Um adversário à minha altura neste momento: Ginja! Ainda não foi desta Ginja! Passaste-me na subida, mas depois foi ver-me voar por ti, que nem uma flecha! Claro que tive a ajuda da minha lebre!
A minha lebre nas últimas provas: Fonseca Santos... "obrigada Fonseca!"
Depois da prova, o almoço convívio
E depois do almoço, visita a padaria "caseira", escondida no quintal de uma aldeola, onde se pode comprar bom pão alentejano e bolinhos de fazer chorar por mais. Como é que se há-de emagrecer?
Ainda na Vidigueira…
A Vidigueira foi muito mais que uma Corrida. A Vidigueira para além da corrida em si, deu-me de novo a confiança em mim própria, no que sou e no que valho.
As pessoas que revi, que se mostraram reais e sinceras. Nos últimos meses muito tenho aprendido – aquilo que todos já sabemos mas que a melhor forma de aprender é passar por elas:
Os “amigos” que não o são. As duas caras e duas posturas: uma à nossa frente, e outra nas nossas costas. A imagem que se quer manter ao pé de nós, e a oposta quando não estamos presentes.
Hoje em mim, a desconfiança aguça-se e prima-se como nunca. Quando falamos raramente sabemos quem é a pessoa com quem falamos.
Amigos? Conto-os pelos dedos de uma só mão, e ainda sobram dedos.
O comportamento dos outros é coisa que nos ultrapassa. É pena e é triste é que as pessoas insistam em querer dar uma imagem do que não são. Mais genuíno seria retratarem-se ou então simplesmente absterem-se. Triste é quererem mostrar o que não são. E mais triste ainda é acharem-se mais espertos que os outros e acreditarem que podem manter duas posturas opostas consoante os interesses e saírem impunes, como se os outros fossem cegos.
Os amigos que o são (são?????) apenas quando julgam que de nós podem tirar benefícios. Os que alimentam o ego semeando palavras de um apoio que jamais tencionam dar.
É triste, imensamente triste…
Pouco resta…mas esse pouco que resta vale muito mais!
Mas nestes tristes episódios ganha-se também coisas boas! Pessoas que nos surpreendem. Pelo menos até ao dia em que hão-de falhar, como os outros.
Mas por vezes, no meio da tempestade, surge aquele alguém, e ainda mais aquele, que se mostra amigo, e que com o tempo quem sabe, conseguirá manter o estatuto.
Ontem, tive uma longa conversa ao telefone com….”um amigo”. Um nó na garganta, uma emoção revolvida e desenterrada das entranhas, uma comoção inesperada por descobrirmos o que valemos para alguém. O que a nossa postura vale, as nossas palavras, as nossas acções.
Tenho sido uma estúpida. O que valorizo, a confiança que deposito, as ilusões que creio reais.
Mas aprendo. Estou sempre a aprender. E não perdendo nunca a esperança no ser humano como ser racional capaz de amar, de se dar, ser genuíno, leal, fiel e coerente, assumido, quaisquer que sejam as circunstâncias, e não um verme viscoso e escorregadio que se contorce, esgueira e age conforme as conveniências e proveitos de que possa usufruir, aqui continuo eu, a escrever, a acreditar, a correr, a viver.
Por instantes de felicidade vale a pena continuar viva no meio da hipocrisia e da mentira que compõem o nosso mundo.
Como sempre tenho dito, se descobrirmos um único ser que valha a pena conhecer, que mereça a nossa sinceridade, sentimentos e entrega, não darei por perdido o tempo que gastei a descobrir centenas de vermes.
E se nos últimos meses conheci dezenas de vermes, também há esses seres que me fazem acreditar que vale a pena continuar neste mundo (no da Corrida e no outro)
E eu? Que sou eu para os outros? Não, não vou fazer a apologia de mim própria, usando palavras sem fim. Eu simplesmente, sou!
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