Com organização a cargo
da HMS Sports Consulting, em conjunto com a
EGEAC, apoio da Câmara Municipal de Lisboa e diversos patrocínios de vulto, esta
1ª Corrida de Santo António tinha todas as condições para apelar à participação das massas e ser o sucesso que foi, com o número de chegados à meta a ultrapassar o milhar.
Com os EUR 8,00 do valor da inscrição, os atletas tiveram direito a um percurso totalmente fechado ao trânsito, bem marcado, com breve incursão no seio de Lisboa, pelas ruas da Baixa Pombalina e Praça do Comércio, onde estava situado o secretariado, Partida e Chegada e Pódio, para se estenderem pela Marginal junto ao Tejo, correndo no sentido do rio, para depois de um retorno onde não existia tapete de controlo de chip, fazerem o caminho inverso em direcção à Meta.
Dois abastecimentos ao longo do percurso, assim como na Chegada, boa organização na entrega de dorsais, partida e chegada, suficiente animação e de uma forma geral, esteve tudo muito bem.
Bom apoio com divulgação e informação actualizada em
site próprio, onde rapidamente depois da prova se pôde consultar a classificação individualmente e inclusive obter Diploma com tempo e classificação.
Marcação dos quilómetros ao longo do percurso. Boa vigilância de primeiros socorros, pela Cruz Vermelha Portuguesa.
Prémios de presença: t-shirt técnica, manjerico, bebida isotónica e água.
Prémios por classificação: apenas para os 3 primeiros da geral, no sector Feminino e Masculino, Troféus e saco com lembranças
Uma corrida rica nesta época dos Santos Populares, que tecnicamente esteve suficientemente bem (e a falta de controlo no retorno?) denota e manifesta também, muito especialmente, um cuidado para com o atleta, premiando-o com o famoso Manjerico, tão apreciado e de forte símbolo nas Festas deste Santo Popular: Santo António de Lisboa, os dorsais com nome próprio, o Diploma disponibilizado, num conjunto de pormenores que alicia o atleta de pelotão.
Por tudo isto, está pois de Parabéns a Organização
Ana Pereira
04 de Junho de 2011
A minha Corrida de Santo AntónioEu estive feliz. Voltar a Lisboa tem um significado especial para mim. Lisboa é uma cidade muito bonita. Muito bonita mesmo! Invade-me uma alegria intensa ao saber que vou correr ali, naquelas ruas cheias de vida e azáfama durante a semana, e agora ao sábado com outra vida. A que os turistas lhe dão e que os portugueses esquecem de dar, pois Lisboa é digna de se passear nela e absorver todo o misticismo da cidade, dos monumentos, das ruelas, das tascas, das gentes!
Cheguei cedo. Levanto o dorsal e vou tomar café ao café mais antigo da cidade ainda em actividade:
O Martinho da Arcada, onde surpreendentemente o café custa ainda EUR 0,50 e o ar que se respira lembra os poetas e boémios que por lá passaram.
Reencontro amigos. Cai uma carga de água. Valem-nos as Arcadas da Praça do Comércio para nos abrigarmos. À hora da Partida já o S.Pedro tinha feito as pazes com o Santo António e a chuva tinha parado.
Parto entre amigos. Na cauda do pelotão. "Eu vou devagar" - diz o Carlos. "Eu vou depressa!" - respondo-lhe eu, apressando-me a explicar que provavelmente o meu depressa era mais devagar que o devagar dele e que apenas significava que eu ia dar... o que pudesse. Fomos juntos, eu, o Carlos e o Pinho. Apanhámos a Eugénia que tinha partido mais à frente. Vamos passando gente. Deixamos a Eugénia para trás, depois o Pinho e por fim o Carlos me incentiva a ir para a frente, pois afinal o devagar dele era de facto mais devagar que o meu depressa, e sensivelmente pelo Km 6 corro sozinha entre centenas. Avisto o João Lima, no seu equipamento amarelo. Esforço-me por o apanhar. Mantenho o meu ritmo mas vou em esforço. Bastante esforço, embora controlado para os 10 km. Quando apanho o Lima, ele ia "devagar" e eu simplesmente me sentia bem e continuei no meu ritmo até à meta. Muito feliz. Sentir-me "bem", correr bem e terminar os
9,970 Km em
52:22, numa média de
5:15 / Km, foi para mim absolutamente fabuloso. Estou feliz.
Recebo o Manjerico, o saco com água e Isostar, e reencontro de novo os amigos que não demoraram muito a chegar. Estamos todos bem. Felizes por mais esta prova. Alongamos, conversamos e prometemos novos encontros, novos caminhos e novas Metas. A
Maratona do Porto em Novembro está sempre em mira, mas eu ainda não me decidi... uma Maratona exige muita dedicação durante muito tempo (3 a 4 meses), e eu não sei se estou disposta a isso...
Adorei esta prova, nem tanto a prova, mas a minha prestação, a minha corrida, a minha vivência, o meu sentir foi bestial, fabuloso, e é para isso que eu corro: sentir-me bem, sentir carinho e amizade também, rever Amigos, e fruto disso tudo misturado, um bem-estar ... inigualável.
Boa semana para todos e até já querido diário
Algumas imagens:
A brincar aos pódios:
Fernando Andrade, eu e Carlos Coelho:

Agora também com
João Lima:

O meu pai:

Antes da Corrida, já equipada:

Ainda antes da prova, com Carlos Coelho e António Pinho:

Com meu pai:

A chegar à Meta, feliz e contente:

Depois da prova, com Zé Gaspar:

Com António Pinho e os Manjericos, claro, que aroma intenso! :

Já só, a alongar, com o prémio ao lado, sem o perder de vista:

Os fotógrafos: Zé Gaspar e António Melro, que nos trazem imagens que registam momentos irrepetíveis, que gosto sempre de recordar:

Muitas mais fotos na
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