Há dias em que a exposição é maior, absolutamente descarada, pele branca e sorriso franco de dentes fortes brilhantes, ou rosto molhado e olhos negros de tristeza sem fim, ali, a encher plenamente o ecrã, expostos para quem quiser ler, qual afronta aos bons costumes e à suposta felicidade que a Vida deve ser, a suscitar palavras de compreensão e palmadinhas nas costas por parte de uns, ou sermões, verdadeiras lições de vida de quem sabe que tudo sabe, por parte de outros. É este o pão-nosso-de-cada-dia dos blogues.
.
No dia de hoje, ela precisa despir-se. Encher a banheira de água quente, o copo de vinho tinto e completamente despida, mergulhar neles.
Mas, se lhe dão licença, no dia de hoje, ela vai encostar a porta.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
o dia de ontem
Fazer anos não é nada de especial. Especial é sermos capazes de fazer os acontecimentos, os dias, diferentes e especiais! Ontem fiz anos, e foi de facto um dia especial.
Obrigada a todos que me desejaram aqui um dia feliz. E foi. Um dia feliz. E ler TODAS as mensagens aqui deixadas, TODAS, ver desfilar tantos Amigos, uns mais chegados, outros menos, uns com mais palavras, outros de forma mais abreviada, mas todos se deram ao trabalho de me desejar um dia Feliz. Sei que também isso contribuiu para o meu feliz dia de anos (43).
A TODOS o meu agradecimento e muita emoção também... Com todos partilho as flores que recebi, e desejo que daqui a um ano cá estejamos todos, com muita saúde e alegria, para partilharmos estes pedacinhos de vida. Um beijo para todos que aqui passaram ontem, nesse dia "especial".
Muito Amor, carinho, mimos e alegria, foram ingredientes bem presentes no dia de ontem. A TODOS que contribuíram para isso...Obrigada!
...........................................................................................................................
No dia de anos...
No dia de anos, a rapariga acordou cedo. E imaginando-se Rainha, porque fez anos, tirou o dia de férias e foi correr, porque ela agora só corre quando "o rei faz anos"!
Correu 5,200 Km, mas seguiu aquele conselho fantástico que ela dá aos outros, àqueles que estão a começar: "corre devagar e se estiveres muito ofegante, caminha um pouco e depois de recuperares a respiração, retoma a corrida. É preferível que faças isso algumas vezes e totalizes por exemplo 30 minutos ou 1 hora de actividade entre correr e andar, do que correres mais rápido e depois parares ao fim de pouco mais de 1 Km, 2 km ou 3 km. E no dia seguinte, vai de novo, e depois outra vez! Nunca desistas!"
Sim, a rapariga está a falar em 1 km, 2 km, 3 km, treinos(?) de 5 km e 200 metros, feitos a correr e a andar! Sim, a rapariga, que já é mulher feita, Maratonista fantasma, está neste estado!
Mas mesmo assim, ficou toda satisfeita depois da corrida e caminhada que fez depois. E é por isso que ela ainda insiste. Por essa sensação única de prazer, de liberdade, de satisfação e bem estar, que ela sempre sente cada vez que sai para correr! Mesmo que corra... assim!
Beijos a abraços aos seus queridos leitores e ela promete voltar em breve.
Obrigada a todos que me desejaram aqui um dia feliz. E foi. Um dia feliz. E ler TODAS as mensagens aqui deixadas, TODAS, ver desfilar tantos Amigos, uns mais chegados, outros menos, uns com mais palavras, outros de forma mais abreviada, mas todos se deram ao trabalho de me desejar um dia Feliz. Sei que também isso contribuiu para o meu feliz dia de anos (43).
A TODOS o meu agradecimento e muita emoção também... Com todos partilho as flores que recebi, e desejo que daqui a um ano cá estejamos todos, com muita saúde e alegria, para partilharmos estes pedacinhos de vida. Um beijo para todos que aqui passaram ontem, nesse dia "especial".
