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sexta-feira, 26 de junho de 2009
"Identidade" e "Melhor que nada"
“O blogue é praticamente parte da tua identidade.” – disse-lhe.
E é verdade. O blogue é praticamente parte da identidade dela. Talvez precisamente por isso, desta vez não revele tanto dela, apesar dessa forma revelar imenso também…
Férias, num período que se mostra rico em alterações na sua vida, com as necessárias atenções desviadas, vieram também obrigar a mais um período de ausência de blogue. Assim como dos treinos e das corridas, o que já vem a acontecer há demasiado tempo. Mas aqueles e aquelas, parecem causar-lhe agora um nervosismo e uma inquietação, como se deles dependesse ela para se equilibrar, para também e ainda, através deles ela continuar a ser ela própria.
Por isso, depois de uma semana absolutamente maravilhosa, a respirar a vida nova que nasce em cada dia, ela pegou nas sapatilhas e correu 30 minutos. Lentos como só poderiam ser. Ainda assim, souberam-lhe muito bem. É isto o recomeço? De algo de que ela sente a falta de novo? Como de amor longínquo que apesar da distância a reconforta, simplesmente por saber que existe?
A Corrida… de novo a chamar por ela… e ela responde de sorriso nos lábios e amor no olhar.
30 minutos apenas. Melhor que nada…
quarta-feira, 24 de junho de 2009
18º Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário
Crónica pessoal, que diz respeito à própria pessoa, portanto.
Dia 21 de Junho de 2009. Decorreu o 18º Grande Prémio do Ferroviário, no Entroncamento.
Terra de comboios e de fenómenos. Fenómenos…
Fenómeno é acontecer-nos o que julgáramos jamais nos vir a acontecer. Que se desiludam os que buscam desgraças alheias para sua própria satisfação, pois aqui hoje, as não vão encontrar.
Sem treinar e sem correr (e ai, sim, tenho saudades disso e em breve retomarei o trilho), lá fui com os amigos do Clube do Sargento da Armada até ao Entroncamento. Tínhamos uma corrida da 10 Km para correr.
Cedo um sol abrasador a ameaçar uma prova com sofrimento extra, a juntar ao natural que já se esperava dado as circunstâncias. As minhas entenda-se (absoluta inexistência de treinos).
Um boné emprestado (obrigada Carlos) que me assentava que nem uma luva, veio salvar-me de mais circunstâncias adversas causadas por esquecimentos: a falta de um elástico que prenderia um cabelo que solto ameaçava o rosto, uma transpiração excessiva que me inundaria os olhos até arderem sem os conseguir abrir, e do aquecimento excessivo da cabeça que já latejava com falta de cafeína aliada à falta de descanso.
Depois de uma incursão dispensável pela cidade, provocada por falsas (ou pouco explícitas) indicações de um elemento da organização, lá chegamos por fim ao local do levantamento de dorsais, onde estava instalado o secretariado e onde se poderia tomar banho após a prova assim como onde se fez a entrega de prémios.
Dorsais levantados e depois da obrigatória utilização da casa de banho (a única coisa para a qual houve tempo), lá nos dirigimos para a partida, onde aquecemos ligeiramente os músculos por actividade e não pela temperatura que já se fazia sentir.
Encontro o Francisco Torres, apenas conhecido, de longa data, mas que ainda assim gosto de rever por experiências partilhadas em provas passadas, e o Magro, que surpreendentemente nos deu o prazer da sua companhia, revelando-se um bom conversador, e lamento não ter tido fôlego quer para correr mais, quer para o acompanhar na conversa.
A prova fi-la na companhia dos amigos acima mencionados e da Ana Paula Pinto e do António Pereira.
Ao fim de escassos metros, a Adelaide, nosso apoio e companheira dos Sargentos, agora impossibilitada de correr, grita-me aflita pois a sua incumbência para fotografar momentos da prova, estava em vias de não se realizar: “a máquina não tira! Vê lá o que se passa aqui!”. Paro para tentar perceber porque a Adelaide não conseguia tirar fotos, e lá lhe consegui explicar que as pilhas se acabaram e ela teria de as substituir por outras que eu guardo na bolsa da máquina.
