Não falto às Quintas de Estrada (mentira, às vezes falto). Ajudam-me na busca constante de um necessário equilíbrio. Só isso. Só isso como se "isso" fosse pouco ou banal. Ajudam-me a seguir nos carris. E eles, os carris, ali tão perto, molhados da chuva ou simplesmente da humidade da noite, brilhantes e reluzentes sob as luzes dos candeeiros de iluminação pública, e por vezes tão tentadores (demasiado) ao som de cada comboio rápido que passa e apita ao aproximar-se, primeiro ao longe e depois a invadir-nos os tímpanos com aquele som metálico, frio e fatal das rodas sobre os carris, num ritmo frenético, regular e impiedoso.
São assim as Quintas de Estrada. Entre a linha do comboio e o Rio Tejo com os seus casais de patos, a levantarem voo ou pelo contrário a aterrarem. Juntos. Sempre juntos, fiéis por uma vida. Às vezes gostava de ser um pato.
Apesar de só constarem três nas fotos, na verdade hoje estiveram lá meia dúzia deles. A correrem como patos entre a linha do comboio e o Rio Tejo e foi sem dúvida ou hesitação, um excelente começar de dia.
2 comentários:
Mais um excelente treino e um excelente texto num blogue que (e me desculpem a sinceridade e frontalidade) é dos melhores, senão o melhor, blogue no que respeita à qualidade literária de toda a blogosfera corredora!
Beijinhos "piquena".
Que bom, Esses treinos em companhia, até parece que corre melhor o dia... corre mesmo melhor o dia quando se vai assim logo de manhã, para quem não é preguiçosa, euzinha!...
beijinho
Enviar um comentário