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Ave ferida de pelagem negra como breu
E sozinha ... olhar o azul do céu
E o alto da montanha
Sem lhes poder tocar
É ser fera apunhalada, urrando baixinho
Debaixo de um sorriso que abafa a dor
É ser animal selvagem baleado
Arrastando-se devagarinho na floresta,
Rasto de sangue entre as árvores
Em círculos,
Até esquecer,
Até anoitecer,
Até endoidecer...
E ensurdecer para calar os seus próprios uivos e gemidos...
Estar sem correr...
É diante do melhor repasto, ter o copo vazio
É sorrir porque sim
Querer ser forte mas chorar por fim
É ter a alma incompleta
Corrompida e dilacerada
Assombrada e perturbada
A ansiar por ti
Vazia.
Estar sem correr é...
É ter tudo para ser feliz
E não o ser.
É ser surpreendido pelo melhor da vida
Sem o poder de verdade viver...
Só... porque não se pode correr.