Em mais de 2 anos, muito poucas foram as vezes que comentários deixados no blog me fizessem escrever um “post”.
Mentiria se dissesse que não gosto de receber comentários ou que os mesmos me são indiferentes.
No início do blog, por ignorância e ingenuidade minha, todos os comentários eram aceites, em automático, assim que qualquer pessoa os escrevesse. Depressa me apercebi que o anonimato dá “coragem” a muita gente e o mundo está cheio de brincalhões. Passei apenas a permitir comentários que careciam da minha prévia aprovação para ficarem (ou não) visíveis no blog. E assim está até hoje.
Por cada comentário recebido, sou avisada por email, e a partir daí leio, e aprovo ou não aprovo.
Uma espécie de censura alegada e criticada pelos brincalhões que assim vêem as suas brincadeiras limitadas. Apenas limitadas. E digo apenas limitadas porque últimos comentários recebidos (e não aceites, com excepção do último no “post” anterior), me levam a reflectir sobre os comentários e a minha postura sobre eles.
Se por norma não aceito, ou não gosto de aceitar comentários anónimos, tipo:
“olá linda, tenho saudades tuas!!!”
“Olá Ana, pelos teus últimos Posts, parece que a tua vida vai mudar!! Espero que para muito melhor!! Muitos Beijinhos!!!!”
e outras frases soltas, o que lhes dá outra postura? Uma assinatura? João? Carlos? Manel? Maria? Francisca? Dará uma palavra no final do comentário, uma maior credibilidade e veracidade ao mesmo?
Questiono-me. Alimentará o meu ego? É por isso que continuo a aceitar comentários? Que importância tem um José ou uma Cristina que escreve a transmitir-me seja lá o que for? Terá importância o nome? A assinatura que aqui não é mais que um conjunto de teclas pressionadas? Questiono-me.
Os comentários são fundamentalmente uma possibilidade de interacção com quem lê. Acho que é isso. Interacção com quem lê, e até a interacção entre os comentadores. Uma possibilidade de comunicação. Uma porta aberta. Que como tal, também deixa entrar lixo, cabendo-me a mim varrer. Varrer a casa.
Respondo directamente aqui ao comentador do último “post”, e que aprovei propositadamente:
Se vou ao Porto? Claro que vou ao Porto! Estou a morrer de saudades! Poderia lá eu deixar de ir ao Porto?!Não aguento muito mais!
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