Após esta paragem, levanto os olhos e tenho a ambulância (que segue no fim do pelotão) a passar por mim, e vejo que os últimos atletas já vão a cerca de 50 metros! Corro até apanhar os meus companheiros que me acompanharão até final e a prova segue agradavelmente apesar de tudo o que se sabe.
Pelo caminho há abastecimentos de água e alguns “chuveiros” proporcionados quer pelos bombeiros quer por particulares.
Percurso bem sinalizado, sem trânsito e com uma agradável passagem pelo Jardim do Bonito, apesar de curta (cerca de 1 km, talvez entre o 8º e o 9º).
A chegada é feita num funil e pórtico, de forma regular e satisfatória.
Prémios de presença: t-shirt e medalhão. Água.
Entrega de prémios dentro do pavilhão, com pódio, pompa e circunstância, por classificação e atletas que de alguma forma se destacaram, como será sempre exemplo, o exemplo do mais idoso, e ainda alguns prémios por sorteio.
Depois, no mesmo parque por onde tínhamos passado a correr (Parque do Bonito), vamos almoçar, num piquenique debaixo do arvoredo e com os pés num pequeno riacho. Um dia bem passado.
Do Entroncamento, trago pois mais uma corrida corrida, e um fenómeno: o fenómeno da vida. Desta que tenho e que não troco por nenhuma. Amizade, companheirismo, partilha e alegria. Obrigada a todos que sabem quem são e que me proporcionaram este dia de vida. Até àquele atleta que não conheço, me ultrapassa e me pergunta se este mesmo blogue ainda está activo…
Dia 21 de Junho de 2009. Decorreu o 18º Grande Prémio do Ferroviário, no Entroncamento.
Terra de comboios e de fenómenos. Fenómenos…
Fenómeno é acontecer-nos o que julgáramos jamais nos vir a acontecer. Que se desiludam os que buscam desgraças alheias para sua própria satisfação, pois aqui hoje, as não vão encontrar.
Sem treinar e sem correr (e ai, sim, tenho saudades disso e em breve retomarei o trilho), lá fui com os amigos do Clube do Sargento da Armada até ao Entroncamento. Tínhamos uma corrida da 10 Km para correr.
Cedo um sol abrasador a ameaçar uma prova com sofrimento extra, a juntar ao natural que já se esperava dado as circunstâncias. As minhas entenda-se (absoluta inexistência de treinos).
Um boné emprestado (obrigada Carlos) que me assentava que nem uma luva, veio salvar-me de mais circunstâncias adversas causadas por esquecimentos: a falta de um elástico que prenderia um cabelo que solto ameaçava o rosto, uma transpiração excessiva que me inundaria os olhos até arderem sem os conseguir abrir, e do aquecimento excessivo da cabeça que já latejava com falta de cafeína aliada à falta de descanso.
Depois de uma incursão dispensável pela cidade, provocada por falsas (ou pouco explícitas) indicações de um elemento da organização, lá chegamos por fim ao local do levantamento de dorsais, onde estava instalado o secretariado e onde se poderia tomar banho após a prova assim como onde se fez a entrega de prémios.
Dorsais levantados e depois da obrigatória utilização da casa de banho (a única coisa para a qual houve tempo), lá nos dirigimos para a partida, onde aquecemos ligeiramente os músculos por actividade e não pela temperatura que já se fazia sentir.
Encontro o Francisco Torres, apenas conhecido, de longa data, mas que ainda assim gosto de rever por experiências partilhadas em provas passadas, e o Magro, que surpreendentemente nos deu o prazer da sua companhia, revelando-se um bom conversador, e lamento não ter tido fôlego quer para correr mais, quer para o acompanhar na conversa.
A prova fi-la na companhia dos amigos acima mencionados e da Ana Paula Pinto e do António Pereira.
Ao fim de escassos metros, a Adelaide, nosso apoio e companheira dos Sargentos, agora impossibilitada de correr, grita-me aflita pois a sua incumbência para fotografar momentos da prova, estava em vias de não se realizar: “a máquina não tira! Vê lá o que se passa aqui!”. Paro para tentar perceber porque a Adelaide não conseguia tirar fotos, e lá lhe consegui explicar que as pilhas se acabaram e ela teria de as substituir por outras que eu guardo na bolsa da máquina.
