Organização: Runporto
Alegoria da Cidade do Porto
O Porto é uma cidade linda! Absolutamente linda. Apaixona-me e encanta-me. Passeio nela à noite de mão dada à beira do Douro, beijo a própria Paixão e enamorada do Amor aperto-te nos meus braços e sonho acordada, tão forte e segura eu, como folha de papel à chuva em dia de temporal. Porto, cidade minha, tanto já calcada e beijada e molhada de lágrimas e de risos e gargalhadas também, onde tantas vezes já este corpo cansado caiu, se deixou colher e adormeceu feliz por uma noite.
A Corrida
A viagem de sábado fez-se em cerca de três horas. Consegui encher o carro, não sobrando nem um lugar. À Corrida do Dia do Pai, levei o meu pai e três amigos. De imediato vamos levantar os dorsais. Como sou uma mulher de sorte, tinha um lugar à espera e as t-shirts no tamanho exacto que quis. Uma pequena fila e várias pessoas a atender fizeram com que não perdêssemos tempo.
A noite foi nossa e depressa nos vimos na partida no domingo. Quase 17.000 pessoas responderam à chamada e o mesmo valor em Euros foi dado pela Sport Zone à Ass. Port. Paralisia Cerebral. Um por cada participante. Foi essa a nossa missão, que bem cumprimos, pois ali não tínhamos outra.
Um crescimento abrupto, dos 10.200 do ano passado para os 15.000 na Mini/Caminhada e mais cerca de 2000 na Corrida de 10 Km deste ano, crescimento esse sem dúvida consequência de um excelente trabalho de divulgação e incentivo e não só, levou a alguma demora no escoamento da partida, a fazer-nos lembrar muitas maratonas internacionais. Hoje e aqui era apenas uma Mini e uma Corrida de 10 Km mas acredito que nos iremos aproximando aos poucos.
- Porque levas o teu pai, se não vai correr ? – perguntou-me alguém ainda em Lisboa, não com ar de crítica mas antes de espanto.
- Porque… está vivo! Porque gosta de caminhar, conviver, passear, conversar, fazem-lhe bem estas coisas e eu… prefiro dar-lhe estas “flores” enquanto ele cá está. – respondo.
E o pai foi caminhar e fazer reportagem fotográfica. Mexeu-se, conversou e divertiu-se.
Eu e os meus amigos fomos correr. E corri feita doida tentando acompanhar dois amigos que encontro já em prova, mas aquele ritmo estaria bem para mim se a prova tivesse 5 km. Eu sabia. E mesmo antes disso acabou-se-me a energia. Ainda faltavam outros 5 Km, e aí foi vê-los passar por mim. Sem nunca deixar de correr mas talvez mais lenta do que se caminhasse assim cheguei à meta sempre muito bem acompanhada por um raro amigo que a par de situações passadas, não me abandonou.
.
Com Fernando SousaA chegada com 54 minutos (10 Km) não me diz absolutamente nada, pois tive a prova partida ao meio pela minha falta de sensatez. Ainda assim, recordo-me no ano passado ter feito 59 minutos, mas a um ritmo bem mais constante e confortável. Temos água e bebida energética no final que uma boa parte dos participantes prefere levar em paletes num verdadeiro e autêntico saque digno da época medieval, se não pré-histórica. Pergunto eu se esses indivíduos chegassem uns largos minutos depois e não tivessem eles abastecimento no final, que diriam? Claro que acções dessas são sempre os “outros” que as tomam, mas não podemos esquecer que nós somos os “outros” para os “outros”. É aquela coisa simples mas que leva séculos a ser mudada: a mentalidade. Façamos alguma coisa e não percamos a esperança. Bebi água quando a consegui alcançar e quis foi sair dali o mais rápido que pude.Havia também massagem no final para os interessados, e apoio médico.
Registo assim com agrado um evento notável, uma onda laranja contra o azul do céu e do mar, onde quem participa devia perceber porque participa. O fundamental aqui é mesmo participar. É sermos e valermos um euro para a Ass. Portuguesa Paralisia Cerebral. É termos a oportunidade de ajudar fazendo o que gostamos.
