É preciso poupar. Poupa-se. Poupa-se. Lá diz a minha mãe que temos de poupar é enquanto temos, pois quando não tivermos, seremos forçados a "poupar" pois não tendo não gastamos. Teoria valiosa mas que caiu por terra com os cartões de crédito e a facilidade de novos e novos e novos créditos que nos entram porta dentro, colocando dinheiro nas nossas mãos, e que se podiam também chamar todos juntos: "Corda para te enforcares".
Pois como tenho telemóvel (tenho 1 (um), que me foi oferecido) e como tenho de poupar, tenho poupado nas chamadas que faço. Se fazia poucas, de há uns largos meses para cá, tenho feito muito menos. Quase quase apenas chamadas de emergência próximas das que justificariam um 112 por exemplo. Que o digam os meus amigos. Chamadinhas do tipo "Tás bom? Como tens passado? É só para saber se tá tudo bem contigo", etc e tal, acabaram-se pura e simplesmente, que o desgraçado do meu patrão não tem culpa de eu ser uma tesa (ou também terá a sua quota parte?) e não posso usar o telefone do escritório para conversinhas que não sendo da treta, não são propriamente necessárias.
Ora tanto tenho eu poupado nas ditas chamadas que chega um dia em que preciso mesmo de fazer uma, e o gajo (telemóvel) diz-me naquela voz irritante da gravação: "O seu cartão atingiu a data limite de carregamento. Por favor carregue o seu cartão. Pode fazê-lo nas caixas Multibanco ou … blá blá blá" Como se eu não soubesse como carregá-lo! De facto há imenso tempo que não o faço. Mas o que quer esta mensagem dizer? Deixa-me lá ver o saldo. Marca o visor: EUR 9.90. EUR 9,90!!! E não posso fazer uma chamada?! Ai pois não! É que tenho a modalidade de pagamento que obriga a um carregamento mínimo de EUR 25,00 de 3 em 3 meses, o que satisfazia perfeitamente as minhas necessidades e tal situação nunca me tinha acontecido: atingir os 3 meses sem gastar os 25 euros e ser "obrigada" a novo carregamento mesmo com saldo!
Mas que raiva! Quase 10 euros de poupança e olhem no que deu: não posso sequer enviar uma mensagenzinha! Novo carregamento? Pois, hei-de fazer um dia destes…
Silêncio. Remeto-me ao silêncio e poupo. Dinheiro, não palavras, que dessas tenho um baú cheio que abro e uso sempre que preciso e quero.
Pois como tenho telemóvel (tenho 1 (um), que me foi oferecido) e como tenho de poupar, tenho poupado nas chamadas que faço. Se fazia poucas, de há uns largos meses para cá, tenho feito muito menos. Quase quase apenas chamadas de emergência próximas das que justificariam um 112 por exemplo. Que o digam os meus amigos. Chamadinhas do tipo "Tás bom? Como tens passado? É só para saber se tá tudo bem contigo", etc e tal, acabaram-se pura e simplesmente, que o desgraçado do meu patrão não tem culpa de eu ser uma tesa (ou também terá a sua quota parte?) e não posso usar o telefone do escritório para conversinhas que não sendo da treta, não são propriamente necessárias.
Ora tanto tenho eu poupado nas ditas chamadas que chega um dia em que preciso mesmo de fazer uma, e o gajo (telemóvel) diz-me naquela voz irritante da gravação: "O seu cartão atingiu a data limite de carregamento. Por favor carregue o seu cartão. Pode fazê-lo nas caixas Multibanco ou … blá blá blá" Como se eu não soubesse como carregá-lo! De facto há imenso tempo que não o faço. Mas o que quer esta mensagem dizer? Deixa-me lá ver o saldo. Marca o visor: EUR 9.90. EUR 9,90!!! E não posso fazer uma chamada?! Ai pois não! É que tenho a modalidade de pagamento que obriga a um carregamento mínimo de EUR 25,00 de 3 em 3 meses, o que satisfazia perfeitamente as minhas necessidades e tal situação nunca me tinha acontecido: atingir os 3 meses sem gastar os 25 euros e ser "obrigada" a novo carregamento mesmo com saldo!
Mas que raiva! Quase 10 euros de poupança e olhem no que deu: não posso sequer enviar uma mensagenzinha! Novo carregamento? Pois, hei-de fazer um dia destes…
Silêncio. Remeto-me ao silêncio e poupo. Dinheiro, não palavras, que dessas tenho um baú cheio que abro e uso sempre que preciso e quero.
4 comentários:
“Muito se poupa por não haver”!
Também cresci a ouvir esta frase, Ana. Com ela a minha mãe procurava dar um sentido positivo à ausência da coisa.
Os tempos mudaram mas a míngua, essa malvada que a tudo resiste, não nos larga.
Cola-se à pele e não há detergente que leve! Assim, não devia de valer !
Beijinho.
FA
Pois é Ana torna-se quase um abuso, sermos obrigados a carregar quando ainda temos saldo. Por estes lados nada é diferente, só numa coisa eu tenho dois filhos, custa mesmo.
Beijocas
Fáttima
Olá Ana
ainda bem que de palavras está o baú cheio...
Um bom fim-de-semana.
Nem poupança nem silêncio!
Indignação, muita revolta e arrependimento por não ter seguido o caminho de muitos portugueses: a emigração!
Estou cansado de ser enganado, espoliado e até roubado!
Triste pela apatia, pela mediocrecracia, pela falta de sentido cívico!
Estamos de rastos, e pior sem esperança!
O futuro faz-me hoje! Não me venham dizem que melhores dias virão de braços cruzados.
Bjs
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