3ª feira, 8 de Agosto de 2006
Faltam 68 dias para a Maratona do Porto.
Peripécias, Tesouros e a Importância das coisas
Emerjo na mesma praia, apenas o dia vai mais avançado e o Sol já toca de novo o mar para nele descansar.
E eu? Corro pela areia molhada, maravilha da natureza. 47 minutos de corrida contínua apenas interrompida uma dezena de vezes para voltar atrás, baixar-me, colher tesouros e retomar o ritmo. Tesouros, autênticos tesouros depositados no areal limpo que agora tenho em casa ainda salgados a lembrar vida.
Cai já a noite, e o peixe é roubado ao mar para agora descansar morto na areia molhada. Hoje sou eu a amante despida banhada pelas ondas sem Sol. Este mar fresco que me afaga e ama. Melhor que o treino sem dúvida. Ou talvez o tenha sentido assim, precisamente porque tinha acabado de treinar. Tem destas coisas a vida. Se algumas coisas são tão boas e nos sabem tão bem, têm afinal uma razão menos boa que sem esta no entanto aquela não seria o que é!
Perder uma chave de carro num imenso e vazio areal quando a noite já sobre nós caiu e nos cobre totalmente não é coisa que se deseje a ninguém! Molhados, frescos e quentes dos beijos trocados, a roupa suada no chão, e um carro por abrir, fizeram o cenário da noite que durou até à uma da manhã.
Hoje, outro dia para correr.
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