À falta do meu fotógrafo de serviço, deixo-vos uma imagem desta prova no ano passado
Ainda o Corre Praia, agora...a sério:
Nódoas num Pano de Luxo
Corre Praia - Prova organizada pelo CCCA – Clube de Campismo do Concelho de Almada
Realizou-se no dia 30 de Abril, a 15ª edição desta prova de características muito próprias pois decorre integralmente no extenso e perfeito areal da Costa da Caparica durante a maré vazia.
Foram 14 Km para correr num cenário espectacular num Verão antecipado, sempre com o mar ao lado. Diria mesmo, condições fantásticas para se fazer uma grande prova.
Este ano a prova teve a digníssima participação de Alberto Chaíça que a apadrinhou.
Num total de cerca de 300 participantes na prova principal, e 50 na Mini (3 Km também na areia), a prova foi o que já vem sendo hábito ser: uma prova onde se usufrui do maravilhoso contacto directo homem-natureza, com excelente piso e sem trânsito obviamente, e pouco mais.
Continua a pecar em termos organizativos pois a Organização insiste em repetir erros que já não seriam de admitir, sendo o mais grave a falta de água durante a prova para os participantes menos rápidos, seguindo-se inscrições atempada e devidamente feitas (fax ou pessoalmente) não constarem na lista de inscritos no dia da prova e consequente inexistência de dorsais. Situação esta que se resolve na hora, mas com a inevitável e implícita confusão, desordem, arrelia e perca de tempo, tanto para atletas como para a própria organização. Erros que se solucionados, todos teremos a ganhar.
O custo da mesma é simbólico (EUR 1,00), pelo que as exigências terão de ser limitadas e sensatas, no entanto considero eu que a falta de água no abastecimento para os menos velozes é falha grave de uma qualquer organização de prova superior a 10 km.
Os prémios de presença são perfeitamente aceitáveis: uma t-shirt e um porta chaves alusivo à prova.
Tem no entanto esta organização o mérito de manter este magnífico evento já há 15 anos. É um espectáculo de cor e alegria, que digo mesmo, ser único em Portugal. O céu, o sol, o mar, a areia e por vezes gaivotas, paisagem invadida pelos atletas num deslizar de cor é um espectáculo fantástico que todos gostaríamos que continuasse, mas com estas pequenas nódoas tiradas deste pano luxuoso que são as condições naturais onde a prova decorre.
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domingo, 30 de abril de 2006
Domingo, 30 de Abril de 2006 - O Troféu
Acordo cedo e vou fazer o meu treino, conforme estava combinado.
14 km que demoraram 1h14m34s a percorrer, em pleno areal da Costa da Caparica!
Foi o Corre Praia, prova que se aproveitada para treinar é bestial. Bastante participação o que me permitiu fazer um belíssimo treino com alguma companhia agradável.
Adorei ver o Álvaro a apanhar conchinhas à beira mar, durante a prova à minha frente, quando já me tinha abandonado para ir para a frente namorar, no início da prova, até ser ultrapassado por mim e gritar-me lá de trás agora:
- Este é o teu Troféu!! …..Se ficares à minha frente!
No fim (ficou mesmo atrás de mim) ofereceu-me a mais majestosa (? – opiniões), que educadamente lhe devolvi, pois os restos mortais daqueles animais, ainda cheios de algas e porcaria, não é coisa que encante.
- É uma espécie muito rara! E está quase inteira!
- Ainda bem Álvaro, guarda-a! – respeito o seu interesse, mas o meu melhor Troféu ganho hoje, já ninguém mo tira!
O piso era excelente e o mar sempre ali ao lado fazem desta prova uma coisa a preservar, embora careça de sérios e graves problemas organizativos.
Senti-me bem. Fui cautelosamente até ao retorno, e a partir daí dei o que pude, ainda com alguma cautela. Consegui manter esse novo ritmo até final, o que me permitiu passar umas cinco mulheres! É que mesmo a “treinar” a competição está sempre lá!
