Há corridas que nos cativam e outras que não. Essa cativação deriva de factores diversos, bem sólidos e fundamentados uns, ou por simples circunstâncias e coincidências outros, e eis que a nossa opinião e simpatia sobre determinada prova se sustem, por vezes de forma injusta e quase sempre parcial.
Pois quando ouvi falar que se ia realizar pela primeira vez Alcochete a Correr, ao entrar no site da prova, fui de imediato chamada. Percurso plano, distância que me seria possível realizar (10 Km), caminhada e festa para levar familiares, valor da inscrição acessível e gratuita para crianças e reformados (na caminhada), o facto de parte do valor das mesmas ir para instituições de solidariedade, e as imagens. As casas e o Tejo. O Tejo a beijar Alcochete e Lisboa. Estavam criadas condições para Alcochete me cativar. Fui chamada e respondi.
E não me arrependi. Não sei quando nasceu a ideia, mas a prova que ontem viu a luz do dia pela primeira vez, numa data coincidente com outras provas, mesmo ali do outro lado do rio, mostra uma garra que admiro e que me faz apostar que o futuro é promissor. Aliás, a data para a 2ª edição é já anunciada: 7 de Junho de 2009.
Alcochete a Correr nesta 1ª edição esgotou as 1500 inscrições e juntou perto de três centenas de atletas que cortaram a meta dos 10 Km e cerca de 1000 participantes a caminhar.
A entrega de dorsais apenas até à véspera da prova (e não no dia da prova, apesar de ter havido uma dose de tolerância) habitua e prepara desde já os participantes para uma corrida de maiores proporções que por todas as razões acredito esta venha a ser.
O ambiente no dia da prova é bastante animado. Em pleno espaço do centro comercial, a céu aberto, música e animadores ajudam e promovem o aquecimento de todos. A partida foi dada com algum atraso face ao anunciado (9:30hrs). Atletas à frente, caminheiros atrás. Divisão eficaz.
Trânsito cortado, suficientes abastecimentos, percurso bem sinalizado e acompanhado com vários membros da organização em vários pontos de passagem. Pulseira de controlo. Quilometragem marcada quilometro a quilometro.
Prémios de presença satisfatórios e por escalão um mimo especial até ao terceiro classificado: uma escultura em casca de ostra, do artesão de Alcochete: António Saraiva Cruz, o flamingo de asas abertas, que me encantou especialmente. Para além disso vales de compras nas várias lojas do Freeport aderentes à iniciativa. Para além das viagens a Pequim para os primeiros classificados feminino e masculino.
Classificações rapidamente disponibilizadas no site da prova e uma rápida actualização do mesmo, com vista já à próxima edição.
Por tudo isto digo com convicção que Alcochete a Correr é meritória dos mais sinceros parabéns e de toda a admiração, e que não duvido que esta prova depressa se transforme numa referência importante no calendário dos atletas de pelotão e não só.
Alcochete a Correr cativou-me, e não foram apenas circunstâncias ou coincidências as responsáveis. Nem apenas o Tejo a beijar Lisboa e Alcochete nem o meu coração a mergulhar no Tejo e a emergir pleno avistando as pontes e construindo outras. Foram sim os factos e argumentos sólidos em que sustento este texto, e que de forma imparcial me permitem dizer que a organização está de parabéns, que fez um excelente trabalho e que esta é prova que recomendo sem qualquer sombra de dúvida.
Parabéns Alcochete a Correr! E que venha a 2ª edição!
Ana Pereira
1 de Junho de 2008
4 comentários:
olá Ana
parabéns pela prova. as imagens e as imagens trazidas pelas palavras dão vontade de correr.
obrigado por isso e pelo magnífico relato.
alcochete é uma terra boa e merece ter uma excelente prova. quem sabe em 2009 ...
um beijinho e até breve
ab
Os meus sinceros parabens pela prova, sem treinar é um tempo muito bom.
Nasceu para correr (ah ah)
(não leve a mal, estou a brincar só em relação a esta frase)
Aqui vai um endereço novo de corridas que me enviaram
http://corrida.net.googlepages.com/
Bjs
J.Lopes
Olá Ana!
Parabéns pelo desempenho e pelo relato desta nova prova.
Bela competição que poderá, pelas suas características, vir a ser uma prova de referência na região.
Luís Mota
Que bom é ver a Ana de novo "abraçada" ao seu amor (que por vezes nega, ou se não nega, duvida).
Está-lhe no sangue! Mesmo que assobie para o lado, fingindo que está noutra, há um reencontro ao virar da esquina.Renasce o bem estar na corrida e na vida. E tudo à sua volta sorri.
Ei-la sem frio, porque corre e porque é a correr que vive.
Beijinho, Ana.
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