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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Amigos


Definir amigo…

Pode ser tarefa desgastante e muito provavelmente inútil. Palavras leva-as o vento. Aos Amigos não.

Procurei no dicionário e hipoteticamente esclareço que Amigo é aquele que quer bem.

Se assim é, tenho de facto muitos Amigos e sou Amiga de muita gente também. Mas num lirismo e mania de aprofundar as coisas teoricamente, para hipoteticamente as aplicar na prática, quero mais do Amigo, da palavra e do Homem. Quero atribuir um significado mais profundo, tão profundo que talvez não exista, dando-me a falsa conclusão de que não tenho Amigos e que de ninguém sou Amiga. O que é de todo falso.

Confesso que não me esforço muito para cativar amigos. E que não tenho muitos. Ou tenho?

Reflexões estas com outras à mistura, que me levam a pensar que Amigo não é mais que a consequência de um conjunto de circunstâncias e casualidades. Infelizmente pode ser assim.

Mas Amigo que é Amigo não desaparece. Depois da circunstância e apesar das distâncias físicas e geográficas, continua lá. Ou não? Tudo não passa de uma tábua de salvação imaginária e carunchosa a que nos agarramos em momentos de dilúvio?

Temos nós Amigos? Somos nós verdadeiramente Amigos? O que é ser Amigo verdadeiramente ? Exijo demais? Dou de menos?

E os outros ? E eu? (que sou um dos outros para esses mesmos outros)

Chamamos amigos aos que por diversas circunstâncias a vida nos juntou. Empatia, simpatia e necessidade também, faz do Homem … Amigo. Interesses comuns, partilha de algumas ideias e ideais, e depressa estamos a chamar o outro de Amigo, desenvolvendo-se afectos também, satisfazendo uma fome emocional que necessita ser alimentada.

Não queiramos racionalizar o Amigo. Sejamos apenas. Amigos. Sintamos a Amizade. Dêmos Amizade. A vida é curta demais para vivermos sós. Sem Amigos.

Seja lá como for, às vezes sou surpreendida. Surge-me um Amigo, saltando-me aos pés saído por trás de uma moita, quando caminho descalça e sozinha por entre silvas. Às vezes acontece. Aconteceu-me esta semana.

Sabendo os meus Amigos do que o facto de correr ou não correr, para mim significa e como se traduz em vida, ou não vida, esta semana fui agradavelmente surpreendida. Não que não soubesse que os Amigos estavam lá, mas às vezes, para além de não nos esquecermos que temos nós de abrir as portas, é bom também vê-los entrar, dar o passo para a porta aberta (assim não a tranquemos nós). Saber apenas que estão à soleira não é suficiente… Pelo menos para mim não é. Manias…

2 comentários:

joaquim adelino disse...

Amiga Ana
Saliento a parte final do seu texto.
Adorei, até breve.

luis mota disse...

Olá Ana!
Certamente temos muitos amigos.
Gosto muito da foto dos macacos. Faz-me sorrir.
O amigo luís Mota