Muito Amor, carinho, mimos e alegria, foram ingredientes bem presentes no dia de ontem. A TODOS que contribuíram para isso...Obrigada!
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No dia de anos...
No dia de anos, a rapariga acordou cedo. E imaginando-se Rainha, porque fez anos, tirou o dia de férias e foi correr, porque ela agora só corre quando "o rei faz anos"!
Correu 5,200 Km, mas seguiu aquele conselho fantástico que ela dá aos outros, àqueles que estão a começar: "corre devagar e se estiveres muito ofegante, caminha um pouco e depois de recuperares a respiração, retoma a corrida. É preferível que faças isso algumas vezes e totalizes por exemplo 30 minutos ou 1 hora de actividade entre correr e andar, do que correres mais rápido e depois parares ao fim de pouco mais de 1 Km, 2 km ou 3 km. E no dia seguinte, vai de novo, e depois outra vez! Nunca desistas!"
Sim, a rapariga está a falar em 1 km, 2 km, 3 km, treinos(?) de 5 km e 200 metros, feitos a correr e a andar! Sim, a rapariga, que já é mulher feita, Maratonista fantasma, está neste estado!
Mas mesmo assim, ficou toda satisfeita depois da corrida e caminhada que fez depois. E é por isso que ela ainda insiste. Por essa sensação única de prazer, de liberdade, de satisfação e bem estar, que ela sempre sente cada vez que sai para correr! Mesmo que corra... assim!
Beijos a abraços aos seus queridos leitores e ela promete voltar em breve.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Porque hoje faço anos ou A Idade de ser feliz"
24 de Janeiro de 1969 - 24 de Janeiro de 2012
Há 43 anos a minha mãe sofria para eu nascer. E eu...não nascia. Na posição de sentada, jamais nasceria sozinha, sem ajuda. Após vários dias de agonia mútua, lá resolveram tirarem-me de seu ventre golpeado e por fim, livre e ensanguentada mas viva, resistente e sobrevivente, respirei e gritei para o mundo, chorando a afirmar liberdade! Foi há 43 anos... porra, 43 anos é muito tempo... muitos dias, muitos acontecimentos, vivências, emoções e sentimentos... um mundo novo, em constante mutação, dia após dia e a chamar-se Vida.
Que venham mais 43, grita a alma hoje num ímpeto de vida e liberdade igual ao momento do nascimento. Momento belo e dramático.
Cuida-te, mima-te e faz deste dia um dia feliz, disse a voz.
Sim...obrigada, assim farei, respondeu a rapariga. Acho que estou na idade de ser feliz...
"A Idade de Ser Feliz
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa."
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa."
autor desconhecido
"A idade de ser feliz... puf... não me digas que só agora descobriste isso...sinceramente..."
"Não, eu já sabia, mas gosto de me relembrar, só isso! E há algum mal nisso, por acaso?"
domingo, 22 de janeiro de 2012
Dormir com o inimigo
Que emagrecer não é fácil e que mais difícil ainda é manter o peso depois do emagrecimento, não é nada que não se saiba.
Que o corpo precisa de aproximadamente 1 mês por cada quilo perdido, para estabilizar e funcionar normalmente em função desse novo peso, já é coisa que nem todos sabem.
Claro que sabemos que depois de emagrecer é necessário manter esforços e atitudes para que o novo peso se mantenha, e que o corpo funcione sem continuar a emagrecer mas também sem recuperar os quilos.
Eu sou uma pessoa que emagrece com relativa facilidade. E velocidade. Não é nada de que me orgulhe por aí além, visto nunca ter sabido manter o "novo" peso e esse é o meu objectivo final e permanente.
Há um ano atrás tinha sensivelmente o mesmo peso de hoje: 70, 7 Kg. Desengane-se quem pense que mantive o peso durante o último ano! Não! Nada disso! Eliminei 14 kg e voltei a recuperar 14 Kg! Sim, no espaço de 1 ano! Claro que sabia que estava a emagrecer depressa, e sabia também que a parte mais difícil seria manter o novo peso! Mas achava que estava a controlar a coisa mesmo sabendo que era difícil.