E assim, por culpa minha, chego ao carro derreada mas como sempre, feliz em mais uns momentos da minha vida.
Leva-me para "casa" por favor... - parece pedir a Maria Sem Frio Nem Casa
9 comentários:
Ana, não tenho palavras, apenas pena de não viver aqui, só isso.
Um beijinho, e continue sempre a trazer o seu Pai.
Estime-o e desfrute dele.
Jorge Teixeira
Olá Ana
Parabéns pela prova, mas o que mais valorizo é, de facto, esse carinho demonstrado pelo pai...Desejo que participem em muitas, muitas provas os dois.
Ainda bem que a corrida conseguiu esse número de participantes.
A paralisia cerebral também me sensibiliza muito, porque entre outros casos, eu trabalho com crianças e jovens com esse tipo de problemática.
Beijo
A.P.
Olà Ana;
é sempre un prazer que eu tenho de vire aqui ler os seu recites.
parabens para a sua corrida.
sim eu tamben gosto désse sitio ,
é ai que façc os meus treinos quando estou ai de férias.e onde corri a marathona .
boa continuaçâo.
antonio
((TOTO))
Ana,
Obrigado pelas tuas palavras amigas em relação à minha pessoa.
Gostei da viagem na tua companhia e na do Melro. Pessoas como tu já são excassas neste mundo...alô!!!Precisam-se de mais Anas no Mundo. Apareçam...seja no mundo da corrida ou não.
Também gostei de ter participado na Corrida do Pai no Porto. A corrida foi um espectáculo! Cerca de 17000 cabeças,algumas não humanas (acho que também contaram estas). Estou-me a referir a alguns cães e não a vampiros ou mortos-vivos claro. Mas pareceu-me vêr por lá alguns zombies...de que não gostei lá muito.
Beijinhos e não te esqueças de treinar
Fernando Sousa
Para Ana Paula;
nâo consigo entrare no seu blog??
desculpe.
obrigada.
antonio
((toto))
Parabéns Ana Pereira
Também estive lá, e gostei muito... então o porto a noite, é uma coisa... lindíssima. Bons Treinos e espero um dia encontrá-la numa prova, para gritar " Olha eu aqui "
Oi Ana..
Sou brasileira e ontem achei seu blog!
A-DO-REI!
Com certeza estarei acompanhando seu blog e "suas aventuras"...
Gostaria de saber como são as corridas aí em Portugal.. organização etc?
Aqui no Brasil são relativamente razoaveis, com excessão do preço.. acho meio caro.
Um super beijo!
E muitas corridas!
Olà Ana;
vou ter um prazer de conheçer o Senhor Jorge Teixeira
no Expo da marathon de Paris ;
boa continuaçâo.
boas corridinha.
antonio
((toto))
Agradeço a todos os que se manifestaram.
Ao Jorge: sem palavras. De facto há coisas que só se sentem... Obrigada Jorge
À Ana Paula: fico muito contente de te ver por aqui
Ao Antoine: Agradeço muito e sinto as suas palavras
Ao Fernando Sousa: entendemo-nos fora daqui. És um querido.
Ao Carlos Lopes... ainda bem que partilhas comigo essa opinião acerca da beleza e magia que o Porto à noite emana. Maravilhoso e divino, não? Sem dúvida uma excelente inpiração para... tanta coisa...não é?
À Jackelyne: que prazer uma visita de tão longe! Ai o Brasil, terra de corredores, que nos leva já um avanço irrecuperável nessa área: corrida para todos como uma paixão e uma forma de vida.
Agradeço-te imenso a visita e o comentário. Já dei uma vista de olhos pelo teu, mas terei de lhe dispensar o tempo que ele merece (fui lá só a correr...). Mas prometo voltar e acompanhar. Pareceu-me interessante... Darei notícias em breve. Um beijo para ti!
Ana
Enviar um comentário