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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Carta fechada a uma mãe

Mãe!

É tarde demais Mãe.
As luzes estão apagadas
As janelas e as portas
Fechadas.

É tarde…
O que foi morto,
Castrado assassinado
Não se pode fazer renascer

Apesar do caixão aberto
O corpo está frio Mãe
E agora é tarde demais

As lágrimas que rolam
Gelaram como o coração

E já nada sinto.

E sei que apenas e só
Me suportas…
Como cruz que carregas

Não me peças beijos
Que não os tenho
E abraços perdi-os
Em leitos perdidos

Quantas vezes me interrogo
Se mais não valeria
Teres-me morto à nascença
E evitado tanta dor


Vida desperdiçada
A tua e a minha.

Mãe… é tarde agora
E está frio…
Vou sair agasalhada
Não me esperes mais...


Que eu não sei se volto...

4 comentários:

Anónimo disse...

Tou a ser mauzinho, mas aqui vai!
Sabe a Maria que correr, treinar, participar,promove a alegria?Alimenta a alma ou seja o nosso todo!Faz-nos viver mais e melhor!Vivemos na comunidade feliz!E é bom para os que nos rodeiam!(a"minha"ás vezes até diz:vê lá se vais correr que já não te posso aturar...).
Experimente...

joaquim adelino disse...

Amiga Ana

Há tristezas e amarguras
nos lares de quem quer lutar
tristezas daquelas tão duras
difíceis de suportar

Há sempre alguém
Nunca estamos de partida
há sempre alguém vigilante
que não te quer perdida

Um abraço

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Ao anónimo: obrigada pelo conselho. A Maria sabe isso tudo, lá isso sabe... Daqui a pouco ela volta à estrada e à montanha... e à "comunidade feliz"... uma expressão engraçada essa para se referir a quem corre... não pude deixar de sorrir, quando sabemos todos bem que isso não existe.

A "comunidade da corrida" é constituída por partes de todas as outras variedades de comunidades, logo se reunindo indivíduos dos mais variados tipos. Felizes enquanto correm, acredito nisso, e por isso corro (quando corro).


Joaquim Adelino: Bonitas as suas palavras. Claro que na nossa vida há sempre alguém muito vigilante que jamais nos poderá perder. E o meu caso não é excepção.

Até breve amigos

Ana Pereira

ArtuRodrigues disse...

Sabe,nunca tive a coragem de lhe enviar algo,pois tinha o receio das minhas palavras nao corresponderem ao sentimento que lhe vai na alma,mas depois do seu comentario no meu blog.não podia deixar de lhe agradecer as suas palavras,simples,mas para mim com muito significado,(nao sabe o quanto).
Força e como disse ,daqui a pouco volta à estrada e à montanha,estarei,se me permitir a sua espera para a comprimentar.
comprimentos de alegria
ArtuRodrigues