Da saga “Férias 2019”
Capítulo II
Os dias sem ti
6 de Agosto de 2019
Depois de teres sido levada pelos Bombeiros, depois da noite
mal passada, a saber tão pouco de ti, agarrados à tua camisa de noite e à fé que sendo tua, pedimos emprestada e nos foi concedida e nos deu alento, o dia amanheceu como sempre amanhecem
todos os dias: cheio de promessas e incertezas. Mas cinzento. Cinzento e triste. Tão triste, tão triste que juro que até o céu chorou. Lágrimas grossas, pesadas e silenciosas.
Sem ti, nós preenchemos o dia com um esforço fora do comum. Os dias e os espaços preenchidos, ainda mesmo quando nada mais podíamos fazer que esperar para saber exactamente o que se estava a passar contigo e o que iam fazer contigo.
Sem ti, nós preenchemos o dia com um esforço fora do comum. Os dias e os espaços preenchidos, ainda mesmo quando nada mais podíamos fazer que esperar para saber exactamente o que se estava a passar contigo e o que iam fazer contigo.
Aproveitar era o mote. Aproveitar! Disseste. Frisaste. Apelaste
com a tua voz dócil e debilitada. E nós ouvimos. E os nossos corações ouviram também e
mesmo apertados, muito apertados, aproveitámos e preenchemos os espaços e os
dias.
Mesmo sem Sol, mesmo sem certezas, porque na verdade as certezas não passam de uma mera ilusão para além do exacto momento em que vivemos, exactamente este em que escrevo e exactamente este em que me lês, mesmo sem tranquilidade, preenchemos os
espaços e os dias. E no cinzento do dia, demos por nós a sorrir…
Continua...
Continua...
1 comentário:
Está tudo bem?
Sabes que quando leio estes textos fico sempre apreensiva.
Beijinho Eugénia no
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