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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Quão pequenos somos...





E tão grandes podemos ser e tantas e grandes coisas podemos fazer...
Olho o mar e o céu e o ar! Respiro! Estou viva!
Voarei até onde o meu coração me levar...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

II G.P.ARRÁBIDA em imagens

Palmela: o monte para subir e o Castelo para conquistar:

Com João Hébil:
Com música para nos fazer mexer:


Antes da partida:

Com João Hébil e com o Sousa:


A partida:

A chegada da 1ª Mulher: a simpática Chantalle:A chegada do João:A minha chegada:


Com António Pinho, no final (mais 500 metros e ainda o apanhava António! Fica para a próxima):

Os Prémios visíveis:



Classificações em: http://www.lebresdosado.pt/Atletismo/071118.htm

II Grande Prémio da Arrábida – 18 de Novembro de 2007

II Grande Prémio da Arrábida – em palavras:


Três dias sem internet e eis que aqui chego e vejo a quantidade e a riqueza dos comentários aqui deixados nas minhas últimas mensagens. A todos sem excepção, agradeço a paciência de me lerem e ainda de gastarem algum do seu tempo (que não é perdido, pois as palavras têm poder e fazem diferença sim!).

Pois conforme muitos previram, a minha opção de caminho é mesmo a 3ª opção: fazer o meu próprio caminho, a corta mato, por mais arranhadelas que isso me provoque nas canelas e coxas. A corrida está-me no sangue e enquanto este correr, correrei eu também. Desistir nunca!
E estive ontem no II Grande Prémio da Arrábida, e planeio já uma próxima Maratona (com treinos!) para "limpar" a minha desistência no Porto.

E ontem fui feliz no G.P.Arrábida! Muito feliz! 1h12m10s! Conquistar Palmela e voltar! E eu conquistei! Aqui deixo o meu relato (que não é o da bola):

Por razões alheias à minha própria vontade, apenas na semana que antecedia a prova e já após a data limite para as inscrições, me decidi a participar na 2ª edição deste Grande Prémio, por várias razões sendo a principal o percurso que já conhecia do ano passado: sair de Setúbal, subir ao Castelo de Palmela e voltar. Absolutamente magnífico. Só razões bastantes fortes me tornariam ausente.

Um telefonema para a organização: Lebres do Sado. A boa vontade de aceitar ainda a inscrição, e envelope enviado a correr, em correio azul com os dados e o valor da inscrição, que por sinal ia todo em moedas, daí que passados exactamente 2 dias, recebo a carta devolvida por franquia insuficiente 8faltava 20 cêntimos!) para o peso da mesma! 6ª feira! Como quando acredito que vale a pena, não sou dada a desistir facilmente, faço novo telefonema para a Organização, na pessoa do Sr. Mota, que com redobrada boa vontade e uma grande dose de paciência também, me aceitou a inscrição por telefone e o pagamento far-se-ia no acto de levantamento dos dorsais. O que veio a acontecer com a maior das eficiências (levantamento de dorsais).
Os meus maiores agradecimentos à Organização e para o ano prometo não só ir, como me inscrever a tempo e horas.

Agora a prova:

Chego cedo para regularizar a minha inscrição e sempre acompanhada do meu pai sobra-me tempo mais que suficiente para o café e rever amigos. A par da corrida existia também uma caminhada, pois parece-me que já não se fazem aquelas sem estas, o que é de louvar e incentivar sem dúvida alguma.

Há um ambiente festivo e música no ar, com pessoal a promover o aquecimento e os alongamentos, a partir de um palco e incentivando de forma contagiante a repetição dos movimentos sempre ao som da música.

Cerca de 3 centenas de atletas estão à partida. Primam as Lebres do Sado por fazer correr o pelotão em massa nos primeiros 3 km da prova, ritmo lento (?) imposto pelas Lebres que atletas como eu não sentem.

Basicamente a prova divide-se em subir – a inesquecível Subida da Cobra – até ao Castelo de Palmela, e regresso, numa assustadora descida – Descida da Lagartixa. O percurso faz-se em perfeita segurança, muito bem sinalizado, num misto de alcatrão e terra batida com 2 abastecimentos durante a prova, e de forma original quase nos fazem parar 2 indivíduos de camisa branca e laço preto, tentando nos servir um Moscatel, de Setúbal certamente. Engraçado, apesar de pessoalmente dispensar a experiência. Ainda assim, sem dúvida alguma aquela passagem faz parte da animação da prova. Gostei!

A chegada ao ponto de partida – Jardim de Vanicelos, faz-se precisamente atravessando uma boa parte do jardim, sinalizado por fitas e onde somos levados a correr na relva macia.
Para não destoar de tudo o que foi a prova, somos muito bem recebidos à chegada e um saco de prémios é-nos oferecido, dos quais destaco a t-shirt, a garrafa de Moscatel com o logótipo da prova e um boné.

A equipa organizativa esteve muito bem, desde o início ao fim. Vontade de voltar para o ano? Sem dúvida que sim! Por tudo o que disse, e por muito mais que nem sempre se consegue dizer mas que se sente! E eu senti!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Fantasma e Bifurcação

Quando se vem de uma desistência, ainda por cima de uma desistência na prova Rainha – Maratona – por mais voltas que demos, por mais bonito que queiramos pintar a coisa, o fantasma está cá. Comigo. A viver oscilando entre as minhas entranhas e tomando a posição ao meu lado, praticamente colado a mim, não se afastando mais de um milímetro sequer, bombardeando-me com dúvidas e ameaçando-me com um veredicto final e fatal.

