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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A 36ª Meia Maratona Internacional da Nazaré

Passam os dias e as palavras não vêm, ou vêm atrasadas quando o sono já chega e lhes tira a vez, vencendo-as. Dia após dia, noite após noite. Mas não! Não vou deixar de escrever o que sinto e sei da 36ª Meia Maratona Internacional da Nazaré. É por demais importante e belo para me deixar vencer pelo cansaço e me calar. Então cá vai:
14 de Novembro de 2010
36ª Meia Maratona Internacional da Nazaré

Quando ela nasceu, eu era uma menina com cerca de sete tenros anos apenas. No entanto, já dava eu os primeiros passos na corrida inserida na equipa de Atletismo do Grupo Desportivo de Vialonga, e longe de mim, na Nazaré nascia aquela que é hoje a Meia Maratona mais antiga de Portugal: A Meia Maratona Internacional da Nazaré.

Se na altura nem sonhava nem sabia o que isso era (uma Meia Maratona), o certo é que uns bons anos mais tarde, a conheci. A conheci e a corri desde então, sempre que a vida me permitiu. Por ser A Mãe, como carinhosamente lhe chamam, e sentir nela um gosto especial da liberdade que desabrochou em forma de Associativismo em movimentos populares, dos quais destaco a Corrida para todos, na longínqua década de 70. Assim, como tantas corridas na altura, nascia a Meia Maratona da Nazaré. Que ficou. Até hoje. E correu-se pela 36ª vez. Com edições em que a participação foi muito superior (mais do dobro), este ano não deixou por isso de passar o milhar o número de participantes chegados à meta da Meia.

É uma corrida onde muitos acorrem e correm pelo misto de nostalgia e simbolismo. Nazaré, uma vila piscatória, das mulheres de sete saias, das varinas e dos pescadores, do peixe a secar, do mar revolto e implacável. E terra da Mãe das Meias Maratonas.

E foi assim nesta 36ª edição: numa manhã de céu cinzento a dar abertas ao sol teimoso, num domingo depois de uma semana de temporal a fustigar as gentes e as casas aqui nesta mesma marginal em que corremos, juntaram-se quase 2000 participantes, para correr a Meia, e participar na Volta à Nazaré e na Caminhada, eventos que decorreram em simultâneo e encheram as ruas de gente e de cor.

A prova teve uma boa organização no geral: Animação, percurso bem marcado, sem trânsito, abastecimentos de água (com excepção para o Km 15, onde a água não chegou para todos tendo valido a acção dos bombeiros e uma mangueira de onde brotava o precioso líquido para bocas sequiosas que nem a minha, cujo tempo de passagem aos 15 já marcava para um final com mais de 2 horas, que se veio a confirmar), boa assistência dos Bombeiros, controlo por chip, e os prémios de presença: t-shirt, um bom e rico bolo regional e prato pintado alusivo à prova.

Sem grandes planos a nível competitivo, Luís Ginja, do Grupo Desportivo Recreativo da Reboleira, foi o vencedor da prova com 01:09:3, seguido de Óscar Mendes, do Liberdade Futebol Clube, com 01:09:53, e de Carlos Santos, do Sport Lisboa e Benfica, com 01:10:09.

No sector feminino, Chantal Xhervelle do Machada Runners foi a vencedora com 01:24:57, seguida de Patrícia Ferreira, da Zona Alta, com 01:28:41 e de Patrícia Monteiro do A.D.C.C.J. Clark, 3ª classificada, com 01:29:36.

A Meia Internacional da Nazaré, se já viu melhores dias, pelo menos em termos de participação, continua a ser uma prova que recomendo. Bonita. Por dentro e por fora. Conto ainda ter lá muitas participações. Será bom sinal, para ela e para mim, e para todos que gostam mesmo de correr.

Parabéns a todos os envolvidos e que a Meia Internacional da Nazaré... continue de pé!

A vencedora: Chantal Xhervell

O meu amigo Joaquim Adelino em destaque no meio de pelotão, seguido de perto pelo nosso amigo Fernando Andrade que segue na sua peugada, logo ali atrás:
O prato de louça oferecido a todos que terminaram a prova:
A minha prova? Só vos digo: Eu já corro Meias outra vez!

Até domingo querido diário (se não for antes), domingo, dia de corrida de novo. Sempre. Enquanto houver pernas e corridas. E eu, lá estarei.

9 comentários:

Unknown disse...

Essa Meia Maratona deve ser mesmo espetacular!!!

A paisagem em Nazaré é belissima!

Parabéns pela prova!

Beijinhos do Brasil!

Fernando Andrade. disse...

Olá Ana
Parabéns pelo regresso às Meias. E logo à Mãe !Temos de novo Atleta.
Beijinho, Ana.
(olhe quem vem atrás do Adelilno, quem é?)

CANELAFINA disse...

Saudade de voce guria. E agora com este relato belissimo. Adorei o prato . Veja la no blog que quando corri até colonia de pescadores z3 postei foto ao lado de barco parecido com o do prato. Um abração do amigo corredor do sul do Brasil.

horticasa disse...

Olá Maria!
Sabes que o meu filho tem a mesma idade da meia da Nazaré? E que eu vivi lá muitos anos sempre a vela passar? Foi preciso sair de lá e ficar velhota para começar a correla? Pois é gostei do texto como sempre...
bjs eugenia

José Alberto disse...

Olá Ana,

Novamente nas "meias". Parabéns.

Força e alegria para continuar, é o que eu lhe desejo.

José Alberto

Unknown disse...

As coisas boas têm que ser partilhadas. Só assim podemos retirar delas tudo o que de bom contêm.
Estas palavras nunca são tardias!
Também para mim esta Meia é especial... foi a minha 1ª, em 1986!
Felicito-a pelo regresso!

Vitor disse...

Parabéns, esta de volta!
força Ana
bjos

ana paula pinto disse...

Oi Ana,


Bem...só te digo que o prato sempre podia ter outra fotografia:-)))
Foi só pelo homem que não fui:-))

(beijinhos)

Parabéns! Estás a voltar à tua boa forma.

C.C.D. "O Alvitejo" disse...

Embora também tarde aqui fica uma palavra de apreço pela sua coragem em voltar às meias maratonas e, como alguém dizia e, logo "À Mãe". Venham mais, certamente será a frase que lhe apetece dizer neste momento! Aqui fica uma sugestão de visita ao nosso blog http://alvitejo.blogspot.com onde temos mais de 1000 fotos desta prova. Veja e reveja e, tente-se encontrar. Saudações Desportivas do amigo João Fortunato (Alvitejo)