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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
A besta e a procura da cura "De todos os males"
Interessante e fantástica a nítida e clara sensação de sair do filme e passar para a plateia. Passar num ápice de actor a observador atento das personagens, seus actos e emoções. Ver a besta de novo regressar à penumbra, levando consigo filtros cinzentos que mostram uma vida opaca de formas desfocadas. À sua ausência, fica tudo de outra cor. O pano subiu de novo na Vida da rapariga. Nitidamente a besta evaporou-se. Por ora. Por ora está de novo adormecida, caiu no alçapão que ela tenta fechar com o peso do seu próprio corpo e nesta situação sente-se feliz por ele, o peso, ser considerável e conseguir vencer a besta, e pisa a tampa do alçapão, uma e outra vez e outra ainda, em saltos grotescos, pisando ainda dedos enegrecidos de unhas sujas e compridas da besta, que resiste à queda e ao fecho da porta que será selada ainda que tenuemente. Mas ela vence a besta. Por ora. Fecha o alçapão e não há agora vestígios dela. A besta foi de novo enclausurada. Por ora. A rapariga sente-se bem e faz de conta que não tem medo que ela volte, assim de repente, da mesma forma como agora desapareceu. Mas por ora foi vencida e ela, a rapariga continua sempre à procura, à procura da cura e por isso foi correr na noite fria. Sentiu-se viva e precisou correr depressa para se manter viva. Ritmo bem vivo para o seu corpo pesado. Quente a contrastar com o frio. Era mesmo do que ela precisava!
Correu 8 Km em 47m12s numa média de 5:53 / Km
Karpe Diem - "De todos os males":
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4 comentários:
É isso mesmo.
Força para muitas mais corridas.
Beijinhos
Muito bem, assim é que é...
beijinho
Gosto desse ritmo.
É assim mesmo. Liberdade é ultrapassar os obstáculos. É correr. Continuação de boas passadas.
O maior entrave não está no corpo. Está na mente :-) e o corpo é capaz de tudo.
Boas passadas.
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