A alongar:
A partida:Durante:
Quase no fim. com o António e o Fernando apenas a ajudarem-nos. E como ajudaram! :
Quase no fim. com o António e o Fernando apenas a ajudarem-nos. E como ajudaram! :
O depois, medalha ao peito, camisolas suadas, e a minha Mafalda:
Pessoas e Corridas
Não sou jornalista, nem relatora, cronista ou escritora. Sou apenas alguém que vive, corre e escreve.
Pessoalmente, esta Meia foi uma corrida muito diferente. Por isso diferente também o que escrevo. Não vou falar da organização, nem dos abastecimentos, nem fazer análises baratas ou caras dos factos, apesar da organização o merecer e estar de parabéns pela realização da 22ª Maratona de Lisboa.
Mas como a vivi diferente, diferente também será a escrita, como não podia deixar de ser em mim. Diferente porque eu ia (tentar) acompanhar uma amiga – Ana Paula Pinto – a estrear-se na distância e porque a sua filha recentemente desaparecida deste mundo, iria acompanhar-nos, continuando de facto entre nós.
A Margaret era muito bonita! Por fora como todos facilmente poderão constatar, e por dentro, segundo os que tiveram o privilégio de a conhecer em vida. E eu não tive. Hoje tenho pena. Mas é assim a vida, cruzamo-nos com as pessoas nem sempre na altura devida, ou talvez não exista altura devida, apenas circunstâncias e casualidades. E hoje, não por casualidade nem circunstância, levei-a ao peito, na camisola que ostentava o seu bonito rosto, lindo, angelical, perfeito e meigo. Ao lado de sua mãe, que corria.
Não importa o que eu penso ou no que acredito. Por ténue, quase tímida sugestão da Paula, a Mãe, levei-a no peito, ali, no algodão que ficou suado e sujo, onde limpei o rosto várias vezes, e lá dentro, bem guardada, onde se guardam tesouros, e onde se transpira e explode o que não se vê. Se é importante para a Paula, é importante para mim. E eu faço-o! Ponto final!
E para mim, foi hoje um privilégio que a Paula me considerasse merecedora e me permitisse transportar assim a sua menina, perpetuando e avivando a sua presença. Senti-a, e por mais que me custasse, estava decidida a não abandonar a Paula, até à meta, onde ela se consagraria Meia-Maratonista. Acho que seria o que faria feliz a Margaret, e consequentemente faz feliz a Paula. Só tinha medo de por inadequada preparação eu não conseguisse.
O engraçado é que não me custou. Acompanhei-a, e não, não fui a molengar! Acompanhei-a! E senti-me muito bem! E acabamos a nossa Meia em 1h56m10s, o que para mim é uma marca que há muitos meses não alcançava. O que me ajudou? E eu fui ajudada sim! Cada um que responda.
E não, não fui fazer de boazinha nem fui fazer nenhum favor! Apenas me dei, numa entrega única! E por isso, sem contas nem cálculos nem relatórios contabilísticos, recebi.
Não posso deixar de mencionar aqui alguém que foi fundamental para o ritmo não esmorecer ao longo de toda a prova: Fernando Sousa! Obrigada, sem ti, dificilmente teríamos conseguido.
Também o nosso amigo António Pereira, que lesionado (está quase bom!) não deixou de nos acompanhar alguns metros apenas, sabendo todos nós o apoio que tais gestos significam e a força que dão. Obrigada também António.
Esta foi uma corrida diferente, sem dúvida. Marca também um ponto de viragem e de partida para mim. Voltei a fazer menos que 2 horas numa meia e sem sofrimento de maior (o que não acontecia faz imenso tempo).
Amanhã mesmo embarcarei em direcção a novo desafio: Maratona de Sevilha, que se realizará a 24 de Fevereiro de 2008, e onde irei tirar a desforra dos acontecimentos na Maratona do Porto (desistência ao km 29).
Até amanhã
Pessoas e Corridas
Não sou jornalista, nem relatora, cronista ou escritora. Sou apenas alguém que vive, corre e escreve.
Pessoalmente, esta Meia foi uma corrida muito diferente. Por isso diferente também o que escrevo. Não vou falar da organização, nem dos abastecimentos, nem fazer análises baratas ou caras dos factos, apesar da organização o merecer e estar de parabéns pela realização da 22ª Maratona de Lisboa.
Mas como a vivi diferente, diferente também será a escrita, como não podia deixar de ser em mim. Diferente porque eu ia (tentar) acompanhar uma amiga – Ana Paula Pinto – a estrear-se na distância e porque a sua filha recentemente desaparecida deste mundo, iria acompanhar-nos, continuando de facto entre nós.
A Margaret era muito bonita! Por fora como todos facilmente poderão constatar, e por dentro, segundo os que tiveram o privilégio de a conhecer em vida. E eu não tive. Hoje tenho pena. Mas é assim a vida, cruzamo-nos com as pessoas nem sempre na altura devida, ou talvez não exista altura devida, apenas circunstâncias e casualidades. E hoje, não por casualidade nem circunstância, levei-a ao peito, na camisola que ostentava o seu bonito rosto, lindo, angelical, perfeito e meigo. Ao lado de sua mãe, que corria.
Não importa o que eu penso ou no que acredito. Por ténue, quase tímida sugestão da Paula, a Mãe, levei-a no peito, ali, no algodão que ficou suado e sujo, onde limpei o rosto várias vezes, e lá dentro, bem guardada, onde se guardam tesouros, e onde se transpira e explode o que não se vê. Se é importante para a Paula, é importante para mim. E eu faço-o! Ponto final!