O que eu não sabia era que por ter perdido esses 14 quilos, precisaria de cerca de 14 meses para solidificar esse novo peso. Para o meu organismo deixar de lutar com vista a recuperar esses mesmos 14 quilos perdidos, que ele interpretou como um período de privação de alimentos, e logo accionou um alerta de sobrevivência. Logo, 14 meses (no meu caso) - após atingir o peso desejado - de atenção e cuidados redobrados serão necessários, pois durante esse tempo estarei literalmente a dormir com o inimigo. Pois apesar de lhe garantir energia e nutrientes necessários à sua manutenção e actividade diária, o corpo reagirá em modo de defesa e quererá recuperar o peso eliminado.
texto assumidamente inspirado aqui, onde poderão perceber melhor a ideia do que quis transmitir
E porque também sei que não é a escrever no blogue que emagreço, hoje já fui... bem...não diria treinar, antes: mexer-me um bocado! Com a cadela, que não me deixou sair de casa sozinha. Logo, foi cerca de 1 hora, mas foi muito mais tempo a caminhar que a correr... E a correr...Devagar! Por isso...a coisa está feia! Muito feia!
Que o corpo precisa de aproximadamente 1 mês por cada quilo perdido, para estabilizar e funcionar normalmente em função desse novo peso, já é coisa que nem todos sabem.
Claro que sabemos que depois de emagrecer é necessário manter esforços e atitudes para que o novo peso se mantenha, e que o corpo funcione sem continuar a emagrecer mas também sem recuperar os quilos.
Eu sou uma pessoa que emagrece com relativa facilidade. E velocidade. Não é nada de que me orgulhe por aí além, visto nunca ter sabido manter o "novo" peso e esse é o meu objectivo final e permanente.
Há um ano atrás tinha sensivelmente o mesmo peso de hoje: 70, 7 Kg. Desengane-se quem pense que mantive o peso durante o último ano! Não! Nada disso! Eliminei 14 kg e voltei a recuperar 14 Kg! Sim, no espaço de 1 ano! Claro que sabia que estava a emagrecer depressa, e sabia também que a parte mais difícil seria manter o novo peso! Mas achava que estava a controlar a coisa mesmo sabendo que era difícil.
O que eu não sabia era que por ter perdido esses 14 quilos, precisaria de cerca de 14 meses para solidificar esse novo peso. Para o meu organismo deixar de lutar com vista a recuperar esses mesmos 14 quilos perdidos, que ele interpretou como um período de privação de alimentos, e logo accionou um alerta de sobrevivência. Logo, 14 meses (no meu caso) - após atingir o peso desejado - de atenção e cuidados redobrados serão necessários, pois durante esse tempo estarei literalmente a dormir com o inimigo. Pois apesar de lhe garantir energia e nutrientes necessários à sua manutenção e actividade diária, o corpo reagirá em modo de defesa e quererá recuperar o peso eliminado.
texto assumidamente inspirado aqui, onde poderão perceber melhor a ideia do que quis transmitir
E porque também sei que não é a escrever no blogue que emagreço, hoje já fui... bem...não diria treinar, antes: mexer-me um bocado! Com a cadela, que não me deixou sair de casa sozinha. Logo, foi cerca de 1 hora, mas foi muito mais tempo a caminhar que a correr... E a correr...Devagar! Por isso...a coisa está feia! Muito feia!
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
O prazer de dormir e filosofias baratas (por causa da crise)
Há muitos anos atrás, numa aula de filosofia, veio à baila o prazer de dormir, actividade (?) tão apreciada pelos adolescentes que já discutiam animadamente o assunto.
Houve logo ali quem defendesse afincadamente que não podia haver prazer em dormir. Dormir implicava uma inconsciência, um não estar, não sentir, logo, não poderia de forma alguma sentir-se prazer em dormir.
