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quarta-feira, 23 de agosto de 2006

O Rottweiler está solto.

Afugentou tudo e todos e hoje põe aquele ar bonzinho, pachorrento e inofensivo, também possível nos Rotweillers.

A presa, indefesa, fingiu não perceber enquanto todos os cães se afastavam, restando apenas aquele, pronto para a defender e sempre ao seu lado demonstrando uma falsa e hipócrita coragem, entrega e dedicação, depois de a todos morder e aterrorizar.

Aterrorizada ela, fingiu sempre acreditar na casualidade dos acontecimentos. E foi vendo, um a um, os cães que se faziam seus amigos, Pastores Alemães, Boxers, Cockers, Serras da Estrela e até rafeiros, se irem afastando um a um. Uns mais descaradamente alegando mentiras esfarrapadas, outros frontalmente evocando as perseguições caninas de que eram vítimas, e outros ainda optaram pela cobardia, desaparecendo simplesmente em silêncio.

Seu amigo fingido, depois de a todos afastar sobrou apenas e só ele. O Rotweiler. A presa estava só, vulnerável julgava ele. Ele espera que ela o valorize e ame pela sua prestação de falsa amizade, falso companheirismo e firmeza de sentimento e comportamento. Sozinho, sem rivais, julga que o caminho está livre e fácil.

Mas ela pura rafeira de gema não se deixa enganar. O caminho está cortado. Jamais ele chegará verdadeiramente a ela. Inalcançável jamais será sua presa de novo. Porque ela o conhece, demasiadamente bem, talvez como nunca devéssemos conhecer ninguém...

3 comentários:

euqrop disse...

Estranha a vida de alguem que se renega (não kerendo saber o valor que TEM), mas mais estanha pelo facto de valorizar alguem que fomenta essa renegação...

Alguem que destroi o que demorou uma vida a ser construido, não merece ser amado, mas sim desprezado

Anónimo disse...

A aprendizagem é sempre construtiva... embora, na altura seja dolorosa... O que interessa mesmo é sermos sempre autênticos... NUNCA nos deixarmos limitar por coisas passadas... Senão, para que serviu o sofrimento?
Aprendemos a ser melhores, mais tolerantes e plenos! E enriquecemos e perfumamos o ar à nossa volta!
O resto... é passado...
Beijinhos plenos!

Anónimo disse...

Na simplicidade e verdade mais que transcendente da vida, de nós...
Por muitos cães que a vida nos permita conhecer, o conjunto mais perfeito é qd se encontra um cão com a mesma raça, a mesma essência do outro. Sem isso, qualquer cruzamento supostamente possível não passará de ilusão. Apenas ilusão.