E para mim, foi hoje um privilégio que a Paula me considerasse merecedora e me permitisse transportar assim a sua menina, perpetuando e avivando a sua presença. Senti-a, e por mais que me custasse, estava decidida a não abandonar a Paula, até à meta, onde ela se consagraria Meia-Maratonista. Acho que seria o que faria feliz a Margaret, e consequentemente faz feliz a Paula. Só tinha medo de por inadequada preparação eu não conseguisse.
O engraçado é que não me custou. Acompanhei-a, e não, não fui a molengar! Acompanhei-a! E senti-me muito bem! E acabamos a nossa Meia em 1h56m10s, o que para mim é uma marca que há muitos meses não alcançava. O que me ajudou? E eu fui ajudada sim! Cada um que responda.
E não, não fui fazer de boazinha nem fui fazer nenhum favor! Apenas me dei, numa entrega única! E por isso, sem contas nem cálculos nem relatórios contabilísticos, recebi.
Não posso deixar de mencionar aqui alguém que foi fundamental para o ritmo não esmorecer ao longo de toda a prova: Fernando Sousa! Obrigada, sem ti, dificilmente teríamos conseguido.
Também o nosso amigo António Pereira, que lesionado (está quase bom!) não deixou de nos acompanhar alguns metros apenas, sabendo todos nós o apoio que tais gestos significam e a força que dão. Obrigada também António.
Esta foi uma corrida diferente, sem dúvida. Marca também um ponto de viragem e de partida para mim. Voltei a fazer menos que 2 horas numa meia e sem sofrimento de maior (o que não acontecia faz imenso tempo).
Amanhã mesmo embarcarei em direcção a novo desafio: Maratona de Sevilha, que se realizará a 24 de Fevereiro de 2008, e onde irei tirar a desforra dos acontecimentos na Maratona do Porto (desistência ao km 29).
Até amanhã
8 comentários:
Parabéns Ana Pereira, parabéns Ana Paula. Baixar das 2 horas à meia maratona é muito bom. Agora há que continuar a preparação para Sevilha para baixar das 4 horas. Força Ana!
Vocês correram a meia maratona com a Margarete no peito, mas eu participei no III Open de Orientação com as três no pensamento, confesso que estava com receio que a Ana Paula não conseguisse completar a meia maratona. Agora, ao saber da efectiva concretização e com um belo tempo, ainda mais satisfeito fiquei. Mais uma vez parabéns a ambas!
Beijinhos.
Orlando Duarte
Grandes Anas!
Olá Ana, continua a treinar com a Ana Paula, vais vêr que no espaço de três meses vão estar em condições de acabar qualquer maratona em menos de 4h.
Ana Pereira tens de ter grande controle na comida e nos treinos que vais fazendo e quanto ao peso, bem, acredito que em Fevereiro vais conseguir estar com 56kg mas menos julgo difícil e também perigoso para a tua saúde. Achei que estavas já mais magra do que quando correste em Outubro na Maratona do Porto e quanto à Paula acho que está bem, não será necessário perder muito mais peso (no máximo uns dois kgs)pois não convém baixar dos 18 o IMC (massa corporal)para não "perigar" a saúde.
Gostei de ter corrido ontem ao vosso lado Anas, mas foram as vossas pernas e não a minha ajuda que vos levaram a fazer a 1h56'. Até julgo que vinham a correr bastante à vontade e, acredito, que com mais um esforço pudessem ter mesmo baixado da 1h50' na Meia-Maratona de Lisboa.
Até um próximo treino por aí...e juízo. Portem-se mal, oops! Enganei-me desculpem lá. Portem-se muito bem em todos os aspectos.
Bons treinos e beijinhos
Fernando Sousa
Olá Ana Pereira
Antes de mais quero dar os parabéns
Ás Anas, mas em especial á Ana Paula
Por ter feito a sua primeira Meia Maratona
Para além de um bom resultado
Quanto a si Ana como vê quando se treina
As coisas correm sempre melhor, eu quando
Vos vi no retorno vocês até iam muito bem
Portanto minhas amigas a partir de agora
Á que treinar, mais uma vez parabéns ás duas
Bons treinos e até uma próxima prova
A/P
Obgrd plas suas palavras no meu blog. Penso que há um segredo em tudo isto: escutar o corpo e ser persistente, o resto é irrelevante.
Bons Treinos
Rodrigo Silva
Mais uma de solidariedade! Que bom a Meia ter-vos corrido pelo melhor. Isso quer dizer que a Ana vai ser mais assídua na escrita e mais animada para treinar? Até se vai esquecer da comidinha...
A minha Maratona também foi animadora, para fazer esquecer a do Porto.Só faltou a gente ver-se, mas eu pensei que a Maria não estaria lá!(Tá a ver? Ás vezes também não a compreendo - azar o meu!).
Vah! continue a treinar e a escrever que isso também faz feliz a gente. Por seu intermédio um abraço para a outra mãe, que merece a sua amizade!
Ola Ana
Parabens
muito bonito a solidariedade com a outra "Ana", felizmente que há pessoas como a Ana Pereira.
Ola Ana;
sim muito bem ; contenua a correr;
parabens pêla sua corrida.
boa continuaçâo.
para min ja çâo 3 semanas que nâo corre.
couragem.
bon treinos.
antoine
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