Em média, fiz 5m20s o quilometro, o que nem é bom nem mau, mas tendo em conta que me senti razoavelmente bem, que a prova tem 14 km, e que a 2ª metade foi mais rápida que a 1ª, considero uma média muitíssima boa! Estou no “Caminho”!!!
sábado, 29 de abril de 2006
Sábado, 29 de Abril de 2006
Há circunstâncias na vida em que temos apenas duas escolhas: Morrer ou Correr!
Se ficarmos deitados no chão, somos mortos. A nossa única salvação é levantarmos o rosto do chão e ainda com vestígios de terra e lama nele, corrermos o mais rápido que pudermos dali para fora!
O que poderia parecer uma fuga e um acto de cobardia, é, pelo contrário uma demonstração de coragem pois tomamos uma decisão e vencemos medos, inércia, resignação e sei lá mais o quê!
Pois eu nos últimos dias escolhi a primeira opção, que é muito confortável mas enganosa, mas hoje acordei com 63,400 Kg e optei pela segunda hipótese: Correr.
À hora que todos almoçam fui fazer a minha corrida, com duração mínima: 35 minutos.
A forma está péssima. Aliás, arrisco mesmo (sem falhar muito) a dizer que não há forma neste corpo sobrecarregado de gordura acumulada.
Neste momento o meu corpo não está em forma, está deformado por muitos excessos cometidos. Mas esta sou eu, hoje. Com as minhas coxas grossas e nádegas cheias de celulite, com os meus pneus, e os meus braços flácidos e sem força. Sou eu! E vou trabalhar para eliminar tudo o que está a mais, para finalmente descobrir o meu corpo, que se encontra escondido gritando por luz e ar e vida, debaixo de tanta gordura!
Depois dos 35 m de corrida, que me estoiraram, fiz ainda alguns exercícios localizados, como abdominais, flexões (à “senhora”), e levantamento de pesos (braços).
Transpirei bastante. Isto é o que deveria fazer diariamente para começar a ver alguma evolução e não sentir este arrastar e suplício quando corro. A coisa está difícil.
Amanhã outro dia. Treino de uma hora e muito, marcado com a malta, que é quase sempre a do costume.
Ah é verdade, o resumo desta 1ª semana das treze que antecedem a Pré-Preparação para a Maratona do Porto, foi o que se segue (vergonhoso!):
1 x Corrida: 35 minutos
Peso: entre o sobe e baixa, no fim há uma perda de 1,100 Kg (aceitável)
quinta-feira, 27 de abril de 2006
Nos escassos momentos que a conversa durou, as nossas mãos voltaram a tocar-se.
Furtivamente e sem intenção, num toque casual, por breves instantes. Tão breves como o raio de um trovão, que mal se acende, apaga, mas suficientemente longos para fazer estragos e nos levar de volta ao tempo em que as nossas mãos se entrelaçavam, trocavam carícias e viviam um amor feliz, uma na outra, como estavam os nossos corpos e as nossas almas. Entregues, fundidas em perfeita comunhão, enquanto nos amávamos no chão, alheios ao mundo.
Ao tempo em que tudo fazíamos juntos, até correr. E nos beijávamos sofregamente selando um amor que se queria e julgava eterno.
Ao fim de tanto tempo, as tuas mãos ainda me inspiram ternura dócil e desejo. E saudade. Mas saudade de quê? De um amor acabado? De um amor simplesmente? Saudades de ter um amor? Sim, acho que é isso. Apenas saudades de amar e ser amada. É legítimo.
Bem, vou mas é correr e suar um bocado, para que por todos os poros saiam impurezas, do corpo e da alma.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
3ª feira, 25 de Abril de 2006
Com o peso sempre a oscilar, mais a subir que a baixar, e vejo-me hoje outra vez com 64,300 Kg!
É tempo de mudar e por uma vez as rédeas da vida agarrar, e começar a mexer-me em vez de me queixar!
Assim, hoje tencionava correr uma horinha, tendo em conta que tinha bastante tempo. E lá fui correr para um circuito de terra batida. Lá tempo tinha, não tive foi força nas pernas nem fôlego para aguentar mais que uns míseros 35 minutos.
Desculpo-me porque a zona era acidentada e não tinha mais de 100 metros planos, o que me obrigou a subir e descer constantemente.