Após esta paragem, levanto os olhos e tenho a ambulância (que segue no fim do pelotão) a passar por mim, e vejo que os últimos atletas já vão a cerca de 50 metros! Corro até apanhar os meus companheiros que me acompanharão até final e a prova segue agradavelmente apesar de tudo o que se sabe.
Pelo caminho há abastecimentos de água e alguns “chuveiros” proporcionados quer pelos bombeiros quer por particulares.
Percurso bem sinalizado, sem trânsito e com uma agradável passagem pelo Jardim do Bonito, apesar de curta (cerca de 1 km, talvez entre o 8º e o 9º).
A chegada é feita num funil e pórtico, de forma regular e satisfatória.
Prémios de presença: t-shirt e medalhão. Água.
Entrega de prémios dentro do pavilhão, com pódio, pompa e circunstância, por classificação e atletas que de alguma forma se destacaram, como será sempre exemplo, o exemplo do mais idoso, e ainda alguns prémios por sorteio.
Depois, no mesmo parque por onde tínhamos passado a correr (Parque do Bonito), vamos almoçar, num piquenique debaixo do arvoredo e com os pés num pequeno riacho. Um dia bem passado.
Do Entroncamento, trago pois mais uma corrida corrida, e um fenómeno: o fenómeno da vida. Desta que tenho e que não troco por nenhuma. Amizade, companheirismo, partilha e alegria. Obrigada a todos que sabem quem são e que me proporcionaram este dia de vida. Até àquele atleta que não conheço, me ultrapassa e me pergunta se este mesmo blogue ainda está activo…
domingo, 21 de junho de 2009
18º GP Museu Nacional Ferroviário
Decorreu hoje o 18º Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. Conforme planeara, estive lá e corri. Mesmo depois de estar mais de uma semana sem mexer uma palha...
Valeu-me a companhia: Ana Paula, António, Magro, e Francisco Torres, que só certamente com esforço conseguiram correr a um ritmo tão baixo: o meu.
Demorei 1h01m47s para percorrer os 10 Km da prova.
Com palavras adormecidas, deixo hoje apenas algumas imagens
Antes da prova, as mulheres do Clube Sargento da Armada, clube que represento:Com o Magro:
Valeu-me a companhia: Ana Paula, António, Magro, e Francisco Torres, que só certamente com esforço conseguiram correr a um ritmo tão baixo: o meu.
Demorei 1h01m47s para percorrer os 10 Km da prova.
Com palavras adormecidas, deixo hoje apenas algumas imagens
Antes da prova, as mulheres do Clube Sargento da Armada, clube que represento:Com o Magro:
domingo, 14 de junho de 2009
nos planos, o 18º GP Museu Nacional Ferroviário, a 21 Junho 2009
Entroncamento recebe o 18º Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário
"A 18.ª edição do Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário, vai ter lugar no dia 21 de Junho de 2009, no Entroncamento. A prova tradicionalmente organizada pelo Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento, tem este ano um novo coordenador, Luís Barbosa que substituiu Manuel Estriga.
"A 18.ª edição do Grande Prémio Museu Nacional Ferroviário, vai ter lugar no dia 21 de Junho de 2009, no Entroncamento. A prova tradicionalmente organizada pelo Grupo Desportivo dos Ferroviários do Entroncamento, tem este ano um novo coordenador, Luís Barbosa que substituiu Manuel Estriga.
É intenção da organização, continuar a fazer deste evento um marco do atletismo nacional e dignificar com isso o concelho do Entroncamento, traçando novos objectivos para o ano 2009/2010.
Este será um ano de transição, mas está nos horizontes da organização, a melhoria qualitativa da prova, procurando no futuro envolver todos quantos estejam disponíveis para inserir este projecto que muito tem prestigiado o concelho do Entroncamento.
As inscrições estão abertas e os contactos podem ser efectuados para o telefone 249726117 ou para o mail gdfentroncamento@iol.pt."
Informação retirada do Mirante
Eu estive lá em 2007, aquando da 16ª edição
Agora, dois anos após, conto voltar, até porque os comboios são parte integrante do meu vasto imaginário: levam-me sempre para qualquer lado...
E os treinos, e os treinos, que esses sim mais depressa e melhor me levariam onde quero chegar?
Só vos digo: bilhete comprado! Com direito a uma semana inteira de viagens sobre carris.
