Física, Instituto Superior de Psicologia Aplicada, muito empenhados no que fazem avaliam o resultado de um pequeno questionário que os atletas preenchem e falam connosco numa atitude que nos leva a rever e perceber o porquê de estarmos ali, os nossos objectivos, a nossa motivação, a auto-confiança, o apoio social e a ansiedade, e o que e como poderemos fazer para ultrapassar obstáculos que nos possam dificultar a prova.
O mais curioso é que se lembravam de mim! Como é possível? Recordo-me de facto do extraordinário empenho e dedicação da jovem que falou comigo no ano passado, Tatiana, que este ano está no México, disse a colega que conversou comigo hoje, Helena, uma jovem bonita de olhar meigo e expressivo e que foi igualmente extraordinária na forma de abordagem, pois no ano passado, durante a prova, não é que a Tatiana lá estava em vários pontos a puxar por mim, e no final voltou a falar comigo? Achei extraordinário!
No ano passado eu estava num estado totalmente oposto ao deste ano. Estava optimista, nervosa, ansiosa, agitada, animada, motivada, com objectivos específicos (melhorar a marca que se situa ainda nas 3h49m), e este ano estou… tudo o que é oposto ao anterior, o que pode não ser totalmente negativo.
Passo a explicar: se nada espero porque estou desanimada e desmotivada, estou também pela primeira razão, serena e calma. Sendo o único ponto positivo ainda uma boa dose de auto-confiança – sei porque aqui estou e sei que sou capaz - (é o que me safa….a ver vamos), posso utilizar essa calma e serenidade como um trampolim para me ajudar a fazer a prova.
Tentar desligar-me do cronómetro e usufruir do percurso e do ambiente. Serei capaz?
No questionário à pergunta “Quanto tempo pensa fazer?”, respondi 4h12m, mas acho que foi mais um desejo do que aquilo que realmente penso. É que quase tudo pode acontecer: correr tudo muito bem e fazer 4 horas, ou o caldo entornar-se e bem, e acabar literalmente a rastejar com o tempo perto das cinco horas.
Para o “caldo se entornar” o que é preciso? Que me arme em parva e ande a abrir nos primeiros quilómetros para rebentar a qualquer momento, num estoiro monumental e gatinhar até à meta a chorar por dentro e por fora.
Que fazer para evitar isso? Dosear o esforço, gerir o esforço. Dosear o esforço, gerir o esforço. Dosear o esforço, gerir o esforço. Dosear o esforço, gerir o esforço. Dosear o esforço, gerir o esforço. Dosear o esforço, gerir o esforço…
Vou dormir… Até amanhã
3 comentários:
Com que então, 4h 12m, heim?
Ganda mentirosa - 4h e 4 minutos fizeste tú, dando-me um bigode de 9 minutos!!!...
Parabéns, miúda!
Grande beijinho,
Álvaro
Óla Ana
então isso faz-se? deixar o Álvaro
para tras.
Ana isto é só para lhe dar os
PARABÉNS, fez uma EXCELENTE prova
AP
Ola Ana,
Atraves da Helena fui acompanhando os dias na feira e a Maratona. Muito obrigado pelas palavras e parabens pela gestao do esforco. Mais do que as "boas estrategias/conselhos" o importante e utilizar as ferramentas adequadas, e acho que isso foi bem conseguido. Mais uma vez parabens. Tatiana
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