Em resposta a um simples mail, sou presenteada com estas palavras:
"Olá Ana
Continuas com uma escrita como se estivéssemos os dois sentados numa esplanada qualquer à beira do Tejo a falar das nossas vidas como dois bons amigos, ou desconhecidos que a causalidade e a urgência da palavra uniu por instantes.
Oiço-te como se estivesses a poucos metros de distância e adivinho-te as expressões e gestos nos quais quase denuncias as emoções que sempre receias revelar por pavor da ruína das convicções que te protegem. É com esta introdução quase “literária” que enalteço a tua alma de escritora que julgo devias continuar a estimular e a desenvolver. Sugiro-te que não desistas daquilo que melhor te faz entender aquilo que és: a escrita!"
do meu amigo ZEN
Levo à boca o último trago de café, repouso a chávena na mesa e recosto-me na cadeira olhando o rio e a outra margem. Apreciei especialmente este café. Quente, negro e forte. Reconforta-me. Fazia já bastante tempo que não passava assim, minutos que fossem, parecendo horas, olhando o rio, as gaivotas, as pessoas e o outro lado. Lisboa ou Almada, que importa? A minha casa é uma jangada e o rio o meu quintal que entra pelo mar e me leva até onde eu quiser.
Amigos que se chegam e querem saber dela, se está de boa saúde, se já faleceu e não avisou, se tem corrido, se vai correr, se quer correr. Um sem número de questões provocadas pela ausência dela, ou por simples circunstâncias. Mas ela tem estado sempre ali, a olhar o Tejo a correr.
Pois, desiludam-se os que a acham maçuda, de estilo nauseabundo, se pensaram que este blog se ficaria naquela meta volante e mais obscenidades não teriam oportunidade de ser lidas, que cada vez que por engano carregarem no link (só poderá ser por engano) ali ela continuará! A correr. A deixar sair palavras dela, escorregando-lhe pelas mãos e na ponta dos dedos formando frases. Repetidamente. Até ao infinito. Reinventando cada passo como se fosse novo, pois de facto é. Com as pernas, com os olhos ou tão só com o coração, ela continuará a correr. Aqui... e ali.
Amigos que se chegam e querem saber dela, se está de boa saúde, se já faleceu e não avisou, se tem corrido, se vai correr, se quer correr. Um sem número de questões provocadas pela ausência dela, ou por simples circunstâncias. Mas ela tem estado sempre ali, a olhar o Tejo a correr.
Pois, desiludam-se os que a acham maçuda, de estilo nauseabundo, se pensaram que este blog se ficaria naquela meta volante e mais obscenidades não teriam oportunidade de ser lidas, que cada vez que por engano carregarem no link (só poderá ser por engano) ali ela continuará! A correr. A deixar sair palavras dela, escorregando-lhe pelas mãos e na ponta dos dedos formando frases. Repetidamente. Até ao infinito. Reinventando cada passo como se fosse novo, pois de facto é. Com as pernas, com os olhos ou tão só com o coração, ela continuará a correr. Aqui... e ali.
Até muito breve
nota: obrigada ZEN por enriqueceres este espaço
4 comentários:
Ana
Continuaremos então sentados à beira rio a ver a corrente levar-nos as palavras até ao infinito.
Saúde e afectos o resto são "pequenos nadas" com que "decoramos" ( as vezes com mau gosto) os dias.
Fica bem.
hallo maria!
por onde corres tu?
Olá Ana, seja bem vinda! Muito obrigada pela mesagem. Aproveita então a minha motivação e vamos correr... cada corrida é única... resgata a auto-estima... Venha comigo! Beijinho.
menina sem nome... por onde andas tu?
Perdi-te o rasto, porque tu assim o entendeste. Gostava de te ler.
Queres contar-me o que tens feito? Não tenho outra forma de te contactar. Usa o meu mail:
anamariasemfrionemcasa@gmail.com
Eu continuo por aí, por aqui...
E tu? Viva? Bem? Um beijinho para ti!
Ana Pereira
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