O comboio ia apenas até ao Porto. Porto, porto... esse lugar onde se pode descansar e/ou
encontrar protecção, abrigo, refúgio, destino. Mas se o destino deste comboio fosse o fim do mundo, como se o mundo fosse um planisfério e tivesse um fim, onde os carris metálicos fossem abruptamente cortados para lançar os vagões violentamente no vazio da escuridão, a ela não lhe faria diferença nenhuma. Absolutamente nenhuma. Simplesmente gozava o momento. Adorava andar de comboio. Sentir as carruagens deslizarem a alta velocidade sobre os carris enquanto a paisagem ia ficando para trás, dava-lhe um especial prazer. Como se fosse a vida dela a avançar. E assim, sem pensar no destino que levava, desviou os olhos da janela e voltou a pousá-los no livro que tinha aberto sobre o colo.
3 comentários:
Espero que os seus treinos, bem poucos afinal, não a deixem descarrilar naquele percurso que prevejo ser muito bonito. E depois também vai ser um dia especial, e em caso de necessidade haverá por lá muitos amigos que certamente ajudarão a amenizar o defeito até que a meta chegue e também a merecida tranquilidade.
Até lá, um beijinho do pára.
Desejo uma boa prova
Ola ANA
Lá estarei,tambem.
Espero puder encontra-la no meio daqueles milhares.
Até já
ArtuRodrigues
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