Tanto a nível respiratório como muscular, a coisa não foi fácil de aguentar nas subidas, e as descidas não eram nunca suficientes para a recuperação necessária. O peso que transporto continua a incomodar-me. Sinto que levo comigo um extra que não me pertence e que aumenta a força da gravidade o que torna a deslocação algo penoso.
Que horror! Pareço uma dona de casa que aos domingos e feriados vai dar uma corridinha de 10 minutos e já lhe chega para ficar vermelhona e estoirada! Que horror, repito!
Mas isto não vai ficar assim! Ainda aqui me hão-de ouvir cantar vitória, como se cantou neste mesmo dia há 32 anos, se tiverem paciência para me acompanhar até uma maratona que dista no tempo mais de cinco meses.
Com trabalho tudo se alcança! Só depende de mim. Ter força de vontade, persistência, resistência e até paciência! E sei que chegarei lá.
domingo, 23 de abril de 2006
23 de Abril de 2006
Criação do Diário
Solitariamente sento-me à secretária e escrevo.
Gosto de escrever. E de correr. Correr dá-me a sensação de viver para além de me fazer sentir melhor no resto do tempo em que não corro.
Com a corrida crio objectivos e tento alcançá-los.
O único grande presentemente é a Maratona do Porto, lá para Outubro.
Falta mais que muito, dirão alguns. Não deixam de ter razão, mas se a quiser fazer, bem que tenho de alterar o meu comportamento em relação ao exercício físico, mais concretamente corrida, e também os hábitos alimentares.
Tenho muito tempo à minha frente. Mas convém programar as coisas e ir alcançando as metas progressivamente.
O objectivo não é apenas correr a Maratona, mas também melhorar a minha marca que se situa nas 3h49m, alcançada em Abril 2004 em Lisboa. Será a minha 4ª maratona e vou empenhar-me para alcançar o objectivo, não me deixando acomodar com frases que também eu as digo, tipo "na maratona todos somos vencedores", "o importante é participar", e outras que tais, que apesar de verdadeiras não nos devem servir de desculpa para nos esforçarmos menos e obter um resultado aquém das nossas reais capacidades.
Como acho que o objectivo é perfeitamente alcançável (tendo em conta as minhas características pessoais, e experiências passadas), vou lutar por ele.
Assim, tenho 13 semanas para alterar por completo hábitos de vida que se têm vindo a instalar, e dessa forma pretendo correr mais, até conseguir correr a Meia no tempo de 1h45m com facilidade, e perder peso até chegar aos 54 - 55 kg.
Depois tenho 4 semanas de pré-preparação e depois 8 semanas de treino específico, onde considero fundamentais as sessões longas semanais, que são as 8 semanas que antecedem a Maratona. Nessa altura, se não me enganei nas contas de calendário, devemos estar a 15 de Outubro de 2006, dia da 3ª edição da Maratona do Porto.
Hoje peso 63,700 Kg, e sinto-me mal. Pesada, inchada, e cansada (falta de energia).
Amanhã outro dia. Estarei cá para contar?
Ainda Cinfães
8 de Abril de 2006 – IV Prova de Montanha – Cinfães
A 400 Km de casa, encontro-me na partida da prova de montanha injustamente menos participada de todas entre as que em alguma vez estive! O isolamento e a falta de divulgação contribuíram para tal. Mas eu estive lá!
É a IV Prova de Montanha, organizada pela Associação Cultura e Desporto de Cinfães.
Cinfães pertence ao distrito de Viseu e é sede de concelho. Aglomerado de casas com os pés no Douro, às portas do maciço montanhoso da Serra de Montemuro. Entre a serra, o céu e o rio, subsiste esta gente.
Cinfães traz vestígios de ocupação pré-histórica, da era do calcolítico e do bronze, assim como marcas deixadas por todo o concelho, de ocupação romana.
Hoje o seu artesanato é um trabalho minucioso, desde a Chapelaria até à Tamancaria e Miniaturas em madeira passando ainda pela cestaria, latoaria e tecelagem.
A gente é afável, acolhedora e boa anfitriã. Os 400 Km que me separam daquela gente, valeram-me o dorsal numero um. Senti-me e fui absolutamente lisonjeada!