Outros diziam que sim, havia um prazer gerado pelo acto de dormir. Não tinham dúvidas! Dormir era bom!
Confrontados pelos primeiros opositores, os acima mencionados, depressa mudaram a sua opinião, e já diziam que afinal, sim sim, não há prazer em dormir, mas sim em acordar! Aí há um intenso prazer (em acordar), proporcionado pelo estado anterior: o prazer de acordar depois de uma noite bem dormida e descansada, depois de uma sesta proveitosa à tarde, acordar é altamente indutor de prazer, diziam.
Já a maioria parecia estar de acordo: O prazer de dormir não existia afinal, mas sim o prazer de acordar, quando a escassos segundos de darem a sua brilhante conclusão por verdade definitiva e absoluta, quando ela lá do fundo da sala levantou o braço e contrariou a maioria fazendo reiniciar a discussão, quando veio afirmar como sua verdade absoluta que o acto de acordar (interrupção do sono) comparado com o acto de adormecer (início do sono) não lhe causava absolutamente prazer nenhum, ao contrário deste (adormecer), que proporcionando uma sensação de apagar, de cair em inconsciência, num mundo de paz e descanso por umas horas, lhe davam um intenso e deleitoso prazer... Só porque sabia que iria acordar, contrapuseram alguns de imediato, logo, mantinha-se o acordar como gerador de prazer e não o adormecer! Mas houve quem percebesse a coisa e sim, concordasse que havia prazer em adormecer sim!
Concluindo... naquela sala de aula, como seria de esperar, não chegaram a conclusão nenhuma, simplesmente porque não há verdades absolutas e muito menos quando se fala de sensações pessoais, logo subjectivas.
Parece um pouco desconcertante, mas a filosofia da coisa mantêm-se até hoje e ela já não é nenhuma miúda. Por defeito ou feitio, continua a sentir um prazer intenso no acto de se deixar adormecer. Claro que até hoje, é um facto que tem acordado todas as manhãs, exactamente em igual número de vezes que se deixa adormecer, e se não há nenhum prazer especial nisso, à medida que o dia avança - e ela avança - a coisa recompõe-se. Mas Adormecer é inequivocamente muito mais prazeroso que Acordar.
Houve logo ali quem defendesse afincadamente que não podia haver prazer em dormir. Dormir implicava uma inconsciência, um não estar, não sentir, logo, não poderia de forma alguma sentir-se prazer em dormir.
Outros diziam que sim, havia um prazer gerado pelo acto de dormir. Não tinham dúvidas! Dormir era bom!
Confrontados pelos primeiros opositores, os acima mencionados, depressa mudaram a sua opinião, e já diziam que afinal, sim sim, não há prazer em dormir, mas sim em acordar! Aí há um intenso prazer (em acordar), proporcionado pelo estado anterior: o prazer de acordar depois de uma noite bem dormida e descansada, depois de uma sesta proveitosa à tarde, acordar é altamente indutor de prazer, diziam.
Já a maioria parecia estar de acordo: O prazer de dormir não existia afinal, mas sim o prazer de acordar, quando a escassos segundos de darem a sua brilhante conclusão por verdade definitiva e absoluta, quando ela lá do fundo da sala levantou o braço e contrariou a maioria fazendo reiniciar a discussão, quando veio afirmar como sua verdade absoluta que o acto de acordar (interrupção do sono) comparado com o acto de adormecer (início do sono) não lhe causava absolutamente prazer nenhum, ao contrário deste (adormecer), que proporcionando uma sensação de apagar, de cair em inconsciência, num mundo de paz e descanso por umas horas, lhe davam um intenso e deleitoso prazer... Só porque sabia que iria acordar, contrapuseram alguns de imediato, logo, mantinha-se o acordar como gerador de prazer e não o adormecer! Mas houve quem percebesse a coisa e sim, concordasse que havia prazer em adormecer sim!
