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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

"Uma coisa leva a outra" ou "Conversa de merda"

Quando o jardim está arranjadinho, com a relva aparadinha, é muito fácil apanhar os dejectos da minha cadela. Ficam firmes e hirtos sobre a relva aparada e para além de serem facilmente visíveis e identificáveis, apanham-se com uma facilidade estrondosa. Então de madrugada com a relva revestida de gelo, é um espectáculo!

Já quando o jardim está desleixado e a relva enorme, com mais de um palmo de altura, à mistura com outras ervas, é o cabo dos trabalhos. Para além de ter uma dificuldade tremenda em encontrar os ditos (cagalhotos), tendo para isso de andar a desbravar o matagal, afastando as ervas, abrindo espaços entre as ervas, aqui e ali (mas onde é que a cadela cagou afinal?!), corro um sério risco de, ao procurar a merda da minha, pisar a de outros, e não a conseguir de facto encontrar a que me pertence por direito e pela qual tenho total responsabilidade! (será que se apanhar a de outro, vale na mesma e posso ir para casa com a sensação de dever cumprido?)

Quando o jardim está iluminado, é fácil visualizar os dejectos da minha cadela. Já quando os candeeiros    são inexistentes ou estão simplesmente apagados, partidos ou coisa pior, em hora de Inverno, não preciso de a passear a cadela nem muito cedo de manhã nem muito tarde à noite, para estar escuro como bréu e não ver um cú! De novo o risco de andar a pisar de merda de outros para além de não encontrar a da minha!

Quando os caixotes do lixo são despejados com a frequência necessária, é muito fácil deixar lá o saquinho com o presente, bem dentro do caixote e fora do alcance do que quer que seja. Já quando os caixotes transbordam lixo, como infelizmente é tão costume, o dito saquinho do hipermercado, com um nó bem dado, a formar umas orelhinhas simpáticas no embrulho, não fosse sabermos o seu conteúdo, tem de ficar exposto, muitas vezes vezes mesmo espalhado pelo passeio junto com outros sacos de lixo. Perfeitamente acessível e maravilhoso à vista e ao cheiro, fora o resto, como facilmente se imaginará.

Por isso, este é o meu jardim e gosto de o manter. Manter jardim! Manter limpo. Mas às vezes é muito difícil... E uma coisa...leva a outra... sinto-o perfeitamente e eu nem sempre me orgulho do que faço, confesso... mesmo que isso aconteça em cerca de 1% das vezes...sei que não está bem... mas muitas vezes somos mesmo "incentivados" a contribuir para a grande cagada...

"...Que linda...Será que caga?"










5 comentários:

Mité disse...

Continua a tentar manter o jardim limpinho porque infelizmente existem poucos como tu. Para quem passeia pela rua tem possibilidade de ver a plantação de cagalhoes que são deixados ao abandono para que alguém mais distraído os leve nos sapatos ! Gostei do texto como de costume e adorei a cadela que cada vez está mais linda. Viva a MOLLY :-)

Anónimo disse...

Olá Ana,

Mais uma vez lá me ri um pouco com o que escreveste. Tens toda a razão no que dizes mas o que colocaste no final, a seguir a ter almoçado, já não me "soube muito bem".
Tenho muitas saudades da "menina" e quando a voltar a vêr, vou-lhe dar muitos beijinhos e fazer muitas festinhas...e aquecer-me um pouco com o seu calôr.

Bjs e porta-te muito mal...
Fernando Sousa

Jorge Branco disse...

Não haverá algum processo de por a Molly a evacuar dejectos florescentes!
Já inventaram tudo ainda ninguém se lembrou disso?
Era capaz de ser um bom negocio! Mas depois os jardins ficavam todos iluminados estilo árvore de Natal!
Beijinhos "Pikena".


S* disse...

ahahah A tua cadela tem ar de cadela limpinha que sabe cagar onde deve.

Corre como uma menina disse...

Há locais onde passear é como andar a fintar minas.
Gostei da ideia dos dejectos florescentes dado pelo Jorge. Até estamos no Natal. ;)
Beijinhos