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sábado, 27 de agosto de 2016
Amor
A alegria é sempre genuína. Nos primeiros passos apressados, assim que pisa a areia, numa correria louca direita ao Mar. Lembra—a uma outra menina, quase esquecida, há mais de 40 anos atrás quando as idas à praia eram ocasiões raríssimas e tão especiais e ela corria exactamente assim, solta e feliz numa correria doida em direcção ao Mar, para, assim que molhava os pés e as pernas, voltar para trás com o maior sorriso do mundo, agora ainda mais rasgado, dar meia volta e correr de novo ao encontro das ondas. Sorria com a boca e os olhos, corria e era feliz nesse instante. Revê—se e é feliz hoje ao reviver esta cena. Depois caminham ao longo da beira mar. À solta. Livres. Apenas forte e firmemente ligadas por um elo invisível. Daqueles essenciais, invisíveis aos olhos portanto, como todos sabemos. Vão ao fim da Praia e voltam. A chegada ao ponto de partida é sempre festejada com um mergulho. Baptismo repetido e imprescindível onde se renovam e renascem todos as vezes. Depois, já cansadas, vão sentar—se um pouco. Bebem água, ajeita—se a toalha sobre a areia e eis que se é surpreendida por um inesperado beijo em forma de lambidela, mesmo em cheio sobre o olho direito. Olho—a. Indiscutível e inequivocamente...sente! O Amor.
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2 comentários:
Sabes Ana tens uma alma tão bonita, mas tão bonita! Fiquei comovido!
Beijinho grande e au's au's!
Alinho com o que o Jorge disse. Uma alma grande que se deixa ver pelos "buraquinhos da escrita". Beijinhos.
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