Até amanhã querido diário
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Lembrar Abril... 15º G.P.Atletismo S.Vicente de Fora
- Não deixes que te faltem as palavras, nem as cales por favor. Às vezes elas saem-te bonitas, riem e choram, levam-nos a bailar com elas, de mãos dadas ou aos encontrões, a lugares onde sonhamos ir, ou a solos que jamais quereríamos pisar, mas que existem embora preferíssemos não ouvir falar deles sequer e por isso nesses momentos não gostemos nem delas (das palavras) nem de ti, e às vezes ainda, elas dizem coisas importantes… às vezes. Falam-nos de lugares e de acontecimentos. De gente, de gentes, de vidas, de sonhos, de dores, de alegrias e às vezes de corridas, que é o que aqui mais se busca… Não te cales por favor – implorou ele rematando a conversa.
Ela, ouviu-o com atenção, olhando os seus olhos claros húmidos de emoção, como se o apelo fosse um grito a implorar pela própria vida, a dela, neste caso, e então sorriu, pegou na caneta e no papel e recomeçou a reunir palavras na esperança delas terem algum sentido e importância… nem que fosse unicamente para ela mesma.
15º Grande Prémio de Atletismo S.Vicente de Fora
Lisboa, 10 de Junho de 2009
Coração de Lisboa, ruelas que levam e trazem ao Panteão Nacional, e no dia 10 de Junho a freguesia de S.Vicente de Fora, ali mesmo, onde se assarão sardinhas e se viverá genuinamente o Santo António de Lisboa dois dias depois, a Junta de Freguesia de S.Vicente de Fora levou a cabo o 15º Grande Prémio de Atletismo.
A lembrar Abril, organizou uma corrida popular. Ofereceu as ruas para correr, a lembrar que Lisboa tem sete colinas, a lembrar que Abril existiu e a 10 de Junho tem-se vindo a correr à volta do Panteão Nacional, onde repousam eternamente figuras como Almeida Garret, João de Deus, Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro, Óscar Carmona, Sidónio Pais, Aquilino Ribeiro, Humberto Delgado, e Amália Rodrigues.
Alheios a isto e a Abril, correm crianças, com roupas coloridas e mal calçadas, não sonhando sequer que houve um Abril que hoje lhes permite estar ali a correr, mesmo que com sapatilhas rotas, fome na barriga e sonhos no olhar.
Uma prova onde não faltou o voluntariado, a disponibilidade e boa vontade, a segurança garantida pelo policiamento em todo o percurso bem sinalizado, a assistência médica, a água, a t-shirt para todos, uma grelha de prémios de taças e medalhas, que só pecou pelo excesso, dado a quantidade de escalões em ambos os sexos, agravada pela fraca participação.
Uma prova curta, dura (extremamente desnivelada), com piso irregular (calçada, linhas dos eléctricos), dorsais frágeis de papel, mas muito apoio e boa vontade que neste caso tem vindo a ser suficiente, certamente com outros importantes apoios, para se fazer uma prova popular de sucesso. Creio que os objectivos tenham sido alcançados, mas que poderia/mereceria ser mais conhecida e participada, embora se tal viesse a acontecer, toda a estrutura teria se ser remodelada, e os meios teriam certamente de ser outros. Assim, como está, está óptimo o Grande Prémio de Atletismo de S.Vicente de Fora. Está óptimo e recomenda-se.
Uma prova marcadamente amadora, sem no entanto descurar pormenores importantes, e que alimenta a chama da Corrida, e que ano após ano, chama a si e põe a correr, algumas dezenas de indivíduos, invocando e divulgando a corrida como actividade desportiva, lúdica, e como meio de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, abrindo portas, brechas abertas por onde crianças e jovens podem vislumbrar outros mundos, outras vidas.
É isto que a Junta de Freguesia de S.Vicente de Fora tem vindo a fazer ano após ano. Está pois de Parabéns.
Ana Pereira
Mais fotos da prova em AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras
quarta-feira, 10 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Coma
"Coma é um estado no qual se perde completa ou parcialmente a consciência, não se tendo reações nervosas, ou reagindo pouco ou nada a estímulos externos.
O Coma é causado pela perturbação grave do funcionamento cerebral devido a traumas crânio encefálicos, acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia."