Concluindo... naquela sala de aula, como seria de esperar, não chegaram a conclusão nenhuma, simplesmente porque não há verdades absolutas e muito menos quando se fala de sensações pessoais, logo subjectivas.
Parece um pouco desconcertante, mas a filosofia da coisa mantêm-se até hoje e ela já não é nenhuma miúda. Por defeito ou feitio, continua a sentir um prazer intenso no acto de se deixar adormecer. Claro que até hoje, é um facto que tem acordado todas as manhãs, exactamente em igual número de vezes que se deixa adormecer, e se não há nenhum prazer especial nisso, à medida que o dia avança - e ela avança - a coisa recompõe-se. Mas Adormecer é inequivocamente muito mais prazeroso que Acordar.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
A rapariga e a cadela
A rapariga gorda e a cadela gorda saíram ontem à noite para correr. A rapariga neste momento, pesa exactamente o dobro da cadela. A cadela devia perder um ou dois quilos. A rapariga quer perder cerca de 20% do seu peso actual. Devia perder pelo menos 10%, mas ela coloca sempre metas difíceis, fasquias demasiado altas, que depois nunca consegue alcançar. Parece incorrigível...
Na 1ª parte do "treino", com a cadela, tão felizes da vida que precisavam ver, correram juntas 18 minutos e percorreram cerca de 2,5 Km. Pode-se chamar a essa parte do "treino" uma espécie de Fartlek, pois esses 18 minutos foram passados da seguinte forma: ora trota, ora sprinta, ora pára para cheirar ervinhas, ora trota, ora pára para fazer xixi, etc.
Depois, cadela cansada posta em casa, e a rapariga saiu de novo para a rua. Para o seu verdadeiro treino. Queria correr 5 Km, e lá recomeçou a correr, agora ao seu ritmo lento mas constante, mas sentia-se um bocado cansada, e ao Km 4... estava esfalfada! Incrível, não é? E parou o cronómetro e parou ela. Foram à sua conta 26 minutos para correr 4 km apenas...
Bom fim de semana deseja-vos esta rapariga e esta cadela
Na 1ª parte do "treino", com a cadela, tão felizes da vida que precisavam ver, correram juntas 18 minutos e percorreram cerca de 2,5 Km. Pode-se chamar a essa parte do "treino" uma espécie de Fartlek, pois esses 18 minutos foram passados da seguinte forma: ora trota, ora sprinta, ora pára para cheirar ervinhas, ora trota, ora pára para fazer xixi, etc.
Depois, cadela cansada posta em casa, e a rapariga saiu de novo para a rua. Para o seu verdadeiro treino. Queria correr 5 Km, e lá recomeçou a correr, agora ao seu ritmo lento mas constante, mas sentia-se um bocado cansada, e ao Km 4... estava esfalfada! Incrível, não é? E parou o cronómetro e parou ela. Foram à sua conta 26 minutos para correr 4 km apenas...
Bom fim de semana deseja-vos esta rapariga e esta cadela
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Tropas
Quando vejo um animal de estimação com excesso de peso ao ponto disso lhe trazer verdadeiramente problemas de saúde e consequente diminuição da sua qualidade de vida, ocorrem-me palavras para com o dono, muito pouco abonatórias, tais como, total irresponsabilidade, desleixo, falta de respeito pelo animal e pela própria vida e até crime, não duvidando de forma alguma que dono que deixa o seu companheiro e amigo, vulgo animal de estimação, chegar a uma situação extrema destas, é de uma irresponsabilidade, inconsciência, falta de tino, desinteresse e maldade a roçar a criminalidade, que em nada fica atrás ao vulgarmente condenável abandono e atitudes que normalmente chamamos de maus tratos.
O animal que acolhemos é e está totalmente à nossa responsabilidade. Deposita em nós total confiança. Faz tudo por nós. Deveríamos retribuir. Que raio de pessoa somos nós se permitimos e até promovemos, fomentamos e conduzimos o nosso comportamento e atitudes para uma situação como esta?!
