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sábado, 29 de novembro de 2008

Sábado






Porque hoje é sábado e como mais uma vez não me apeteceu correr, e antes os apetites foram os de pegar na "Poesia Completa" de Florbela Espanca, e de livro debaixo do braço, na esperança de partilhar esta alma que à vezes parece a minha ou a minha a dela, com amigos, conhecidos e desconhecidos, assim me sentei num lugar à mesa, na




Pedi para me fazerem um chá novo, quente e aromático, pois já tinha deixado arrefecer o que me tinham mandado servir, abri o livro e comecei a ler, fazendo de conta que estava só a fazer de conta falando de mim.


Os amigos ouviram-me. Atentos e felizes alguns por me verem de novo. Sabendo ou não do que eu estava a falar ao ler Florbela Espanca, mas ainda assim sorriam-me, ouvindo-me:



Eu ...



"Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

Sou a irmã do Sonho,e desta sorte

Sou a crucificada ... a dolorida ...



Sombra de névoa tênue e esvaecida,

E que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte!

Alma de luto sempre incompreendida!...



Sou aquela que passa e ninguém vê...

Sou a que chamam triste sem o ser...

Sou a que chora sem saber porquê...



Sou talvez a visão que Alguém sonhou,

Alguém que veio ao mundo pra me ver,

E que nunca na vida me encontrou!"



Florbela Espanca

1 comentário:

joaquim adelino disse...

Olá Ana

"Do pequeno livro dos pensamentos"
=Sobre Vida=

Existem bons e maus momentos na vida, não se esqueça que amanhã será outro.

Faça com que as coisas mais belas da sua vida sejam ACTOS e não apenas palavras;
sejam factos e não apenas desejos.

Faça da sua vida um sonho, do sonho uma saudade, da saudade uma realidade e da realidade uma verdade.

Há duas coisas a desejar da vida: primeiro, conseguir o que você quer e depois usufruir o que você tem. Só os muitos espertos conseguem a segunda.

Há três tipos de pessoas que têm sorte na vida: as que querem, as que perseverem e as que sabem amar de verdade.

Nada pior na vida do que desejar o impossível e lamentar não ter feito o possível.

Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias.

(Harry Benjamin)