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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Molly, cinco meses e um dia sem ti, meu amor

 Meu Amor

Deixem-me chamar-te assim, porque assim o sinto e porque assim o sinto, assim o é! Amor! Amor! Eras só um cão pois eras... Ironia, claro. Sabem lá eles...Tu eras e és... Amor! Puro! O ser mais puro que conheci.O que eu daria para te ter de volta...

Fez ontem cinco meses que partiste, que nos deixaste, que te fiz partir, empurrei para a porta do desconhecido, e deixei de te ter material e fisicamente falando, acreditando que era o melhor para ti. Mas tu continuas em mim, viva, tão viva como qualquer outra parte de mim, como uma benção, como um sinal, cicatriz que doí e sempre irá doer e conta a história de uma vida, capítulo longo da minha vida, inapagável e feliz! Até àquele dia, até aqueles últimos quatro meses, que balançamos entre a força e a esperança e a impotência humana e o desespero e por fim a resignação, sem compreensão ou aceitação...Mas continuas a correr-me nas veias...Como se cá estivesses. E estás!

Aprendi contigo. Sempre. Até com a tua partida. Aprendi a relativizar, a seleccionar, acontecimentos e pessoas. A valorizar o que (para mim) efectivamente tem valor. A desvalorizar o que nada de facto nada vale. E tanta coisa e tanta gente, simplesmente perdeu "importância"...Cresci, meu amor, com a tua partida, claramente cresci. Mais sozinha talvez, ou apenas, apenas mais perto do que importa e de quem importa. A fazer valer cada instante da vida. Cada sopro possível. A ser feliz apenas e só pelo Agora. Como tu fazias de forma natural e extraordinária. Aprendo. Em cada memória de ti, aprendo!

Obrigada Molly

Corro montes e vales e chamo por ti! Chamo! E choro em silêncio e ninguém  vê ou sabe sequer e muito menos compreende, e eu encontro-te onde sempre estiveste e sempre estarás, no lugar mais importante do mundo, no meu coração. 

Obrigada Molly
E até já meu amor