(informação retirada da Wikipédia)
O blogue Maria Sem Frio Nem Casa encontra-se em Coma profundo desde há uns dias, e não se sabe ainda o que o provocou e muito menos se, quando e como sairá de tal estado.
Temem-se consequências graves, podendo mesmo manter-se neste estado durante semanas, meses ou anos, embora alguns pareceres médicos se revistam de optimismo e apontem para uma recuperação rápida e sem sequelas.
No entanto, já outras opiniões igualmente profissionais advertem que será um milagre escapar deste estado sem sequelas graves, quer a nível motor, sensitivo, intelectual, convulsivo ou até comportamental.
Resta-nos esperar e rezar para que a rapariga desperte em breve e melhor que nunca.
O Coma é causado pela perturbação grave do funcionamento cerebral devido a traumas crânio encefálicos, acidentes vasculares cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia."
(informação retirada da Wikipédia)
O blogue Maria Sem Frio Nem Casa encontra-se em Coma profundo desde há uns dias, e não se sabe ainda o que o provocou e muito menos se, quando e como sairá de tal estado.
Temem-se consequências graves, podendo mesmo manter-se neste estado durante semanas, meses ou anos, embora alguns pareceres médicos se revistam de optimismo e apontem para uma recuperação rápida e sem sequelas.
No entanto, já outras opiniões igualmente profissionais advertem que será um milagre escapar deste estado sem sequelas graves, quer a nível motor, sensitivo, intelectual, convulsivo ou até comportamental.
Resta-nos esperar e rezar para que a rapariga desperte em breve e melhor que nunca.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
12ª Estafeta de Palmela - 31 de Maio de 2009 - Realizada
A Prova
Realizou-se. O dia era o 31º do mês de Maio de 2009. O local, Bairro Alentejano, Quinta do Anjo, Palmela, Setúbal, Portugal, Europa, Planeta Terra, Via Láctea, Universo.
Organizada pela Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, com apoio da Câmara Municipal de Palmela, Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, Associação de Atletismo de Setúbal e ainda várias entidades ligadas ao comércio, indústria e serviços, não descurando o fundamental, imprescindível e verdadeiro voluntariado do Associativismo, do trabalho comunitário em prol de um bem comum, e da não menos importante vontade de fazer, e fazer bem, e receber, e agradar e oferecer, e assim se levou a cabo com sucesso a 12ª edição da Estafeta de Palmela.
47 equipas masculinas e 10 femininas compareceram para a 12ª Estafeta Palmela e ainda 2 equipas femininas e cerca de 10 masculinas, na Mini Estafeta, que se realizou pela 8ª vez, permitindo a participação dos mais jovens no espírito da Estafeta.
Cada equipa era constituída por 4 elementos, que percorrerem 4 percursos, transportando o Testemunho, da Partida à Meta.
Com um valor de inscrição de EUR 15,00 por cada equipa de 4 elementos, ofereceu-se uma prova calorosa e muito bem organizada. Animada, com o trânsito suficiente e eficientemente condicionado de forma a permitir aos atletas correr em segurança. Autocarros para transporte dos atletas para as zonas de início de cada percurso e seu regresso no final do seu percurso, quando este não coincidiu com a zona da partida/meta. Percurso sempre bem sinalizado água suficiente em cada zona de transmissão, incluindo a meta.
Classificações rapidamente disponíveis no local, e entrega de prémios com chamada ao pódio de todas as equipas. Troféu e t-shirt para todos, e ainda prémios monetários para as primeiras equipas classificadas. Entrega de prémios rápida e expedita, com condições razoáveis mas dignas para uma entrega de prémios.
Casas de banho à disposição, assim como balneários no fim da prova, e um bom acompanhamento da mesma, quer por elementos da organização quer no que a meios de socorro diz respeito.
Um almoço bem serviço e cozinhado para todos os atletas e acompanhantes. Espaço disponível muito aprazível. Tachos, panelas, pratos e talheres, tudo disponibilizado para centenas de pessoas. Sem, atropelos, atrasos ou confusões. Tudo nesta corrida decorreu de uma forma metodicamente organizada e funcionou na perfeição. Um papel no chão de imediato apanhado. Sempre alguém atento para trazer uma cadeira, oferecer um copo ou lavar os tabuleiros.