A Meia da Nazaré apesar de feliz até metade da prova, apesar dos beijos bons e das palavras motivadoras que recebi feliz, revelou-se muito desmoralizadora em termos pessoais. Apenas por responsabilidade minha, é certo. Responsabilidade, não culpa, como me frisou um amigo na tentativa (falhada) de me fazer sentir menos mal.



Demorei 2h13m39s para completar a distância da Meia Maratona. A partir de meio da prova sofri. Em demasia. Não foi para isto que a corrida se fez – penso vezes sem conta. E é esta a verdade!

Caminhei várias metros, alternando com corrida muito lenta. Demasiadas vezes, com o cansaço a pesar-me no corpo e mais ainda na alma. A ser incentivada por todos os que facilmente me passavam. Incentivo esse que durava sempre pouco pois depressa se afastavam de mim, e voltava a encontrar-me comigo apenas.


Questiono se mais alguma vez irei voltar a correr como dantes: com ligeireza (a minha ligeireza) e com todo o prazer. Se voltarei a fazer 1h36m na Meia, como já fiz. Se voltarei a fazer uma Meia em 1h45m com a maior das facilidades. Se voltarei a ser feliz na corrida. Se, se, se, se…

Medito sobre o sentido da corrida, e obrigatoriamente da vida. O sentido de tudo aquilo.

Estou a atingir o limite. O limite da falta de preparação, em paralelo com outros limites. Absoluta dona de casa arredondada que tenta correr aos domingos. É isso que eu sou, com a grave desvantagem de não ser grande dona-de-casa sequer. Não sei que sou. Mas corro, e sei que se deixar de correr morro. Isso sei. Literalmente morrerei. E não posso deixar que isso aconteça.

Cheguei a um ponto do caminho em que há bifurcações, e posso:
1 – Continuar no caminho que tenho seguido, o que significa continuar a correr como corro, sem hábitos de treino e manter um peso elevado, mas neste caso terei de limitar a minha participação a provas com distância inferior a 10 km, ou mesmo apenas a Caminhadas ligeiras e Minis;

2 – Optar por outro caminho: arrumar as botas (neste caso os ténis), o que significa abandonar completamente a actividade, e arcar com as consequências que conheço e não quero;

3 – Seguir em frente, criando um caminho próprio, a corta-mato, saltando giestas e cardos e rosas e espinhos, alterando hábitos, o que significa recomeçar a treinar de forma a poder tirar partido das competições que mais gosto me dão: longas!

Tendo em conta que a duas primeiras significam frustação, castração e mergulho num abismo de difícil regresso, resta-me escolher a terceira hipótese, mesmo sabendo bem o que ela acarreta também, na minha rotina diária.

Mas não estou só, mas não estou só! É tão bom saber! Só tenho de aproveitar … o que tenho!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A 33ª Meia Maratona da Nazaré

A Nazaré estava bonita, como já me habituou desde há três anos para cá, altura em que a conheci e não mais deixei de visitar para nela correr e me procurar e encontrar.

Desde o temporal com o mar a parir dores na areia da praia e do vento que nos varreu, do ano passado, ao sol bonito e mar sereno desta manhã, a Nazaré encanta. O peixe a secar na praia e as mulheres de sete saias e chinelo no pé, de bocas desdentadas a sorrir-nos ao passarmos. Mulheres bonitas também, com o sol e o mar sempre no olhar. As lágrimas não têm hoje lugar. E as ruas sorriem à nossa passagem. E sorrimos nós também.

Recebeu-me bem a Nazaré. A Meia Maratona mais antiga de Portugal. A Mãe, como muitos lhes chamam, encontra-se bem, de boa saúde e recomenda-se. Acolhe bem os filhos que a procuram. Uns com carinho nascido há muitos anos atrás, outros que só tarde a descobrem, com pena. Muito dela se tem escrito, e eu sem tempo nem paleio para colocar mais flores.

Tratou-me bem a Nazaré, como bem tratou os caminheiros, estes a troco de demasiado dinheiro, apesar de ser na mesma maquia dos Meios Maratonistas.

Estes últimos sim, nem disso nem de outros males se poderão queixar, a não ser dos seus próprios, como é o meu caso, mas que não vem agora para o caso.

A Meia Maratona da Nazaré é uma prova encantadora e muito bem cuidada que se recomenda. Quem a trata gosta dela e quer mantê-la e quem lá vai correr fica com vontade de voltar. Só isto. E só isto não sendo tudo, é quase.

domingo, 11 de novembro de 2007

33ª Meia Maratona da Nazaré - 11.11.2007

Por agora deixo apenas imagens. As palavras virão depois.
- Olhando o mar... em que pensas Maria?
- Chiuuuu... É segredo, não posso dizer. Livre é o pensamento, não já as palavras...

O meu querido pai (em cima), e a minha equipa (em baixo), à qual muito me orgulho de pertencer - AFIS:

Momentos antes da partida, já no meio da molhada.
- Vais partir daí Maria? Humm, olha que me parece muito à frente...

A escassos metros da linha de chegada. Obrigada pai por estares aí:
No fim, a tentar recompor-me com uma suculenta laranja que quase acabei por vomitar horas depois (síndroma dos mal preparados que se põem a fazer provas sem a mínima preparação)