Como uma toalha de mesa, lavada e fresca, a cheirar a sol, imaculadamente branca a mostrar ainda os vincos do ferro quente, que se tira da gaveta, sacode no ar, e suspensa aguarda cair sobre a mesa rústica de madeira maciça, para depois repousar e sentir as mãos macias da dona-de-casa a alisá-la, acariciando-a sobre a mesa, onde depois receberá louça bonita e colorida, e iguarias cheirosas e apetitosas, e onde haverá risos e conversas e olhares reveladores e cúmplices, e gotas de vinho vermelho como sangue, em descuido alegre e descontraído, assim está a minha vida. Momentaneamente calma, suspensa no ar, a adivinhar o descanso de repousar lisa sobre a mesa, antes de recomeçar a feliz azáfama.
Dizem que depois da tempestade vem a bonança. E é verdade. Nem que seja por instantes.
E agora assim me sinto. Por instantes que seja, como a toalha de mesa suspensa no ar, como fotografia que captou o momento e a fez parar antes de cair.
Os animais… mais concretamente no meu caso "Os Cães", por mais trabalho, despesas e preocupações que dêem (como os filhos), contribuem sem dúvida alguma para este estado. De paz e alegria, em que me encontro. Quem se lembra do Dipsy? Há 10 anos atrás… e hoje, de novo comigo…
No entanto e por enquanto, eu e ele também, cada um por razões bem distintas, no que a treinos e corridas diz respeito, o marcador insiste em não sair do ZERO...
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