Sinto uma revolta gritante. Que raio de pessoa é esse dono, irresponsável e desmerecedor dessa vida que se entrega nas suas mãos, oferecendo um amor incondicional?!
E então, quando esta situação se passa com nós mesmos? Quando permitimos, promovemos, fomentamos e conduzimos o nosso comportamento e atitudes para uma situação como esta, tratando-se da nossa própria vida e do nosso próprio corpo?! Que raio de pessoa somos nós?! Que raio de pessoa sou eu?! Irresponsável e desmerecedora desta vida que se me entrega nas minhas mãos para que eu a viva?!
Estou outra vez mais gorda, pois claro! Com este discurso, está-se mesmo a ver.
É que isto a cabeça de uma pessoa (a pessoa sou eu, está claro!) é muito complicada, e nas batalhas da vida (cada um tem as suas, quer sejam aéreas, marítimas ou terrestres) nem sempre se vence em todas as frentes. E por estes dias, mandei as tropas avançarem e protegerem outras frentes e essa ficou fragilizada, sem tropas e à mercê do inimigo, e o resultado está aí.
Azar! Tenho de reunir as tropas e reorganizar uma vez mais a defesa e o ataque nas várias frentes. Que nenhum dos flancos fique totalmente desprotegido, isso é que é fundamental, mas parece-me sempre que nunca tenho tropas que cheguem...
O animal que acolhemos é e está totalmente à nossa responsabilidade. Deposita em nós total confiança. Faz tudo por nós. Deveríamos retribuir. Que raio de pessoa somos nós se permitimos e até promovemos, fomentamos e conduzimos o nosso comportamento e atitudes para uma situação como esta?!
Sinto uma revolta gritante. Que raio de pessoa é esse dono, irresponsável e desmerecedor dessa vida que se entrega nas suas mãos, oferecendo um amor incondicional?!
E então, quando esta situação se passa com nós mesmos? Quando permitimos, promovemos, fomentamos e conduzimos o nosso comportamento e atitudes para uma situação como esta, tratando-se da nossa própria vida e do nosso próprio corpo?! Que raio de pessoa somos nós?! Que raio de pessoa sou eu?! Irresponsável e desmerecedora desta vida que se me entrega nas minhas mãos para que eu a viva?!
Estou outra vez mais gorda, pois claro! Com este discurso, está-se mesmo a ver.
É que isto a cabeça de uma pessoa (a pessoa sou eu, está claro!) é muito complicada, e nas batalhas da vida (cada um tem as suas, quer sejam aéreas, marítimas ou terrestres) nem sempre se vence em todas as frentes. E por estes dias, mandei as tropas avançarem e protegerem outras frentes e essa ficou fragilizada, sem tropas e à mercê do inimigo, e o resultado está aí.
Azar! Tenho de reunir as tropas e reorganizar uma vez mais a defesa e o ataque nas várias frentes. Que nenhum dos flancos fique totalmente desprotegido, isso é que é fundamental, mas parece-me sempre que nunca tenho tropas que cheguem...
Foto retirada de O Operacional |
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Urtigas
Sexo: Mulher
Idade: 42 (quase 43)
Altura: 165 cm
Peso: 70,1 Kg
Estilo de vida: sedentário
Data: 05.01.2012
Tinha prometido que não iria anunciar ao mundo o seu renascimento. A sua volta à Vida. O Regresso. O Recomeço. Agora que a Primavera se aproxima e os dias vão sendo cada vez maiores, o sol aquece e chama para o ar livre, ela retoma a Corrida, e inicia uma mudança de estilo de vida que entretanto se instalara. As florzinhas lá fora, o chilrear dos passarinhos, tudo se coaduna para um desabrochar da vida, pela milésima vez. E ela, regressa também. Floresce uma vez mais, pela milésima vez na sua já longa vida. Isto é tudo muito bonito mas a situação é que, se por um lado, de facto os dias vão sendo maiorzinhos, a Primavera ainda vem longe e dela nem o cheiro se sente, e essa história do renascer, do "estou aqui a recomeçar", "agora é que é", etc e tal, já cansa tanto que até agonia.