Tudo isto fruto do empenho de gente apaixonada. Apaixonada pela Corrida, pela sua terra e pelos outros, num trabalho comunitário e numa entrega especial e dedicada, e só dessa forma, com o trabalho e dedicação de muitos e também o apoio de outros tantos, se conjugou esforços e se pôs de pé mais uma edição da Estafeta de Palmela repleta de sucesso, sendo sucesso na minha modesta opinião, tentar proporcionar uma manhã de desporto e convívio, aliando a vertente desportiva ao papel social que a Corrida também desempenha, e nessa tentativa ser muito bem sucedido. E a Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano conseguiu-o uma vez mais. De forma exemplar e entusiasta. Uma corrida magnífica onde é raro o atleta sair descontente e de onde leva a vontade de voltar. Haverá parecer mais verdadeiro e válido que este?
Está pois a Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, verdadeiramente de Parabéns.
Ana Pereira
Eu na Estafeta de Palmela
O espírito de uma estafeta é sempre diferente, bem diferente de uma outra prova qualquer. Falha um, falham todos. Ganha um, ganham todos. O verdadeiro espírito de equipa raramente é quebrado numa estafeta. Por essa razão, quando o despertador tocou passadas pouco mais de 3 horas depois de eu ter adormecido, não o desliguei nem me voltei para o outro lado da cama apetecível, para ferrar de novo num sono com muitos sonhos, daqueles que só se sonham.
Assim levantei-me e fui sonhar o sonho agora acordada.
Éramos quatro mulheres. A única equipa feminina que o meu clube conseguiu formar: A Sandra, a Ana Paula Pinto, a Magnífica e eu.
Um testemunho para levar, de mão em mão, da partida à meta. A sua viagem, certamente simbólica remete-nos para histórias que não conheço, mas que gosto de imaginar e inventar e adaptar à minha realidade.
1º percurso: A Sandra
2º percurso: eu
3º percurso: a Ana Paula
4º percurso: a Magnífica
Um hábito não instalado, e sou surpreendida pelo meu próprio beijo que dou ao meu pai antes de sair para o autocarro que me levará para a zona de partida do 2º e 4º percurso (visto a estafeta ter 2 voltas que se repetiam). Aqueço e aguardo calma, a Sandra. Vários atletas vão partindo e eis que lá vem a Sandrinha. 5ª posição entre as 10 mulheres. Posição essa que todas nós conseguimos manter até ao final, o que se traduziu naturalmente num 5º lugar com direito a EUR 75,00, t-shirts, 1 Troféu grande e 4 pequenos, que tive o prazer de deixar no clube onde se exibem ganhos que simbolizam tanto, mas eu prefiro mesmo aqueles que se entranham em mim, vincam a pele e nela penetram, tornando-se inapagáveis e invioláveis.
Recebo o testemunho de uma Sandra cansada mas bonita, de sorriso franco, branco e alegre. Pego o testemunho, ligo o cronómetro que marcará 31m36m no final do meu percurso, e sinto uma energia súbita, anormal, que tenho de refrear se não me quiser dar muito mal. Controlo o ritmo e mantenho-o sob um calor abrasador. Não passo ninguém e ninguém me passa. Aproximo-me do fim do 2º percurso que coincide com a meta, e chamo alto mas a voz saiu baixinho “Paaaauula….”, mas ainda não era ali, a zona de transmissão era ali mais à frente. Vejo-a. Não sei se sorri. Devo ter sorrido antes com o corpo todo e com o olhar antes de lhe dar o testemunho, e quebro por fim. Mal, mal, mal, mal… estou de rastos. Bebo água. Alongo, respiro e recupero.
Será a vez da Paula correr agora. E ela que se dá tão mal com o calor! – penso. Retomo o meu pai, e pego eu agora na máquina fotográfica. Sento-me no chão e apanho-os. A eles que correm, a outros, que nos seus anos que deveriam ser de inocência, já trazem no rosto e no olhar marcas do que não deveriam sequer sonhar existir.
Entretanto sei pelo relógio que a Paula já deve ter entregue o Testemunho à Magnífica, e agora é a ela que eu aguardo.
E por fim ela chega, cansada, mas vigorosa ainda, uma mulher de garra que corta a meta culminando os nossos esforços que resultaram num 5º lugar entre 10 equipas femininas. Muito bom.
