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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Feliz Natal
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Actividade - Perder peso
2,5 kg.......... 35 "........ 1'05"................. 2'15"....................... 4'25"
5 kg........... 1'05"........ 2'10"................. 4'30"....................... 8'55"
10 kg......... 2'10"........ 4'20"................. 8'55"..................... 17'40"
domingo, 9 de dezembro de 2007
Morninho o despertar numa pele macia de bébé. Doce, tão doce!
Este fim de semana, as corridas foram outras, quer serenamente ocupando a mente através de trabalhos manuais (criando um presépio a partir do nada), quer rodopiando entre duendes, ladrões de prendas, meninos pobres e o próprio Pai Natal!
Não... não esqueci a Maratona de Sevilha 2008, nem que já escrevi algures que ia lá tirar a desforra do Porto. Faltam agora 11 semanas. E para lá corro!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Quase Natal...
O Cristo Rei sobre o Tejo, guardando Lisboa, assistindo impávido e sereno (que pode ele fazer, coitado?) à miséria humana em todas as vertentes: assaltos, violência, humilhação, morte, fome, abandono e frio. Sem casa e com frio dormem nas vielas, felizes ou indiferentes ao acordarem e olharem vitoriosos mais uma noite sem morrer. As necessidades feitas na rua e a luta por um cobertor e duas caixas de cartão. E matam-se. É esta a minha Lisboa.
Caminhamos a passos largos para o Natal. Demasiado largos os passos. Difícil reparar o que pisamos e o que nem vemos por tão largo ser o passo.
Já não posso dizer o que sinto. Nem tão pouco escrever (que foi essa a razão da criação do blog), sem amanhã ter os meus amigos a ligarem-me preocupados, e os que me estimam a dirigirem-me palavras de apoio e incentivo, aqui mesmo no blog, e ainda os super heróis, pessoas equilibradas (?) a comentarem algures que o blog até mete nojo com tanta choradeira e negativismo. Estão fartos. Não imaginam eles a razão que lhes dou.
Equilíbrio. Quem o tem? Ao atravessar descalço sobre as bermas de ferro gelado que une os pilares da ponte sobre o Rio Tejo, numa noite gélida de nevoeiro, sem ver o céu ou o mar? Quem tem? Quem consegue manter o tão saudável equilíbrio?
Eu só quero escrever. E correr. Mas hoje não consigo. Mas em vez de escrever um texto “daqueles” (ou destes) – lamechas e derrotista – e ir correr, como me aconselhou o Rodrigo, fico aqui porque simplesmente não posso ir. Não, não é falta de vontade, nem de força, nem sinónimo de fraqueza ou de resignação. É simplesmente um facto: não posso ir calçar os ténis e sair agora para a rua para ir correr. Como eu, milhares! Milhares por razões idênticas ou até bem distintas. Cada um que se governe! Não é o que se costuma dizer? (e fazer?)
Mas eu não perco esta mania, a que chamo necessidade, de vir para aqui… chorar. Sem lágrimas. Ou sorrir e soltar gargalhadas. Aqui. Foi para isso que criei o blog e continuarei a fazê-lo, pois de outra forma deixaria de … ser eu.
E tenho saudades
Saudades de um homem na cama
Um beijo na boca
Comida no prato
E de flores na mesa
E de uma costeleta grelhada
E de uma garrafa de vinho para dois
E de uma boa gargalhada
E de fumar um cigarro
E de correr ao sol e ao luar
E à chuva e ao vento
E de tomar um banho quente
Ou nua no mar
E de dormir até acordar
Sem o despertador tocar
Saudades de mim…
Eu
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Ainda a Meia Maratona de Lisboa
domingo, 2 de dezembro de 2007
A Maratona de Lisboa (para nós Meia Maratona), a Margaret e a Paula – Uma corrida diferente
Quase no fim. com o António e o Fernando apenas a ajudarem-nos. E como ajudaram! :
Pessoas e Corridas
Não sou jornalista, nem relatora, cronista ou escritora. Sou apenas alguém que vive, corre e escreve.
Pessoalmente, esta Meia foi uma corrida muito diferente. Por isso diferente também o que escrevo. Não vou falar da organização, nem dos abastecimentos, nem fazer análises baratas ou caras dos factos, apesar da organização o merecer e estar de parabéns pela realização da 22ª Maratona de Lisboa.
Mas como a vivi diferente, diferente também será a escrita, como não podia deixar de ser em mim. Diferente porque eu ia (tentar) acompanhar uma amiga – Ana Paula Pinto – a estrear-se na distância e porque a sua filha recentemente desaparecida deste mundo, iria acompanhar-nos, continuando de facto entre nós.
A Margaret era muito bonita! Por fora como todos facilmente poderão constatar, e por dentro, segundo os que tiveram o privilégio de a conhecer em vida. E eu não tive. Hoje tenho pena. Mas é assim a vida, cruzamo-nos com as pessoas nem sempre na altura devida, ou talvez não exista altura devida, apenas circunstâncias e casualidades. E hoje, não por casualidade nem circunstância, levei-a ao peito, na camisola que ostentava o seu bonito rosto, lindo, angelical, perfeito e meigo. Ao lado de sua mãe, que corria.
Não importa o que eu penso ou no que acredito. Por ténue, quase tímida sugestão da Paula, a Mãe, levei-a no peito, ali, no algodão que ficou suado e sujo, onde limpei o rosto várias vezes, e lá dentro, bem guardada, onde se guardam tesouros, e onde se transpira e explode o que não se vê. Se é importante para a Paula, é importante para mim. E eu faço-o! Ponto final!
E para mim, foi hoje um privilégio que a Paula me considerasse merecedora e me permitisse transportar assim a sua menina, perpetuando e avivando a sua presença. Senti-a, e por mais que me custasse, estava decidida a não abandonar a Paula, até à meta, onde ela se consagraria Meia-Maratonista. Acho que seria o que faria feliz a Margaret, e consequentemente faz feliz a Paula. Só tinha medo de por inadequada preparação eu não conseguisse.
O engraçado é que não me custou. Acompanhei-a, e não, não fui a molengar! Acompanhei-a! E senti-me muito bem! E acabamos a nossa Meia em 1h56m10s, o que para mim é uma marca que há muitos meses não alcançava. O que me ajudou? E eu fui ajudada sim! Cada um que responda.
E não, não fui fazer de boazinha nem fui fazer nenhum favor! Apenas me dei, numa entrega única! E por isso, sem contas nem cálculos nem relatórios contabilísticos, recebi.
Não posso deixar de mencionar aqui alguém que foi fundamental para o ritmo não esmorecer ao longo de toda a prova: Fernando Sousa! Obrigada, sem ti, dificilmente teríamos conseguido.
Também o nosso amigo António Pereira, que lesionado (está quase bom!) não deixou de nos acompanhar alguns metros apenas, sabendo todos nós o apoio que tais gestos significam e a força que dão. Obrigada também António.
Esta foi uma corrida diferente, sem dúvida. Marca também um ponto de viragem e de partida para mim. Voltei a fazer menos que 2 horas numa meia e sem sofrimento de maior (o que não acontecia faz imenso tempo).
Amanhã mesmo embarcarei em direcção a novo desafio: Maratona de Sevilha, que se realizará a 24 de Fevereiro de 2008, e onde irei tirar a desforra dos acontecimentos na Maratona do Porto (desistência ao km 29).
Até amanhã