"Mas não és capaz de pôr essa mulher outra vez a correr? Essa doninha de casa anafadinha e preguiçosa, ser amorfo em que se tornou?"
"Claro que sim! Mandei-a correr hoje meia hora! Fosse lá a que ritmo fosse! E a tipa, ao fim do dia, noite já, foi correr! Correu não só a meia hora, mas lá meteu nos cornos que ao menos 5 Km tinha de fazer, e fê-los! Tendo corrido para isso exactos 32 minutos! Eu acredito que se ela quiser, ela consegue! Consegue até correr a Maratona, correr aos ritmos do passado, e se calhar até melhor! Mas tem é de querer! E o problema dessa gaja é que demasiadas vezes deixa de querer... desmotiva, desiste, acha que não vale a pena, manda tudo p'ras urtigas...E tudo, é a vida dela, porra! Esse é o problema..."
Idade: 42 (quase 43)
Altura: 165 cm
Peso: 70,1 Kg
Estilo de vida: sedentário
Data: 05.01.2012
Tinha prometido que não iria anunciar ao mundo o seu renascimento. A sua volta à Vida. O Regresso. O Recomeço. Agora que a Primavera se aproxima e os dias vão sendo cada vez maiores, o sol aquece e chama para o ar livre, ela retoma a Corrida, e inicia uma mudança de estilo de vida que entretanto se instalara. As florzinhas lá fora, o chilrear dos passarinhos, tudo se coaduna para um desabrochar da vida, pela milésima vez. E ela, regressa também. Floresce uma vez mais, pela milésima vez na sua já longa vida. Isto é tudo muito bonito mas a situação é que, se por um lado, de facto os dias vão sendo maiorzinhos, a Primavera ainda vem longe e dela nem o cheiro se sente, e essa história do renascer, do "estou aqui a recomeçar", "agora é que é", etc e tal, já cansa tanto que até agonia.
"Mas não és capaz de pôr essa mulher outra vez a correr? Essa doninha de casa anafadinha e preguiçosa, ser amorfo em que se tornou?"
"Claro que sim! Mandei-a correr hoje meia hora! Fosse lá a que ritmo fosse! E a tipa, ao fim do dia, noite já, foi correr! Correu não só a meia hora, mas lá meteu nos cornos que ao menos 5 Km tinha de fazer, e fê-los! Tendo corrido para isso exactos 32 minutos! Eu acredito que se ela quiser, ela consegue! Consegue até correr a Maratona, correr aos ritmos do passado, e se calhar até melhor! Mas tem é de querer! E o problema dessa gaja é que demasiadas vezes deixa de querer... desmotiva, desiste, acha que não vale a pena, manda tudo p'ras urtigas...E tudo, é a vida dela, porra! Esse é o problema..."
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Boas Festas, Feliz Ano Novo e Sangue
Diz-se que é tempo da família, do amor, da solidariedade, da tolerância, dos desejos e dos votos de mais 365 dias felizes (neste caso preciso, 366). Como se os items acima pudessem ser exclusivos de um período de tempo, que acontece de vez em quando na nossa vida, e depois desaparecessem como o Sol todos os fins de tarde.
As famílias são cada vez mais pequenas, outras, ainda numerosas, afastam-se fisicamente e em muitos casos emocionalmente também. Outras, para além de reduzidas a pequenos núcleos, mesmo próximas geograficamente, deixam perder os laços e um dia acordam e reparam que já nada os une à sua família de sangue.
