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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

As minhas Maratonas

Estamos a escassos 5 dias para a Maratona do Porto.

Em 2001, na minha primeira, em Paris tudo foi deslumbramento. Com uma estabilidade pessoal a vários níveis de que tenho saudades, o que também me proporcionou os treinos assíduos e devidos, com muita cautela, fiz uma prova controlada, a um ritmo muito regular e acabei com 4h04m. Feliz.

Depois, a segunda, em 2004, em Lisboa, num domingo de chuva, com treinos com algum afinco, a bater nos treinos para não me bater a mim própria, e depois do dia da véspera passado a dormir à força de comprimidos cor-de-rosa que nos devolvem uma vida sem cor, acabei por fazer uma prova esforçada mas muito compensadora: 3h49m. No entanto, e curiosamente (ou não), sem sabor.

Depois, em 2005, a terceira, no Porto. Com altas expectativas e uma grande ansiedade para melhorar a minha marca, com alguns treinos específicos, seria possível, mas o ritmo imposto de início foi alto demais (para a minha condição e para o que pretendia), e ao km 28, rebentei completamente. A partir daí foi caminhar, correr, apreciar os chuveiros como se estivesse em casa, e os abastecimentos, e cheguei à meta com 4h02m. Decepcionada por não ter sido capaz de dosear e gerir o esforço, pois bater o meu record estava ao meu alcance, não fosse a excessiva confiança e ansiedade.

Por fim, em 2006, a quarta, de novo no Porto. Com treinos suficientes, a certeza firme de querer fazer e a razão porque fazia, e fiz. Uma Maratona muito feliz, que me demorou 4h04m, com um ritmo extremamente regular e uma gestão de esforço perfeita. Uma maratona feliz, ganha pela perseverança e também pela amizade.

2007… a quinta, um acto absolutamente tresloucado mas perfeitamente consciente. Poderão estas duas palavras coexistir numa mesma frase?

9 comentários:

Anónimo disse...

Antes de mais, felicito-te pela decisão de correres a Maratona.
Acho que nós atletas de meio fundo e fundo sofremos um pouco de alguma locura ao praticarmos a nossa modalidade.
Eu, quando muitas vezes treino na companhia de cães, pergunto-me a mim mesmo porque será que eles gostam de ir correr comigo em vez de ficarem quietos a descansar.
Li um dia que o cerebro deles por ser menos desenvolvido não lhes transmite a noção do esforço como o nosso. Daí ser possivel um cão correr até cair para o lado exausto.
Já o nosso cerebro tem uns "fusíveis" incorporados para nossa protecção e que contrariam o esforço fisico, transmitindo-nos impulsos para parar logo que este se torna mais intenso.
Acontece que os atletas treinam para ignorar e iludir esses "fusiveis" e dessa forma ultrapassar a evolução do cerebro humano.
Por ilógico que pareça o segredo para o sucesso atletico passa por isso por correr "como um cão".

Bjs e até sábado
Carlos Pires

José Capela disse...

Bom dia, Ana...

Quem nunca correu uma maratona pode achar que corrê-la é um acto de pura loucura. Quem já a correu e não se sente preparado pode até achar que é um acto de loucura, mas como tu dizes (e bem!) é uma loucura consciente! rsrsrsrs

Assim, para este tipo de loucura, (embora parecendo contraditório...rsrsr) será mais importante correres com a cabeça e menos com as pernas!

O espírito com que encarares a distância é que é importante...o resto são 42.195 metros a pisacares o olho ao Douro, a sorrires para as pontes, também o suor a escorrer-te pelo rosto e os músculos a pedirem tréguas; porque como diz o ditado: "Não há bela sem senão!" rsrsrrsrs


Beijokas

Unknown disse...

Boa Sorte

Anónimo disse...

Olá Amiguxa,
não desesperes por pensares ser um acto transloucado ires este ano tentar a Maratona do Porto sem os treinos tão importantes neste tipo de competição (42,195m), eu se Deus quiser também lá estarei depois de um Sábado de trabalho desde as 7H ás 24H e com uma saída de Lisboa com destino ao Porto ás 4h da manhã. Será que malucos somos nós, ou ignorantes serão aqueles que nunca provarão o sabor de correr uma MARATONA? Jinhos e quando chegar ao Porto ligo-te, pois tu és a mensageira do meu dorsal, eh, eh, eh. EDU

António Almeida disse...

Olá Ana,

que poderá um simples corredor que só se aventurou até à meia-maratona dizer a uma maratonista, além de desejar que a alegria que decerto vai sentir em concluir mais uma maratona supere largamente o que possa sofrer durante a mesma.
Admiro e respeito a sua coragem, força "Maria", só mais um a torcer por si.
Uma boa corrida, desfrute da magnifica paisagem e que tudo corra pelo melhor.
Tri-beijo.

Anónimo disse...

Não queria que chegasse o dia 21 de Outubro e eu não tivesse deixado, em "espaço" próprio, votos de uma boa, não, uma excelente prova!

Força. Estamos TODOS contigo, à partida e à chegada...

E a todos os outros que te irão acompanhar nessa Maratona, boa corrida.
Beijinho
Paula

Anónimo disse...

Ana, chegou a hora de lhe desejar uma boa corrida. Estou certo que a sua experiência anterior a ajudará a ultrapassar este obstáculo.

Que esta maratona seja mais um incentivo para continuar a treinar e a gozar dos prazeres da corrida.

José que também corre

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Agradeço a todos os que me acompanharam até aqui.

Amanhã estarei no Porto, e alinharei na partida da Maratona.

Um beijo para quem fica (já que os que vão, posso beijá-los lá!)

Ana Pereira

Anónimo disse...

Olá Ana,
De facto tive o prazer de a conhecer pessoalmente em Pombal, um pouco antes da partida da última meia-maratona. Tenho pena de não a vir encontrar na próxima Maratona de Badajoz, que lhe sugeri, mas penso que a hipótese de Sevilha também é muito boa. Participei aqui no ano passado na que viria a ser a minha última maratona, e fiquei encantado com o facto de se partir e chegar na pista de atletismo do Estádio Olímpico. O traçado também é fácil, todo plano, e o público espanhol incentiva-nos bastante.
Dois conselhos; trate de arranjar alojamento com algum tempo de antecedência e prepare-se com muita vontade, alegria e descontração.
A Ana vai conseguir! Força miúda!Boa sorte!Um beijinho.