A prova tinha também uma Caminhada pela serra, que teve uma boa adesão, e como foi bom ver aqueles rostos cansados e corados no fim, de quem já aprendeu que mexer-se faz bem!
Com partida separada dos Caminheiros saíram os atletas. A distância anunciada tinha sido 12,5 km, o que se veio a confirmar incorrecto, mas perfeitamente desculpável dada a extrema irregularidade do percurso e todo o cuidado e primor desta organização em tudo o resto. O mesmo em relação a uma sinalização ligeiramente deficiente que provocou alguns enganos.
Éramos pouco mais de três dezenas, onde se incluíam duas mulheres apenas.
A malta do norte corre que se farta, habituada a estes caminhos montanhosos, e depressa me isolo na cauda com outros dois ou três companheiros, sendo ainda passada numa subida pelo atleta mais idoso (78 anos), cuja preparação nos deixou simplesmente a milhas!
A paisagem é verde e a serra abre-se para nós, onde trilhos cortam o verde com as lajes gastas pelo tempo abrindo caminho ondulando, e levando-nos num constante sobe e desce até ao Miradouro, onde somos deslumbrados pela magnitude da vista sobre o Douro no fundo do vale, separando as encostas. Respiramos e sentimos força para continuar. É também de momentos destes que nos alimentamos.
Sigo para chegar à meta, honrando como pôde o dorsal numero um. Esperam-nos água e lembranças regionais, para além das palavras de reconforto e de agradecimento também. Senti-o perfeitamente.
A componente Convívio era objectivo desta organização e ela bem o alcançou. Depois de um banho quente, faz-se a entrega dos prémios e espera-nos uma mesa onde tínhamos uma amostra da rica Gastronomia desta terra, conjuntamente com o prazer de oferecer desta gente. Em Cinfães pode-se comer um excelente cabrito assado no forno, torresmos, papas de milho com fígado de porco cozido, ainda a lampreia, o sável e os rojões, devidamente acompanhados por um bom vinho verde da região. Na doçaria destacam-se o Pão de Ló e a Sopa Seca entre outros.
Trago os meus prémios (uma taça-jarra de vidro e uma peça de artesanato).
“Cuidado para não partir!” – alguém recomenda.
Sim, terei cuidado, mas o verdadeiro e mais valioso prémio jamais se partirá porque está guardado no local mais seguro do mundo. Porque para mim, a Corrida é muito mais que correr. Corrida é história, é cultura, é gente! É conhecer o mundo e os outros, e dessa forma, conhecer-me melhor a mim própria! Sempre, Corrida será Vida.
8 de Abril de 2006 – IV Prova de Montanha – Cinfães
A 400 Km de casa, encontro-me na partida da prova de montanha injustamente menos participada de todas entre as que em alguma vez estive! O isolamento e a falta de divulgação contribuíram para tal. Mas eu estive lá!
É a IV Prova de Montanha, organizada pela Associação Cultura e Desporto de Cinfães.
Cinfães pertence ao distrito de Viseu e é sede de concelho. Aglomerado de casas com os pés no Douro, às portas do maciço montanhoso da Serra de Montemuro. Entre a serra, o céu e o rio, subsiste esta gente.
Cinfães traz vestígios de ocupação pré-histórica, da era do calcolítico e do bronze, assim como marcas deixadas por todo o concelho, de ocupação romana.
Hoje o seu artesanato é um trabalho minucioso, desde a Chapelaria até à Tamancaria e Miniaturas em madeira passando ainda pela cestaria, latoaria e tecelagem.
A gente é afável, acolhedora e boa anfitriã. Os 400 Km que me separam daquela gente, valeram-me o dorsal numero um. Senti-me e fui absolutamente lisonjeada!
A prova tinha também uma Caminhada pela serra, que teve uma boa adesão, e como foi bom ver aqueles rostos cansados e corados no fim, de quem já aprendeu que mexer-se faz bem!
Com partida separada dos Caminheiros saíram os atletas. A distância anunciada tinha sido 12,5 km, o que se veio a confirmar incorrecto, mas perfeitamente desculpável dada a extrema irregularidade do percurso e todo o cuidado e primor desta organização em tudo o resto. O mesmo em relação a uma sinalização ligeiramente deficiente que provocou alguns enganos.