Muito bom também o banho de água fria no final e o almoço. Momentos nostálgicos. Como se fosse a última vez. E foi. Foi a última vez da 12ª edição da Estafeta de Palmela. A última vez deste dia da nossa vida.
O convívio e o desporto proporcionado, a entrega de toda aquela gente que colaborou com a organização, só dessa forma tornando possível o sucesso da prova, marcam a gente. A gente que vai à Estafeta de Palmela pela primeira vez, e que vai querer voltar. Eu quero. Outra e outra vez. Sempre. Obrigada Estafeta de Palmela e desculpa-me por favor o atropelo das palavras, que correm mais depressa que atletas velozes e eu hoje não as consigo agarrar.
Maria Sem Frio Nem Casa
A 12ª Estafeta de Palmela em imagens soltas, perdidas no tempo e encontradas cativas num momento único, como todos o são afinal:
Realizou-se. O dia era o 31º do mês de Maio de 2009. O local, Bairro Alentejano, Quinta do Anjo, Palmela, Setúbal, Portugal, Europa, Planeta Terra, Via Láctea, Universo.
Organizada pela Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, com apoio da Câmara Municipal de Palmela, Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, Associação de Atletismo de Setúbal e ainda várias entidades ligadas ao comércio, indústria e serviços, não descurando o fundamental, imprescindível e verdadeiro voluntariado do Associativismo, do trabalho comunitário em prol de um bem comum, e da não menos importante vontade de fazer, e fazer bem, e receber, e agradar e oferecer, e assim se levou a cabo com sucesso a 12ª edição da Estafeta de Palmela.
47 equipas masculinas e 10 femininas compareceram para a 12ª Estafeta Palmela e ainda 2 equipas femininas e cerca de 10 masculinas, na Mini Estafeta, que se realizou pela 8ª vez, permitindo a participação dos mais jovens no espírito da Estafeta.
Cada equipa era constituída por 4 elementos, que percorrerem 4 percursos, transportando o Testemunho, da Partida à Meta.
Com um valor de inscrição de EUR 15,00 por cada equipa de 4 elementos, ofereceu-se uma prova calorosa e muito bem organizada. Animada, com o trânsito suficiente e eficientemente condicionado de forma a permitir aos atletas correr em segurança. Autocarros para transporte dos atletas para as zonas de início de cada percurso e seu regresso no final do seu percurso, quando este não coincidiu com a zona da partida/meta. Percurso sempre bem sinalizado água suficiente em cada zona de transmissão, incluindo a meta.
Classificações rapidamente disponíveis no local, e entrega de prémios com chamada ao pódio de todas as equipas. Troféu e t-shirt para todos, e ainda prémios monetários para as primeiras equipas classificadas. Entrega de prémios rápida e expedita, com condições razoáveis mas dignas para uma entrega de prémios.
Casas de banho à disposição, assim como balneários no fim da prova, e um bom acompanhamento da mesma, quer por elementos da organização quer no que a meios de socorro diz respeito.
Um almoço bem serviço e cozinhado para todos os atletas e acompanhantes. Espaço disponível muito aprazível. Tachos, panelas, pratos e talheres, tudo disponibilizado para centenas de pessoas. Sem, atropelos, atrasos ou confusões. Tudo nesta corrida decorreu de uma forma metodicamente organizada e funcionou na perfeição. Um papel no chão de imediato apanhado. Sempre alguém atento para trazer uma cadeira, oferecer um copo ou lavar os tabuleiros.
Tudo isto fruto do empenho de gente apaixonada. Apaixonada pela Corrida, pela sua terra e pelos outros, num trabalho comunitário e numa entrega especial e dedicada, e só dessa forma, com o trabalho e dedicação de muitos e também o apoio de outros tantos, se conjugou esforços e se pôs de pé mais uma edição da Estafeta de Palmela repleta de sucesso, sendo sucesso na minha modesta opinião, tentar proporcionar uma manhã de desporto e convívio, aliando a vertente desportiva ao papel social que a Corrida também desempenha, e nessa tentativa ser muito bem sucedido. E a Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano conseguiu-o uma vez mais. De forma exemplar e entusiasta. Uma corrida magnífica onde é raro o atleta sair descontente e de onde leva a vontade de voltar. Haverá parecer mais verdadeiro e válido que este?
Está pois a Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano, verdadeiramente de Parabéns.
