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sexta-feira, 11 de julho de 2008

O Exorcista

Recebi esta preciosidade do meu amigo Fernando Andrade . Seria egoísmo guardá-la só para mim, ou deixá-la escondida num comentário. Merece estar aqui, como mensagem principal, que é, com o valor que tem.
Obrigada Fernando.


O Exorcista

"Dúvidas, arrelias, desamores
Caíram sobre si a dada altura,
Renegou a corrida e seus favores
E uma vida liberta, então procura.
Em desatino, pelos corredores,
Tentava disfarçar sua amargura.
Debalde o fez pois toda a gente viu
Que sem correr, sentia muito o "frio".

E então, há quem lhe deixe a sugestão,
Que "parar é morrer", inda p'ra mais
Quando se corre de alma e coração
Não pode, do cansaço, dar sinais.
Pouco segura, enfim, ei-la em acção,
E faz duas corridas especiais:
No Porto a Festa, em Peniche a Fogueira
E aí estava de novo a Ana Pereira!

Porém, passou somente uma semana
Quando o silêncio aqui nos atacou.
Deixara de se ler coisas da Ana
E a curiosidade se aguçou:
Se tudo ia tão bem (mas não de "grana"!)
Porque é que a rapariga se eclipsou?
Eis que um "post" "terríbil " na lição
Só fala de incerteza e "negação!"

Vá de retro! P'ra trás, eu te esconjuro!
Que satânico vento te atormenta!?
Mostra a chama do AFIS, em estado puro
Que é benta a sua luz e afugenta
O espírito maléfico e impuro
Que naquele que é teu tão mal assenta.
Eu te exorcizo! Tenha eu tal poder
Que irás, já a seguir, pôr-te a correr!"


Fernando Andrade

1 comentário:

Fernando Andrade. disse...

Do guarda-jóias, quis o ouro e a prata.
Nem viu vestígios desses vis metais
E nem sequer os encontrou reles lata
E nem sabia onde ir procurar mais;
Eis que um papel, escrito em recente data
Assumiu a função desses que tais:
Uma “preciosidade” - lhe pareceu
E é grande a distinção p’ra um escrito meu.