Éramos pouco mais de três dezenas, onde se incluíam duas mulheres apenas.
A malta do norte corre que se farta, habituada a estes caminhos montanhosos, e depressa me isolo na cauda com outros dois ou três companheiros, sendo ainda passada numa subida pelo atleta mais idoso (78 anos), cuja preparação nos deixou simplesmente a milhas!
A paisagem é verde e a serra abre-se para nós, onde trilhos cortam o verde com as lajes gastas pelo tempo abrindo caminho ondulando, e levando-nos num constante sobe e desce até ao Miradouro, onde somos deslumbrados pela magnitude da vista sobre o Douro no fundo do vale, separando as encostas. Respiramos e sentimos força para continuar. É também de momentos destes que nos alimentamos.
Sigo para chegar à meta, honrando como pôde o dorsal numero um. Esperam-nos água e lembranças regionais, para além das palavras de reconforto e de agradecimento também. Senti-o perfeitamente.
A componente Convívio era objectivo desta organização e ela bem o alcançou. Depois de um banho quente, faz-se a entrega dos prémios e espera-nos uma mesa onde tínhamos uma amostra da rica Gastronomia desta terra, conjuntamente com o prazer de oferecer desta gente. Em Cinfães pode-se comer um excelente cabrito assado no forno, torresmos, papas de milho com fígado de porco cozido, ainda a lampreia, o sável e os rojões, devidamente acompanhados por um bom vinho verde da região. Na doçaria destacam-se o Pão de Ló e a Sopa Seca entre outros.
Trago os meus prémios (uma taça-jarra de vidro e uma peça de artesanato).
“Cuidado para não partir!” – alguém recomenda.
Sim, terei cuidado, mas o verdadeiro e mais valioso prémio jamais se partirá porque está guardado no local mais seguro do mundo. Porque para mim, a Corrida é muito mais que correr. Corrida é história, é cultura, é gente! É conhecer o mundo e os outros, e dessa forma, conhecer-me melhor a mim própria! Sempre, Corrida será Vida.
domingo, 16 de abril de 2006
No dia 8 de Abril estive em Cinfães. A correr, que é das coisas que mais gosto de fazer. Foi na IV Prova de Montanha - Cinfães. Com uma organização de moldes praticamente familar, conseguiu-se uma coisa engraçada. Com algum apoio, poderia ser muito mais. Ainda assim, vale a pena ir até Cinfães e correr naquela terra com os pés no Douro. Promoveu-se não só a prática da Corrida e da Caminhada, como também o convívio entre os participantes, à volta de uma mesa com comida da terra e enquanto se entregavam os prémios. Gostei bastante.
sexta-feira, 14 de abril de 2006
Sou a Maria Sem Frio Nem Casa
A solidão leva-nos a estas coisas. A necessidade de comunicar, de transmitir e de ter a ilusão que alguém nos escuta, leva a este fenómeno dos blogs. É por isso que eu estou aqui. É por isso que vocês estão aqui. É por isso que aqui nos encontramos, sem nunca nos encontrarmos.
Antigamente existiam os diários, com capas mais ou menos luxuosas ou simples, com sistemas de segurança distintos, e ali se depositavam sonhos e medos, e se o diário era secreto, no mais fundo de nós sabíamos bem que aquilo que lá depositávamos eram gritos mudos que secretamente desejávamos que alguém ouvisse.
Hoje, gritamos aqui desesperos e sussuramos doces palavras, e sabemos que alguém vai ouvir, e assim, fingimos estar acompanhados.
Hoje é 6ªfeira santa, dia 14 de Abril de 2006.
Tenho caminhos à frente e cabe-me a mim escolhê-lo, fazê-lo, o meu caminho.
Se isto fosse o velho e amorrotado diário feito de papel, colocaria entre as suas páginas folhas de árvore e flores secas que colhi a semana passada, para lembrar-lhe as suas origens e dessa forma talvez chegar às minhas.
Assim deixo-vos apenas palavras e uma imagem. De um possível caminho. Cabe a cada um de nós escolher o seu, ou mesmo fazê-lo.
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