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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Dia 7

Outubro

2012

Treino ao fim do dia: 8 km em 51m55m

às vezes tenho medo de morrer

não da morte em si, do momento, da dor, do desconhecido, embora confesse e admita que também

mas principalmente tenho medo de deixar a minha filha, assim, com quinze anos mal criados e muitos mais como se espera, sem mim.

não que eu seja alguma coisa de jeito, fundamental ou essencial para alguma coisa

mas alguma diferença faço...

assim eu queira

e EU QUERO


por isso tenho medo de morrer

mas só às vezes

a maior parte do tempo nem penso nisso

só vivo


Boa semana para vocês, eu quero ver se volto a treinar na 3ª feira, e vou convidar um amigo, acho que lhe faz bem a ele, e a mim também

12 comentários:

Ser Saudável... Sim! disse...

Como eu te percebo, tambem tenho esse medo. Mas quando esses pensamentos vierem, temos de os afastar, dê por onde der.
Um beijinho

Jorge Branco disse...

Também comungo dos mesmos sentimentos e embora não tendo filhos e não sendo nada de jeito penso que ainda faço falta a algumas pessoas!E gosto muito da vida, embora as vezes ande muito zangado com ela!
Não é a dor que nos atormenta mas sim a memoria da dor ou seja se tivermos muitas dores mas perdermos a memoria delas esquecemos o sofrimento que tivemos e o mesmo deixa de existir para nós.
Partindo do principio, em que eu acredito, que para além da morte não existe nada não vamos ter memorias desse momento por isso não haverá sofrimento.
Mas confesso que apesar de todas a minhas convicções há sempre uma pontinha de incerteza se a coisas serão mesmo assim o que provoca um certo receio pelo desconhecido da situação.
Por muito que se conte, por muito que se fale na morte só teremos certezas quando ela ocorrer connosco. Mas o mais certo é não termos certezas de nada pois vai ser "apenas" um apagar dos "circuitos" e o fim de qualquer memoria!
Enfim estou para aqui com filosofia barata.
Boa semana Ana.

horticasa disse...

É sempre bom pensar e falar nisso, pelo menos com os filhos, para os preparar para as surpresas da vida...
Mas na maioria das vezes o melhor é mesmo não pensar e viver... beijinho

E disse...

às vezes eu brinco dizendo que depois que a gente tem filho nem morrer sossegada pode:)

gosto da corrida, entre outras coisas, porque correndo me sinto ainda mais viva!

bjks

Mité disse...

Oh Ana, todos somos assaltados por esses medos, ninguém escapa
e todos somos importantes para alguém, não te desvalorizes, tu embora amiga de te auto flagelares ,sabes que tens muitas qualidades… que tens a tal filha que vais ver crescer, e que és muito importante para muita gente, onde eu me incluo!

Eu sei, no dia 7 pensaste assim, hoje pensarás outra coisa (espero)
todos temos dias assim, enfrentá-los e passar à frente faz parte da vida!

Ninguém disse que viver é fácil, o importante é saber viver os momentos bons e ultrapassar os maus!

Um beijinho grande, adoro-te !

Corre como uma menina disse...

Eu acho que na maior parte das vezes as pessoas também preferem viver sem pensar muito nisso. Mas é uma parte inerente à nossa condição, está sempre ali...
Um pai deve ficar ainda com essa preocupação maior, de deixar um filho.
Mas ainda tens muito para correr.

Beijinhos

Anónimo disse...

Como te entendo mas a Mafalda está com 15 anos (jura?) e tu és uma moça ainda agora entrada nos 40, afinal porquê os medos?
Imagina um tal de corredor já cinquentão e com uam filha de 8, afinal como como eu percebo os teus medos...
O melhor mesmo é nem pensar, é como correr, um passo de cada vez e acreditar sempre que mais uma meta está ali ao virar da esquina.
Abraço amiga,
pai da Vitória

Joana (Palavras que enchem a barriga) disse...

Olá Ana!

Sabes, eu nunca tinha pensado muito nisso até me ver numa situação em que pensei mesmo que ia morrer. E naquela altura não te sei explicar, eu só pensei 'Vou morrer' e nem consegui pensar em mais nada.

Entretanto como estudantes de Medicina assistimos a pessoas a morrer e é muito perturbador. O ano passado a doente que eu seguia morreu e foi reanimada, e depois disse-me que não viu nada: não viu luz, não viu o marido, não pensou nos netos, nada. Simplesmente sentiu uma dor incrível e depois acordou.

Enfim, para te ser muito sincera é um dos (poucos) assuntos que eu sinto que não tenho nada bem resolvido na minha cabeça (e penso até que isso se nota na maneira como falo do assunto, com uma data de frases desconexas), mas julgo que a idade me permitirá reagir com alguma serenidade em relação a esse assunto. Pelo menos assim o espero :)

Beijinhos e tem uma boa semana :)

S* disse...

Não penses nessas coisas... vive e desfruta.

Zen disse...

Ana
É corajoso estares aqui a de um assunto que a maioria evita falar. A nossa sociedade actual "relaciona-nos" mal com a morte, não nos ensina a integrá-la como fazendo parte da vida. Esconde-a dos nosso olhos, evita o luto, o culto da memória, entre outras coisas que os nossos antepassados, até pela vulnerabilidade da vida nesses tempos, praticava diáriamente. Depois, estamos num período de grande incerteza e isso ( ajudado por muitos manipuladores é certo) promove uma "cultura do medo", estamos mais fragilizados. Neste contexto, quem tem filhos, chega a uma determinada idade como nós, tem familiares idosos ou já os perdeu, viu colegas e amigos desaparecerem ( aqui no meu trabalho tem sido uma razia), fica mais sensível a estes pensamentos, emergem e muitas vezes dominam-nos por longos períodos. Costumo dizer: não tenho medo da morte, tenho medo do medo da morte. Beijinhos

Meadas Soltas disse...

Acho que todos nós pensamos na morte de vez enquanto e nos que deixaria-mos se isso acontecesse ... na falta que lhes fariamos ... tb penso que não sendo nada de jeito ... faço jeito aos meus pequenotes e quero acreditar que como todas as mãe posso fazer alguma diferença na vida deles. Por isso não gosto nem de pensar nisso ... e vou vivendo na esperança de chegar a ver bisnetos :) quem sabe trisnetos :)))
Beijinhos

C. disse...

o meu medo é não aproveitar a vida ao máximo enquanto posso.