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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Almonda, o rio, e O Agora e o Amor

Jamais houvera conhecido o Amor. Nem mesmo no tempo em que o procurava, em buscas incessantes como se disso dependesse a sua felicidade e a sua vida. Encontros furtivos de relações fingidas sim, dessas ela teve, mascaradas e vestidas de aromas coloridos que satisfaziam necessidades assim alimentadas. Vestidas de papel borrado, onde as cores se esbateram e misturaram umas nas outras até formarem um padrão medonho, e desfeitas por lágrimas abundantes que correram em cascatas. Ou suspensas sob olhos secos, embalados num gemido baixinho, contínuo, quando as lágrimas se esgotaram e o rosto se contorcia num espasmo já involuntário.

Um dia, quando já o deixara de procurar, e o Amor se vestia de desesperança, ela encontrou-o. Assim, num mundo que ela julgara inexistente, sem querer, ela tropeçou nele. Sem artifícios ou máscaras, ele se lhe apresentou, despido e belo como só o Amor pode ser. E ela apaixonou-se. Profunda e intensamente ela amou. Respirava Amor quando inspirava e libertava-o quando expirava. Por uma vez na vida chegara a hora dela ser feliz. E foi-o. Muito. Com ele.

Foi então por essa altura, assim num dia soalheiro também do mês de Julho como este, que ela soube que estava a morrer. Mas por estranho que pareça, isso não lhe doeu. Queria apenas viver. Viver. Agora. Agora mesmo enquanto escreve e tu a lês. Sempre fora assim afinal a vida, instantânea e breve, e ela nunca reparara. Não temos mais para viver do que o Agora. O Agora e o Amor…



E já no próximo domingo, dia 12 de Julho e organizada pela

União Desportiva e recreativa da Zona Alta - Torres Nova
s,

realiza-se a

VI Corrida do Almonda

Regulamento

Almonda, um rio
que nasce na Serra De Aire a 5 km a noroeste de Torres Novas, perto de Almonda, aldeia baptizada pelo rio com o nome deste, e de Casais Martanes.

Com um percurso de apenas 30 quilómetros, atravessa os municípios de Torres Novas e da Golegã, onde desagua no Tejo, para muitos quilómetros depois vir ter ao mar, na magnífica cidade de Lisboa.

E o Agora e o Amor levá-la-ão a Torres Novas, para correr 7 Km apenas, desde que ainda haja Agora e desde que ainda haja Amor. Até agora, sem treinos para além dos raros que sempre se anotam neste blogue, note-se e diga-se de passagem.

4 comentários:

Fernando Andrade. disse...

O Amor Agora, o ódio nunca.

Olá Ana. Que bem sabe lê-la.
Beijinho.
FA

Anónimo disse...

Lá estaremos.

Um abraço.

José Carlos Jorge

Duarte Gregório disse...

boas,
boa prova para os "apenas 7km" da prova,
Bjinhos

Anónimo disse...

Olá Maria
diverte-te e desfruta desses 7 km como se fossem os últimos que te fossem permitidos correr.
Muito bom sempre saborear as tuas palavras.
Beijinhos também para a Ana.
AAlmeida