Há ainda as que afastadas, são unidas, um elo que se torna visível e palpável as une e chama-se amor. E se esforçam para que pelo menos uma vez no ano se juntem. É no Natal e Ano Novo. Várias gerações à roda de uma mesa, de uma lareira, ou apenas à volta de um círculo invisível, representado e materializado por telefonemas, cartas , postais, elas conversam, riem, trocam histórias, contam novidades e falam das suas vidas, problemas e alegrias, e assim se vão amando mais, unindo, cimentando e fortificando o que existe: a Família.
Sempre sonhei com famílias grandes. De mesas corridas, com crianças, avós, pais, tios, primos. Unidos pelo amor e pelo bem querer mútuo. Pelo prazer de estar junto, pelo gosto de ouvir, ver, falar, tocar, abraçar, beijar. Uma família grande... Nunca tive nem a tenho.
Por outro lado, sei também que as há de fachada, que aparentam o que não são, unidas(?) "obrigatoriamente" pelo Natal, onde actuam hipocritamente gestos e conversas jamais imaginados sequer, no resto do ano...
Não tenho uma família grande. Entristece-me que a pequena que tenho não seja o que eu gostaria. Apesar disso não lamento que eu não seja também o que "a família" gostaria. É a vida. Resta-me pensar que Família é muito mais que Sangue. Família é amar. Família é bem querer. Família é gostar de estar, partilhar, alegrar-nos com o bem deles. Entristecer-nos com a tristeza deles e tudo fazer para a minimizar. É rir genuinamente. É chorar de coração. É preocupar-nos, é...
Talvez esteja a confundir conceitos, mas na minha óptica, alegra-me constatar que Família não tem nada a ver com sangue, e que afinal a "minha Família" é "grande" o suficiente para me fazer feliz.
Um Feliz Ano de 2012 para todos os que aqui passam e suas Famílias. De sangue...ou não.
As famílias são cada vez mais pequenas, outras, ainda numerosas, afastam-se fisicamente e em muitos casos emocionalmente também. Outras, para além de reduzidas a pequenos núcleos, mesmo próximas geograficamente, deixam perder os laços e um dia acordam e reparam que já nada os une à sua família de sangue.
Há ainda as que afastadas, são unidas, um elo que se torna visível e palpável as une e chama-se amor. E se esforçam para que pelo menos uma vez no ano se juntem. É no Natal e Ano Novo. Várias gerações à roda de uma mesa, de uma lareira, ou apenas à volta de um círculo invisível, representado e materializado por telefonemas, cartas , postais, elas conversam, riem, trocam histórias, contam novidades e falam das suas vidas, problemas e alegrias, e assim se vão amando mais, unindo, cimentando e fortificando o que existe: a Família.
Sempre sonhei com famílias grandes. De mesas corridas, com crianças, avós, pais, tios, primos. Unidos pelo amor e pelo bem querer mútuo. Pelo prazer de estar junto, pelo gosto de ouvir, ver, falar, tocar, abraçar, beijar. Uma família grande... Nunca tive nem a tenho.
Por outro lado, sei também que as há de fachada, que aparentam o que não são, unidas(?) "obrigatoriamente" pelo Natal, onde actuam hipocritamente gestos e conversas jamais imaginados sequer, no resto do ano...
Não tenho uma família grande. Entristece-me que a pequena que tenho não seja o que eu gostaria. Apesar disso não lamento que eu não seja também o que "a família" gostaria. É a vida. Resta-me pensar que Família é muito mais que Sangue. Família é amar. Família é bem querer. Família é gostar de estar, partilhar, alegrar-nos com o bem deles. Entristecer-nos com a tristeza deles e tudo fazer para a minimizar. É rir genuinamente. É chorar de coração. É preocupar-nos, é...
Talvez esteja a confundir conceitos, mas na minha óptica, alegra-me constatar que Família não tem nada a ver com sangue, e que afinal a "minha Família" é "grande" o suficiente para me fazer feliz.
Um Feliz Ano de 2012 para todos os que aqui passam e suas Famílias. De sangue...ou não.
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