Ana Pereira
Eu na Estafeta de Palmela
O espírito de uma estafeta é sempre diferente, bem diferente de uma outra prova qualquer. Falha um, falham todos. Ganha um, ganham todos. O verdadeiro espírito de equipa raramente é quebrado numa estafeta. Por essa razão, quando o despertador tocou passadas pouco mais de 3 horas depois de eu ter adormecido, não o desliguei nem me voltei para o outro lado da cama apetecível, para ferrar de novo num sono com muitos sonhos, daqueles que só se sonham.
Assim levantei-me e fui sonhar o sonho agora acordada.
Éramos quatro mulheres. A única equipa feminina que o meu clube conseguiu formar: A Sandra, a Ana Paula Pinto, a Magnífica e eu.
Um testemunho para levar, de mão em mão, da partida à meta. A sua viagem, certamente simbólica remete-nos para histórias que não conheço, mas que gosto de imaginar e inventar e adaptar à minha realidade.
1º percurso: A Sandra
2º percurso: eu
3º percurso: a Ana Paula
4º percurso: a Magnífica
Um hábito não instalado, e sou surpreendida pelo meu próprio beijo que dou ao meu pai antes de sair para o autocarro que me levará para a zona de partida do 2º e 4º percurso (visto a estafeta ter 2 voltas que se repetiam). Aqueço e aguardo calma, a Sandra. Vários atletas vão partindo e eis que lá vem a Sandrinha. 5ª posição entre as 10 mulheres. Posição essa que todas nós conseguimos manter até ao final, o que se traduziu naturalmente num 5º lugar com direito a EUR 75,00, t-shirts, 1 Troféu grande e 4 pequenos, que tive o prazer de deixar no clube onde se exibem ganhos que simbolizam tanto, mas eu prefiro mesmo aqueles que se entranham em mim, vincam a pele e nela penetram, tornando-se inapagáveis e invioláveis.
Recebo o testemunho de uma Sandra cansada mas bonita, de sorriso franco, branco e alegre. Pego o testemunho, ligo o cronómetro que marcará 31m36m no final do meu percurso, e sinto uma energia súbita, anormal, que tenho de refrear se não me quiser dar muito mal. Controlo o ritmo e mantenho-o sob um calor abrasador. Não passo ninguém e ninguém me passa. Aproximo-me do fim do 2º percurso que coincide com a meta, e chamo alto mas a voz saiu baixinho “Paaaauula….”, mas ainda não era ali, a zona de transmissão era ali mais à frente. Vejo-a. Não sei se sorri. Devo ter sorrido antes com o corpo todo e com o olhar antes de lhe dar o testemunho, e quebro por fim. Mal, mal, mal, mal… estou de rastos. Bebo água. Alongo, respiro e recupero.
Será a vez da Paula correr agora. E ela que se dá tão mal com o calor! – penso. Retomo o meu pai, e pego eu agora na máquina fotográfica. Sento-me no chão e apanho-os. A eles que correm, a outros, que nos seus anos que deveriam ser de inocência, já trazem no rosto e no olhar marcas do que não deveriam sequer sonhar existir.
Entretanto sei pelo relógio que a Paula já deve ter entregue o Testemunho à Magnífica, e agora é a ela que eu aguardo.
E por fim ela chega, cansada, mas vigorosa ainda, uma mulher de garra que corta a meta culminando os nossos esforços que resultaram num 5º lugar entre 10 equipas femininas. Muito bom.
Muito bom também o banho de água fria no final e o almoço. Momentos nostálgicos. Como se fosse a última vez. E foi. Foi a última vez da 12ª edição da Estafeta de Palmela. A última vez deste dia da nossa vida.
O convívio e o desporto proporcionado, a entrega de toda aquela gente que colaborou com a organização, só dessa forma tornando possível o sucesso da prova, marcam a gente. A gente que vai à Estafeta de Palmela pela primeira vez, e que vai querer voltar. Eu quero. Outra e outra vez. Sempre. Obrigada Estafeta de Palmela e desculpa-me por favor o atropelo das palavras, que correm mais depressa que atletas velozes e eu hoje não as consigo agarrar.
Maria Sem Frio Nem Casa
A 12ª Estafeta de Palmela em imagens soltas, perdidas no tempo e encontradas cativas num momento único, como todos o são afinal:
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